domingo, 15 de agosto de 2021

CITAÇÕES

 
Quando tiveram de escolher sobre as condições de milhões de pessoas, as pretensões teóricas destes liberais [Friedrich Hayek, Milton Friedman e James Buchanan] cederam à preservação do racismo. 

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Se C.G.P. [Carlos Guimarães Pinto] prefere ocultar o conservadorismo racista daqueles seus heróis, em contrapartida dedica-se corajosamente à defesa do seu apoio a ditaduras. 

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[Para Hayek] era mesmo para “prevenir os abusos da democracia”, o que Salazar ia fazendo à sua maneira.

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Diz o nosso polemista [CGP] que, sim senhor, os governantes chilenos [do tempo da ditadura] eram discípulos diletos de Friedman.

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O que se sabe é que os tais discípulos que eram ministros da ditadura chacinaram alegremente milhares dos seus concidadãos e que, quando os três profetas os visitaram, nenhum teve a presença de espírito de lembrar essa inconveniência dos direitos humanos.

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Pior, aqueles liberais escreveram e repetiram que o liberalismo económico pode dispensar a democracia.

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No isolamento da sua [de Pinochet] ditadura, o apoio daqueles senhores foi um bálsamo.

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Mas a tese de que uma ditadura pode ser o caminho para o sucesso de medidas económicas liberais tem colossais consequências.

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Se esta traição ensina alguma coisa é que aqueles profetas da “democracia liberal” renegaram a democracia e, portanto, a liberdade.

Francisco Louçã, “Expresso” (sem link)

 

Infelizmente pairam no ar problemas que nos trazem enormes desafios.

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[As alterações climáticas] transportam um enorme potencial de conflitos e evidenciam a necessidade de mudanças nos comportamentos, nas formas de organização da economia e no funcionamento das sociedades. 

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Esses objetivos não se atingirão com políticas que privilegiam o negócio, que endeusam o mercado e secundarizam a solidariedade entre povos e países.

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Enquanto a vitalidade democrática das sociedades se esvai, as companhias farmacêuticas, as grandes tecnológicas e especuladores financeiros obtêm lucros escandalosos.

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As políticas da União Europeia para resposta à crise continuarão insuficientes e pouco sólidas.

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As opções que estão a ser assumidas respondem ao cerne dos problemas que marcam "o estado da Nação"?

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A revitalização da participação cívica e da democracia, a análise das causas (e efeitos) profundas das desigualdades e a necessidade de se valorizar o trabalho devem caber nas prioridades da campanha eleitoral autárquica.

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A economia não pode ser só negócio e não se consolida investimento com manobrismos antilaborais.

Carvalho da Silva, JN

 

Só nos primeiros meses deste ano, depois das vagas de calor e incêndios nos EUA, Canadá ou Grécia, e as cheias no centro da Europa ou em vários países asiáticos, o caos climático matou milhares.

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Depois de todos os avisos e alertas do passado, a conclusão mais recente é avassaladora: as alterações climáticas vão chegar mais cedo e com mais força que o até agora previsto.

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A poluição por carbono atingiu níveis tão elevados que a meta traçada pelo Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5ºC até ao final do século será ultrapassada em 15 anos.

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A questão já não é se a humanidade está em guerra com o planeta, é o que faremos com o pouco tempo que resta para agir.

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Aqueles que apoucavam Greta Thunberg como demasiado catastrofista ou atacavam os jovens que se manifestavam exigindo salvar o planeta, não conseguem mais negar que a mudança é urgente.

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A nossa economia e a forma como nos organizamos são a raiz do problema, sem encarar esta realidade nada de relevante acontecerá e o resultado será aterrador.

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Insistir que será o mercado a resolver os problemas que o mercado criou, como é o caso do comércio de carbono, é premiar com milhares de milhões os grandes poluidores.

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As discussões internacionais sobre o combate às alterações climáticas dão muito mais atenção à concorrência entre as várias economias do que em reduzir a fundo as emissões.

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É urgente reduzir as emissões e adaptar o território e isso pode até criar emprego enquanto o fazemos.

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Reduzir as emissões significa mesmo isso, uma verdadeira redução das emissões de gases com efeitos de estufa nos setores mais poluentes.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

Ultimamente, preocupações pertinentes relativas à administração da vacina Janssen em pessoas trans e não-binárias têm sido levantadas.

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Damos de caras com um problema: a sistemática exclusão da comunidade trans na investigação científica e clínica.

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Estamos perante um processo de vacinação global e maciço, e mesmo nesta situação, a população trans não é incluída nos ensaios clínicos.

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Nesta situação de indefinição, pessoas trans e não-binárias têm procurado a administração de outras vacinas existentes, e são múltiplos os relatos de discriminação nos centros de vacinação.

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Somos milhares de pessoas excluídas de normas de saúde pública da DGS. 

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A inclusão explícita de pessoas trans e não-binárias nas normas clínicas onde o género e sexo são factores de relevância é essencial para a nossa [dos trans] segurança. 

Gil Ubaldo, “Público” (sem link)

 

A xenofobia resulta do medo que o lugar onde se nasceu deixe de ser um privilégio. 

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O mundo é a casa dos humanos e só razões inultrapassáveis podem impedir que eles mudem de divisão.

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Todos os que fazem deste país um lugar do mundo deviam poder ser portugueses se for essa a sua vontade.

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Todos devemos obediência [à lei] por igual e todos temos, por igual, o direito a construir, contestar e mudar a lei e os costumes que nos regem. 

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Os que exigem que os naturalizados obedeçam à lei, mas não lhes permitem contestar livremente o que acham estar errado, não querem cidadãos, querem criados. 

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)


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