domingo, 29 de agosto de 2021

MAIS CITAÇÕES (144)

 
A entrevista de António Costa ao Expresso não é de quem pretende andar por aqui depois de 2023. 

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Sei que arrisco, mas a sensação é que Costa vai meter os papéis para a reforma daqui a dois anos.

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Depois deste congresso em que (sintomaticamente) a sucessão é o principal tema mediático, o ciclo vai mudar.

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Tudo se encaminha para uma aparatosa derrota autárquica de Rui Rio.

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Esta mudança pressionará a esquerda a renovar-se.

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Costa desejou tudo para não ter Pedro Nuno Santos. 

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[Depois de Costa sair] as suas preferências são irrelevantes.

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O que [Costa] podia fazer contra o seu mais provável sucessor já fez: dar-lhe a bomba-relógio da TAP.

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António Costa foi o último da sua geração.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

[Eles] tentaram amnis­tiar autarcas do risco de perderem mandatos em processos judiciais.

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Tentaram-no, sem esconder, PS, PCP + PEV, que aprovaram a grosseria de fininho no Parlamento e acreditaram mesmo que a coisa ia passar.

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O descaramento (…) foi tão grande que foi feito à medida de cinco autarcas do PS e de um do PCP, que têm processos na Inspeção-Geral de Finanças. 

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Se a democracia é usada para aprovar leis com beneficiários concretos e efeitos retroativos, então é golpada.

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Ninguém pode ser libertado de um processo judicial sem decisão final de quem investiga ou julga.

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A golpada não passou desta, porque Marcelo Rebelo de Sousa vetou o diploma, mas pode passar na próxima, porque o diploma voltará à Assembleia.

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O Presidente já terá feito a parte dele, restará a opi­nião pública fazer a sua.

Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

 

A pandemia expôs a fragilidade de muitas relações e vínculos de trabalho, a violência das precariedades e as injustiças a elas associadas, que tanto sacrificam os jovens, e trouxe novos desafios à economia.

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O "momento de recuperação económica" é tempo de articular a melhoria do perfil da economia com transformações qualitativas no emprego, na legislação do trabalho, no reforço da proteção social.

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Todavia, a Agenda proposta pelo Governo passa-lhe ao lado.

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O conceito de Trabalho Digno tem no respeito da lei e na valorização do Direito do Trabalho pressupostos fundamentais.

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A proliferação de regimes de exceção e de estatutos específicos (…) colocam o Direito do Trabalho a correr atrás de prejuízos e cada vez mais submetido a modelos organizacionais subversivos.

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Mais qualidade de emprego e melhores salários para os jovens serão pura ilusão se continuar o parasitismo associado a prestações de trabalho temporário, a processos diversos de outsourcing e aos esquemas de falso trabalho independente.

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Há que atacar as causas estruturais com empenho para evitar o envelhecimento acelerado, mais desigualdades e pobreza.

Carvalho da Silva, “JN

 

Não é a primeira vez que o noticiário da televisão pública serve de plataforma para as aleivosias do patrão da Ryanair.

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Na sua mais recente conferência de imprensa, o patrão da Ryanair disparou mais uma diatribe contra a TAP, e o noticiário deu-lhe todo o espaço, sem sequer fazer um contraditório credível.

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São feitas afirmações arbitrárias e de má-fé que rondam terrorismo informativo e que são apresentadas sem qualquer contraditório. 

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Deixar que o empresário diga isto [que disse] sem contraditório é indicar subliminarmente que quem redigiu o noticiário talvez não discorde da ideia.

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O patrão da Ryanair está livre de expressar as suas aleivosias, e certamente assim tem procedido noutros contextos, mas duvido que em algum outro país tenha encontrado uma caixa de ressonância tão amplificadora como na televisão pública portuguesa.

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A ideia que este senhor quis transmitir através da televisão paga por nós é que os portugueses vivem numa república das bananas.

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Quem observou com atenção o modo como foram organizados e conduzidos os últimos debates presidenciais não pode ter deixado de suspeitar, com gosto ou amargura (…) que poderá ter havido certo enviesamento a favor de forças políticas de direita ou mesmo de extrema-direita.

Boaventura Sousa Santos, “Público” (sem link)

 

A movimentação de peças norte-americana no xadrez afegão da Guerra Fria resultou agora no rápido xeque-mate de Cabul: o monstro devora o seu criador.

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O Governo afegão de 1978 defendia um Estado secular e o direito à manifestação pacífica, ao julgamento justo, à liberdade de expressão e à propriedade privada.

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Mas na Guerra Fria dos anos 1970, importava menos um país individual que o equilíbrio de influência mundial entre os Estados Unidos e a União Soviética.

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O orçamento da Polícia Nacional colombiana incluía para este ano a compra de 720 Bíblias por 36 milhões de pesos (7900 euros).

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A ideia de um Estado que se diz laico a promover o proselitismo dentro das suas forças policiais pareceu a muita gente como desadequado.

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É a mesma polícia colombiana que investiu este ano com sanha contra as manifestações pacíficas, com denúncias de uso desproporcional da força, condenação internacional generalizada.

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O cardeal Blase Cupich, arcebispo de Chicago e um grande defensor do Papa Francisco, é contrário ao catolicismo baseado em guerras culturais, mas está preocupado com a juventude norte-americana que se afasta da religião e da política.

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A visão pluralista da religião de Cupich, como a de Francisco, parece o multilateralismo promovido pelas Nações Unidas, soa bem nas palavras, mas traz poucas consequências práticas.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Fenómenos destes [chuva no ponto mais alto da calota polar da Gronelândia], com consequências globais gravíssimas, pouco ou nada são noticiados, particularmente nos ditos telejornais.

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Mas os governantes mundiais não fazem nada para travar, ao menos um pouco, as causas das acções antrópicas que provocam a actual “alteração climática” com o consequente “aquecimento global”.

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Há uma tremenda irresponsabilidade e falta de ética dos políticos e governantes (mundiais e nacionais) de que são exemplos, os sucessivos falhanços das cimeiras internacionais sobre o ambiente.

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A partir da década de 90, como já se tinham realizado muitas dessas infrutíferas conferências, com variada e pomposa nomenclatura, passaram a utilizar siglas, como, por exemplo a ECO-92.

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Eu não acredito que desta COP-26 resulte qualquer acordo ou normativa que tenha a mínima eficácia em travar um pouco a velocidade das alterações climáticas, com o consequente aquecimento global, já irreversível.

Jorge Paiva, “Público” (sem link)

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