sábado, 28 de agosto de 2021

CITAÇÕES

 
É hoje [ontem] que se reúnem, desta vez online, algumas dezenas de personalidades, das quais mais de metade serão banqueiros centrais, na estância de Jackson Hole, no Wyoming. 

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Não é para o G7 que se deve olhar para antecipar a evolução da economia, é para Jackson Hole. 

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Ao longo de 2020 e 2021, os governos das economias mais poderosas não hesitaram em responder à crise pandémica com estímulos de grande porte. 

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No caso dos Estados Unidos, o aumento da dívida é um recorde histórico. 

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Dos 28 biliões de dólares de títulos que estão nos balanços destes bancos [centrais], 11,7 biliões foram comprados no último ano e meio. Uma das discussões de Jackson Hole será o que fazer com este tesouro.

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Provou-se que a política de compra pelos bancos centrais das emissões de dívida que financiam a atividade pública é consistente, nos casos em que há independência cambial, e é ainda mais necessária no contexto de uma crise.

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Se não são criadas compensações fiscais, agrava a desigualdade, pois valoriza as fortunas baseadas em ativos financeiros.

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Se os juros subirem de novo, os bancos centrais registarão prejuízo.

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Alguns banqueiros querem desativar os programas de compras de dívida e reduzir os balanços dos bancos centrais.

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Mas em Jackson Hole o que se ouvirá é o conselho de restringir a emissão monetária e substituir a ação anticrise pela pose majestática dos bancos centrais.

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O melhor mesmo é não entregar o ouro ao banqueiro e deixar a democracia decidir sobre a economia.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

O limite do Acordo de Paris [da temperatura média] para 2100 será ultrapassado já em 2035.

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É a influência humana e não os impactos solares ou vulcânicos e as variações internas do planeta que, nos anos 2010-2019, determinam o aquecimento global.

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O perigo no planeta Terra são os humanos, com a sua forma de produzir, de distribuir e de viver.

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Deste modo, os efeitos da crise climática na desigualdade entre paí­ses e regiões e entre classes sociais (…) começam a ser vistos como a baliza do custo e da forma de vida no nosso século.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)


Há aproximadamente um século que nos temos dedicado diligentemente a extrair carbono que esteve acumulado no subsolo durante milhões de anos e estamos a colocá-lo na atmosfera.

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Diz ainda o relatório [do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas] que, mesmo que parássemos as emissões agora (…), a temperatura vai continuar a aumentar, até chegar a 1,5 graus acima da temperatura histórica, antes de os seres humanos se dedicarem de forma tão enérgica à tarefa de a alterar.

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A temperatura vai continuar subir e vêm aí alterações cada vez mais severas, como se tem vindo a observar com os incêndios e tempestades, ambos de intensidade crescente, um pouco por todo o mundo.

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Mesmo em face desta lógica linear, as redes sociais demonstram uma resistência feroz contra as conclusões do relatório.

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Nestes dias modernos e de opiniões tão convictas, nem os factos mais gritantes […] conseguem converter os ferrenhos defensores da teoria que se baseia na natureza cíclica destes fenómenos.

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Uma subida do nível do mar de quatro metros era o suficiente para só conseguirmos ir ao Terreiro do Paço de canoa.

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Então raciocinemos: se 4,6 milhões de barcos de pesca rebentaram com 90% dos peixes deste planeta em 50 anos, então os 1400 milhões de carros mais 10 milhões de fábricas mais 1000 milhões de vacas a mandarem gases para a camada de papel de celofane que embrulha uma bola de basquete de 40 mil quilómetros durante um século – sem parar – não têm efeito nenhum?

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Já estava na hora de abrirmos os olhos e fazermos as mudanças necessárias, antes que a pele comece a soltar-se dos ossos…

João Correia, “Público” (sem link)

 

Sem quaisquer obrigações ou represálias, a vacinação é um direito e sempre foi exercido como tal.

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Desta vez a tarefa foi mais exigente, é certo, feita em contrarrelógio e com um esforço extraordinário de milhares de profissionais.

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Em várias paragens a saúde pública não está tão centrada nas pessoas nem os programas de vacinação são tão cumpridos.

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Em muitos países há milhões de pessoas que querem ser vacinadas e sem acesso às vacinas que ficam no congelador.

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[O negacionismo] existe há séculos e está bem documentado ao longo da história.

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[Há muitos] exemplos históricos de negacionismo, uns mais boçais outros nem tanto.

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[Há os] que têm interesses próprios em espalhar teses negacionistas, como é o caso das empresas tabaqueiras que durante décadas rejeitavam que o tabaco tinha efeitos nocivos.

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As técnicas negacionistas são conhecidas, mas sempre recauchutadas em cada contexto. 

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As gigantes petrolíferas pagaram estudos (que se comprovaram sem validade científica) para apresentarem uma suposta base científica que negava o aquecimento global.

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Reparou que André Ventura não questionou como foi infetado antes preferiu lançar as dúvidas sobre a origem do novo coronavírus?

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Na era das redes sociais, estas técnicas são usadas de forma consciente e com as piores intenções.

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[O objetivo é] semear o caos para depois vender a ordem e justificar o autoritarismo, destruindo direitos e liberdades pelo caminho.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

Mas se assumirmos que o sistema é, antes de tudo, o económico, o Chega é o oposto de um partido antissistémico.

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Os empresários que agora financiam André Ventura são os que sentem que as coisas estão maduras para impor as suas “reformas” de forma mais expedita. 

Daniel Oliveira, “Expresso” Diário (sem link)

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