domingo, 13 de fevereiro de 2022

MENTIR NA POLÍTICA RENDE VOTOS

 

Muitos ainda se lembram de João Almeida, primeiro nome do CDS na lista da coligação “Portugal à Frente" pelo distrito de Aveiro, afirmou que os eleitores obrigaram-no a mentir para poder ganhar as eleições.

Nestas eleições que deram maioria absoluta ao PS, a mentira e as meias verdades em alguns discursos conseguiram seduzir o eleitorado, sobretudo nos novos partidos da direita.

De Ventura não se estranha porque mente e desdiz-se com frequência mas o Pinóquio com nariz mais comprido foi desta vez a Iniciativa Liberal que veio com a narrativa de que o liberalismo funciona nos países nórdicos e é necessário em Portugal.

Usou sobretudo a Finlândia como exemplo paradigmático do liberalismo e ninguém conseguiu desmontar o discurso falacioso.

Hoje dei-me à paciência de fazer pesquisas em vários sites nomeadamente "This Is Finland" e da União Europeia e partilho convosco alguns apontamentos:

A Finlândia, que tem sensivelmente metade da população é uma República Parlamentar com 200 deputados.

Tem o maior índice de desenvolvimento humano, o sistema educativo com maior sucesso escolar e a taxa de mortalidade infantil é a mais baixa do mundo.

A primeira ministra desde 10 de dezembro de 2019 chama-se Anna Marin, e pasme-se é membro do partido Social Democrata e não é liberal como Cotrim de Figueiredo fez crer. As escolas são públicas e as privadas quase inexistentes e no ensino superior todas as universidades são públicas.

A saúde dos finlandeses é assegurado por um Sistema Nacional de Saúde Pública e a Segurança Social é também assegurada pelo estado.

Para assegurar o forte Estado Social e o bem-estar da população a carga fiscal é de 40%. bem acima da portuguesa situada nos 34,7%.

Os impostos são progressivos como em Portugal contrariamente ao que defende a IL que defende um imposto de 15% para ricos e pobres.

O sindicalismo é muito forte atingindo 90% de sindicalização dos trabalhadores e a percentagem de homens e mulheres que trabalham é praticamente igual. De resto existe praticamente paridade na política como nas restantes dimensões económicas e sociais. (via Joaquim Guerreiro)


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