A proposta do Bloco para tributar e redistribuir os lucros extraordinários
do setor da energia foi rapidamente criticada pela direita. Mas está longe de
ser radical. Em Itália, o governo de Mario Draghi já avançou com essa medida
para financiar os apoios às famílias e PMEs.
De resto, o que alguns países estão a fazer é seguir a recomendação da
OCDE, que considera que "há capacidade para aumentar o nível dos impostos
pagos pelas empresas deste setor e redirecionar parte desse dinheiro para
amortecer o impacto.”
A tributação dos lucros extraordinários é apenas uma parte da resposta
necessária para repor alguma justiça na repartição dos custos da crise. Tem de
ser acompanhada da regulação dos preços e, a médio prazo, dos investimentos
públicos necessários para a transição energética. (José Gusmão)
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