terça-feira, 31 de maio de 2022
FRASE DO DIA (1864)
José Soeiro, “Expresso” online
819 IMÓVEIS DETIDOS POR PORTUGUESES NO DUBAI
O
Observatório Fiscal da UE identificou 819 imóveis, avaliados em €222 milhões,
detidos por portugueses no Dubai. Como os imóveis não são abrangidos na troca
direta de informação entre autoridades tributárias, é uma boa forma de escapar
à lei. Até quando? (José Gusmão)
https://www.publico.pt/.../ha-350-portugueses-800-imoveis...
ESTE É O DIA A DIA DOS PALESTINIANOS NA SUA PRÓPRIA TERRA...
Colonos atacam veículos palestinos no bairro de
Sheikh Jarrah, Jerusalém. (via Maria Matos)
segunda-feira, 30 de maio de 2022
FRASE DO DIA (1863)
José Manuel Pureza,Esquerda.net
INCOMPREENSÍVEL O CHUMBO DO PS A PROPOSTA DO BLOCO SOBRE UMA REDE PÚBLICA DE CRECHES
PS chumbou a proposta do Bloco para uma rede pública de creches, uma medida
essencial para responder ao problema dos preços, da cobertura insuficiente que
leva à falta de vagas para todas as crianças e do modelo, que continua
dependente do sistema cooperativo e social.
CARTA ABERTA AO GOVERNO PORTUGUÊS SOBRE O SAHARA OCIDENTAL
Um conjunto de cidadãs e cidadãos decidiu escrever uma Carta Aberta ao
Governo português lembrando-lhe um território ilegalmente ocupado junto às
nossas fronteiras - o Sahara Ocidental, antiga colónia de Espanha. Ao
subscrevê-la, reafirmamos «que Portugal tem condições especiais para
desempenhar um papel que faça prevalecer o direito sobre a força, apoiando-se
na sua experiência e na credibilidade ganha pelo contributo decisivo que deu
para o sucesso do processo de autodeterminação do povo de Timor-Leste, tendo em
conta as suas relações amistosas com as partes envolvidas, assim como a
pertença à UE e à CPLP, e a prioridade que concede ao respeito pelos Direitos
Humanos e à resolução pacífica de todos os conflitos no quadro do Direito
Internacional.» (Via Francisco Louçã)
domingo, 29 de maio de 2022
FRASE DO DIA (1862)
Miguel Duarte, “Público”
COMO EVITAR UM TIROTEIO NAS ESCOLAS SEGUNDO TRUMP
Como evitar um tiroteio nas escolas? Fazendo
com que os professores andem com armas a tiracolo. Dizia Trump.
PARA QUE NUNCA MAIS! (138)
O golpe militar
de 28 de maio de 1926 abriu as portas ao regime fascista do Estado Novo, a mais longa ditadura
europeia. Foram 48 anos de privação dos mais elementares direitos democráticos,
violação dos direitos humanos, perseguição política, repressão social,
colonialismo e pobreza generalizada.
A longa noite do fascismo português seria finalmente interrompida a 25 de
Abril de 1974, pela Revolução dos Cravos e pelo movimento popular que
despoletou.
Este ano a democracia ficou mais velha que a ditadura, construí-la é uma
tarefa de todos os dias. Não voltaremos atrás. (via Bloco de Esquerda)
ESTÁ MONTADA A NARRATIVA DA DIREITA REACIONÁRIA NORTE-AMERICANA NA GESTÃO DE NOVO MASSACRE
O problema não é adolescentes terem metralhadoras. É a polícia e o facto de
não ter começado a disparar mais cedo. Assim se mantém um dos maiores absurdos
do mundo desenvolvido.
Responsáveis da polícia desculpando-se pela lentidão na resposta e por
terem negociado. Acusam ainda 1) os videojogos 2) a falta de recursos da
policia mais militarizada de todo o planeta. Isto no dia em que a NRA inaugura
a sua convenção no Texas, não muito longe da escola. Naturalmente com
participações de Trump e Ted Cruz (em tempos duas referências da nossa direita
deslumbrada) que sempre justificaram aligeirar as leis de porte de armas, já
virtualmente inexistentes, com 'só existem maus porque os bons não têm armas em
nr suficiente'.
https://sicnoticias.pt/.../massacre-no-texas-aberto.../
sábado, 28 de maio de 2022
MAIS CITAÇÕES (183)
(…)
O
Orçamento desiste de quem trabalha. Ao recusar atualizar salários enquanto a
inflação galopa, corta rendimentos.
(…)
É o
próprio Governo que prevê uma inflação de 4% em 2022 e confirma que os preços
continuarão a subir no próximo ano.
(…)
Fernando
Medina assume, assim, que haverá mais quebra de poder de compra e que ela será
permanente.
(…)
O
debate orçamental confirmou que a maioria absoluta recua mesmo face aos
modestos compromissos que o PS tinha assumido.
(…)
Lembra-se
de António Costa repetir, há pelo menos cinco anos, o compromisso de que
garantiria médico de família a toda a população? Depois das eleições, a
intenção caiu do Programa de Governo.
(…)
Uma
após outra, a maioria absoluta vai metendo as promessas na gaveta.
(…)
Este é
um Orçamento de injustiça.
(…)
[Por
que razão o Governo] rejeita taxar as mais-valias de quem faz milhões em
criptomoedas e não contribui com um único cêntimo?
(…)
O PS
recusa uma taxa sobre os lucros extraordinários verificados na energia, uma
medida recomendada pela Comissão Europeia, pela OCDE e pelo FMI.
(…)
Toda a
política orçamental do Governo está, portanto, subordinada a um objetivo de
direita: cumprir as regras do Tratado Orçamental e reduzir o défice “custe o
que custar”.
(…)
O
Orçamento da maioria absoluta do PS — “o mais à esquerda de sempre”, lembra-se?
— deixa a direita com falta de críticas.
A Ucrânia
é um país bloqueado pela história, pela demografia e por interesses externos.
(…)
A sua
política tem sido, desde o fracasso económico dos anos 90 (o PIB caiu 60% e a
emigração foi torrencial), um pêndulo entre o Ocidente e a Rússia.
(…)
[Houve
sempre] uma clivagem entre a parte ocidental e as regiões mais industrializadas
a leste, que se mantiveram próximas da Rússia.
(…)
Oferecendo a unidade nacional contra o
invasor e martirizando os territórios que lhe eram mais próximos, Putin pode
ter resolvido este bloqueio.
(…)
A
vitória de Zelensky, em 2019, parecia representar a interrupção do movimento do
pêndulo.
(…)
Aproveitando
o descontentamento com a corrupção e a austeridade, prometia a paz no Donbas e
a reconciliação com os russófonos maltratados por Poroshenko.
(…)
É nas
províncias do Leste que Zelensky tem as vitórias mais significativas. Mas
também é na promessa de conciliação e paz que falha clamorosamente.
(…)
Com o
apoio ativo dos EUA à revolta de Maidan e ao esforço militar ucraniano no
Donbas, pairava sobre Moscovo o fantasma da adesão da Ucrânia à NATO.
(…)
E o
medo russo não era paranoia. O alargamento da NATO a leste fez-se violando
compromissos anteriores, quando a Rússia não era uma ameaça.
(…)
Confrontam-se
dois discursos para explicar esta guerra. Um resume tudo à expansão da NATO,
braço dos interesses imperais dos EUA, outro ao apetite imperialista de Putin.
(…)
O que
é moralmente relevante é uma potência ter decidido invadir um país soberano. Só
ela pode ser responsabilizada.
(…)
Enquanto
aspirante a imperador, Putin ofereceu aos EUA a oportunidade para travarem a
sua decadência.
(…)
Como
qualquer potência, os EUA gostam da globalização que controlam.
(…)
Ao
contrário de alguns saudosistas, não procuro imperialismos que confrontem os
EUA.
(…)
Ao
contrário do discurso dominante, não desejo protetorados de um “polícia do
mundo”.
Em Davos, foi descaradamente promovido o
belicismo e a luta interimperialista.
(…)
A Oxfam confirmou [que a globalização vai
no melhor sentido para os muito ricos] ao denunciar que a pandemia lhes
propiciou, em dois anos, uma acumulação de riqueza igual à que tinham obtido
nos vinte anos anteriores.
(…)
E que dela resulta uma enorme pobreza e
sofrimento.
(…)
[Em Portugal surgem] duas preocupantes
realidades; no plano político começa a "não haver gente adulta na
sala"; no plano económico, consolida-se o baixo perfil de especialização
da economia.
(…)
O objetivo de aumentar a produtividade,
embora levado a sério por algumas empresas e serviços públicos, no geral não é
assumido, e o do aumento dos salários encostou às boxes.
(…)
Dirigentes patronais e comentadores
doutorados no senso comum neoliberal lançaram-se na promoção da tese de que os
elevados impostos são o empecilho à competitividade das empresas.
(…)
[Ora, os custos globais do trabalho] só
pesam no plano global dos custos das atividades das empresas e dos serviços
públicos cerca de 25%.
(…)
[Há outros grandes problemas] que
bloqueiam a melhoria da produtividade e também dificultam a competitividade das
empresas.
(…)
A competitividade não emperra nos custos
do trabalho.
Portugal é um país pobre, pouco desenvolvido, muito inculto,
pouco cosmopolita e não me é indiferente que seja assim.
(…)
Tudo
isto é ainda verdade, embora os últimos quase cinquenta anos de democracia
tenham melhorado de forma drástica todos estes
parâmetros.
(…)
Houve
uma verdadeira revolução nestes cinquenta anos, mas estamos ainda muito longe
de deixarmos de ser pobres, atrasados, incultos e provincianos.
(…)
Nalgumas coisas, estamos mesmo a andar para trás,
principalmente nos valores da sociabilidade e na cultura.
(…)
Não
vale a pena estar a falar da evidência da pobreza. Antes das prestações
sociais, e mesmo depois, metade dos portugueses é pobre.
(…)
Mas também andámos para trás. A civilidade diminuiu. O
português abastardou-se.
(…)
Também não vale a pena falar da desvalorização do trabalho a
favor dos unicórnios e das start-ups em incubadoras.
(…)
Deviam
ler o Compêndio da Doutrina Social da
Igreja, esse texto comunista, já que não querem ler Karl Marx
onde também aprendiam alguma coisa.
Pacheco Pereira, “Público” (sem link)
“LADO A LADO” ESPECIAL, SOBRE A CRISE ENERGÉTICA E A CAMPANHA DO GRUPO PARLAMENTAR THE LEFT
Esta semana temos um “Lado a Lado” especial, sobre a crise energética e a campanha do grupo parlamentar The Left - “Power To The People”, que junta ONGs, investigadores, activistas, comunidades afectadas pela pobreza energética e todos e todas que exigem uma mudança radical do modelo energético europeu. Um modelo que veja a energia como um direito e não uma mercadoria. Para esta conversa convidámos o Riccardo d’Emidio (The Left), que é um dos responsáveis pela campanha.
Para ver a versão completa do podcast https://youtu.be/xLy2vkZHJJQ
CICLOVIAS, O CAMINHO CERTO…
A ciclovia da Almirante Reis funciona bem. É
utilizada por muita gente para ir para o trabalho, para a escola ou estafetas
para o seu trabalho. É um garante de segurança. É bom para a saúde pública e
para o clima. Catarina Martins
sexta-feira, 27 de maio de 2022
CITAÇÕES
(…)
Conclui
que, ao longo da pandemia, por cada 30 horas houve mais um milhão de pessoas a
viver em pobreza extrema e surgiu outro multimilionário.
(…)
A
novidade está no vigor desse crescimento: durante os dois anos os bilionários
acumularam mais riqueza do que nos 23 anteriores, passando a deter 14% do PIB
mundial.
(…)
Para
resumir tudo, as dez pessoas mais ricas têm um património que vale tanto como o
dos 40% mais pobres do planeta.
(…)
Há
várias explicações para estes sucessos e nenhuma delas é o mérito destes
multimilionários.
(…)
O mal
dos outros foi o seu bem.
(…)
Há
outras formas de enriquecer que são ainda menos confessáveis. A primeira é a
injustiça fiscal.
(…)
[Biden]
propõe agora um pagamento mínimo de 20% para quem tem mais de cem milhões de
dólares, para corrigir um buraco na lei.
(…)
Hoje,
as 400 pessoas mais ricas dos EUA pagam em média 8% de imposto sobre o
rendimento.
(…)
Ninguém
duvida de que a proposta será recusada.
(…)
Uma
segunda forma de enriquecer é a fraude.
(…)
O
programa dos EUA para a pandemia, o Cares, registou uma fraude de pelo menos
4,5%, 100 mil milhões de dólares.
(…)
No
entanto, nenhuma destas formas de enriquecer tem impacto comparável ao da
desigualdade que mina as nossas sociedades.
(…)
[Para
Michael Sandel, professor de Filosofia de Harvard] esta noção do triunfo de
alguns e do fracasso de muitos enraíza-se, como todas as ideias poderosas, na
ancestralidade religiosa, a de um deus omnipotente que pune e recompensa.
(…)
O
mérito seria abençoado pela divindade.
(…)
Diz
ele que o mercado, prometido como gerador da meritocracia, reforçou o monstro
da desigualdade ao ponto do grotesco.
(…)
Quando
dez multimilionários têm tanto quanto 3,1 mil milhões de pessoas, a ideia de
que é pelo mérito que se sobe ou que pode haver redistribuição é uma ilusão.
(…)
De
facto, as economias mais liberais (os EUA) têm menor mobilidade intergeracional
do que as do norte da Europa.
(…)
Ou
seja, a desigualdade é o roubo da identidade democrática e o seu tormento
explica a desagregação da vida contemporânea.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia
["Nunca mais é sábado",
pode ser uma expressão dita] por aqueles que tanto esperaram para uma mudança
de líder no PSD.
(…)
[Sábado] o PSD irá a votos para uma
eleição directa que escolhe entre dois candidatos que mostraram tão pouco de si
durante a campanha.
(…)
A previsível vitória de Luís Montenegro
fará com que o partido ajuste contas com a sua mais notável sombra, o candidato
a líder que nunca foi.
(…)
Os militantes deverão eleger Luís
Montenegro num contexto de liderança no deserto, sem perspectiva de poder.
(…)
Um fardo pesado e desanimador para as
hostes laranja e que, certamente, hipoteca grandes exaltações triunfantes.
(…)
Os dois candidatos [à liderança do PSD] anularam
o seu presente sem apresentarem uma centelha de futuro.
(…)
Um grande deserto que deverá entregar
pontos de bandeja à direita do PSD.
[Com a tomada do poder pelos taliban, há nove meses] a
população sentiu-se abandonada e, ainda hoje, não tem uma figura que lute por
si junto da opinião pública mundial.
(…)
Os
taliban estão envolvidos numa luta entre uma ala pragmática e outra
ultraconservadora, as quais procuram influenciar o rumo da governação e o
futuro do movimento.
(…)
O
governo não foi reconhecido por nenhum país, o que impede o Afeganistão de
exercer os seus direitos e obrigações internacionais.
(…)
O Afeganistão
vive uma catástrofe humanitária e uma crise económica severa.
(…)
Após a chegada ao poder dos taliban, a ajuda financeira e
técnica internacional desapareceu e foram impostas sanções ao país.
(…)
94% da população vive na pobreza extrema.
(…)
A
piorar o cenário, a 13 de Maio a ONU admitiu que terá de reduzir o número de
afegãos que ajuda de 38% para 8%, por falta de fundos, uma medida que será
trágica.
(...)
Verificou-se um retrocesso dos direitos humanos, sobretudo no
caso das mulheres.
(…)
No mundo laboral, as mulheres apenas estão autorizadas a
exercer funções no sector da saúde e da educação.
(…)
Enquanto
o mundo olha para a Ucrânia, os taliban parecem aproveitar para fazer regressar
uma das práticas mais regressivas da sua governação anterior.
(…)
A instabilidade e a violência contra civis, mulheres,
minorias étnicas e religiosas, activistas e imprensa aumentou em todo o país.
(…)
Existe
o receio que ora a recusa dos taliban em negociar com adversários políticos,
ora o aumento da competição entre grupos violentos, fomente uma nova guerra
civil no país.
(…)
A
China poderá estar interessada em incluir o Afeganistão no seu programa de
infra-estruturas à escala global (Road
and Belt Initiative).
(…)
A questão é
se a China, (…) conseguirá operar ali alguma mudança a curto ou médio prazo.
Sandra Liliana Costa, “Público” (sem link)
Enquanto
uma parte do mundo está empenhada em travar as alterações
climáticas (…), há quem continue a engendrar, discretamente,
planos megalómanos para exploração de energia de base fóssil.
(…)
As
conclusões dos cientistas são claras. O sofrimento humano será inevitável se
não existirem mudanças radicais para reduzir os fatores que contribuem para as
alterações climáticas.
(…)
Quando
os países forem energeticamente sustentáveis e independentes, os combustíveis
fósseis deixarão de poder ser usados como arma de chantagem de regimes
ditatoriais e autocráticos sobre países soberanos democráticos.
(…)
Apostar
na descarbonização, rumo a uma economia sem combustíveis fósseis, acautelando a
justiça climática e a solidariedade social, é assumir que se está do lado certo
da história.
Pedro Amaral Jorge, “Público” (sem link)
OE2022 É "MUITO LIBERAL, POUCO ESTADO SOCIAL"
Na campanha eleitoral, o PS afirmava que este era o Orçamento “mais à
esquerda de sempre”. Ganha a maioria absoluta e revela-se o Orçamento do
“afinal não”.
O governo opta por deixar em perda quem vive do seu trabalho, num momento
em que a economia está a crescer e a produtividade a aumentar. Só os salários é
que encolhem.
O governo não atualiza salários porque, diz, teme mais inflação, mas recusa
controlar os lucros abusivos que originam a inflação. O governo opta mesmo por
deixar à solta quem faz milhões a especular.
O SNS gasta com privados o que não pode investir no seu funcionamento e
paga mais a prestadores de serviço do que em salários. Na educação, faltam
milhares de professores e não se vê resposta do governo. Não há medidas para a
Cultura nem resposta à emergência climática. Na habitação desapareceram compromissos
de resposta pública, mas continuam vistos gold, benefícios para residentes não
habituais e fundos imobiliários, desregulação do alojamento local.
(…)
Este não foi um Orçamento “da maioria absoluta
de diálogo” que António Costa prometeu nas eleições. O Orçamento que sai do
parlamento é igual ao que entrou. O PS torceu o regimento e brincou às
“cedências”, mas não mudou nada de significativo. O Bloco recusa ser cúmplice
de um Orçamento de quebra de salários e pensões, num país de emprego precário e
baixos salários, com serviços públicos a degradarem-se.
A minha intervenção no encerramento do debate
do OE22, o orçamento do “afinal não”: afinal não melhora os rendimentos, afinal
não protege o Estado Social, afinal não há diálogo na maioria absoluta. Nada que
nos surpreenda, mas explico ponto a ponto e em 7 minutos. (Catarina
Martins)
TAXA SOBRE LUCROS INESPERADOS A SURGIR EM MUITOS PAÍSES
Um pouco por todo lado vão surgindo impostos sobre lucros inesperados. Só
não os conseguimos encontrar em Portugal, no orçamento mais à esquerda de todos
os tempos. (José Gusmão)
https://www.publico.pt/.../reino-unido-avanca-taxa-25...
HÁ 22 ANOS QUE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PASSOU A SER CRIME PÚBLICO
Hoje, há 22 anos, a violência doméstica passou a ser crime público. Esta
foi a primeira iniciativa legislativa do Bloco de Esquerda no Parlamento e fez
com o que a investigação do crime deixasse de estar apenas dependente da queixa
da vítima.
A lei mudou, mas ainda há muito a fazer. Ano após ano, a violência
doméstica continua a ser o crime contra a pessoa que mais mata em Portugal.
É preciso mais investimento na formação dos profissionais que lidam com
casos de violência de género, juízos especializados para estes crimes, medidas
eficazes que protejam as vítimas e que mantenham os agressores afastados, apoio
judicial, habitacional e financeiro para as vítimas e que a justiça funcione a
favor das vítimas e não dos agressores.
quinta-feira, 26 de maio de 2022
"PS CHUMBOU TODAS AS PROPOSTAS DE PROTEÇÃO DE RENDIMENTOS"
A maioria absoluta do Partido Socialista rejeitou todas as propostas que
ontem [23 Maio] foram debatidas.
Nessa razia ficaram para trás pensionistas, trabalhadores precários, cuidadoras
informais, trabalhadores da administração pública, beneficiários de prestações
sociais de combate à pobreza e todas as pessoas que vivem do seu salário e
pensão.
FRASE DO DIA (1861)
ONDE ESTÁ A COBERTURA DE 98% DOS MÉDICOS DE FAMÍLIA PROMETIDA PELO PM EM 2019?
Em 2019, o
Primeiro-Ministro garantia uma cobertura de 98% de médicos de família. Neste
momento, existem mais de 1 milhão de utentes sem médico de família, e o
problema não é a falta de médicos.
O SNS forma
anualmente 300 médicos especialistas em saúde geral familiar, o problema é a
falta de condições nas carreiras. O Bloco deu entrada de um pacote de medidas
para garantir a atribuição de médico de família a todos os utentes e reverter a
escalada de utentes a descoberto.