(…)
A maioria absoluta é, como seria de esperar, implacável e nem
sequer fingida.
(…)
Toda a gente percebe que significa que os salários e as
pensões não podem ter contas certas e devem ser reduzidos.
(…)
[As contas certas é uma ideia que procura] convencer cada
pessoa de que fica melhor se for atrasada a construção do hospital que falta ou
se for vivendo com um rendimento mais curto.
(…)
A encenação à volta da lei, (…), nem chega por isso a ensaiar
algum artifício.
(…)
Verifica-se que o PSD-Madeira trata da clientela e, para
tanto, consegue reduzir um imposto sobre o rum exportado e reabrir as
inscrições de empresas na Zona Franca, uma galinha de ovos de ouro.
(…)
[Há um
ano que o Governo se recusa] a cumprir a
determinação da Comissão Europeia de fazer restituir mil milhões de euros de
subsídios indevidamente pagos a 300 empresas.
(…)
A falta de apoio à comunidade surda exige a contratação de
“até 25 intérpretes”, mas pode ser um só.
(…)
Assim, o Orçamento será aprovado, mesmo que depois
tenha que ser aplicado e alguém possa perguntar onde estão as contas, as
aproximações, as sensibilizações, os estudos e as medidas transitórias, mais a
confiança que foi prometida.
Francisco Louçã, “Expresso” online
A chantagem e vitimização que [Carlos Moedas] escolheu como
estratégia permanente não é forma de um presidente sem maioria governar.
(…)
Estas medidas [como o encerramento de certas artérias ao
trânsito] tendem a ser inicialmente impopulares e exigem tempo e muita
pedagogia até se sentirem os seus bons resultados e passarem a merecer o apoio
das populações.
(…)
Não há exemplos internacionais onde a limitação de carros
tenha prejudicado o comércio local.
(…)
O peculiar sistema de funcionamento da autarquias no nosso
país, onde a oposição faz parte do poder executivo, faz com que as propostas
nas reuniões camarárias sejam agendadas pelo presidente da câmara.
(…)
Desde 2018 que, em Madrid, não se pode andar a mais de 30
km/h em 85% das ruas. [Mais exemplos se podem apontar em toda a Europa]
(…)
Diminui a média anual da concentração
de dióxido
de azoto.
(…)
Em Madrid, o atual alcaide do PP, e que esteve presente na
tomada de posse de Carlos Moedas, pegou na medida da sua antecessora de
esquerda e limitou ainda mais a velocidade nos bairros, para 20 km/h.
(…)
O que é curioso é que o próprio Carlos Moedas, em janeiro
deste ano, apresentou um “Plano de Acção Climática 2030” para Lisboa, onde estas medidas já lá estão.
Daniel Oliveira, “Expresso” online
A entrevista que João Costa deu ao Expresso da passada semana (…) é um apontar de dedo a
outrem, como se ele não fosse corresponsável pelos danos que a Educação sofreu
nos últimos seis anos.
(…)
Ora “esta equipa” [que João Costa menciona] é ele e outro,
que promoveram as iniciativas trapalhonas, transbordantes de ilegalidades.
(…)
[Para João Costa] um salário de 1000 euros no início da
carreira ou de 1400 a meio não são maus.
(…)
Em
resumo, umas vezes em modo explícito, outras em registo cínico, este homem não
se tem poupado a esforços para cavar um fosso entre os interesses dos alunos e
os interesses dos professores.
(…)
Com arrogância, escolheu começar funções ofendendo os
professores.
Santana Castilho, “Público” (sem link)
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