sexta-feira, 20 de maio de 2022

CITAÇÕES

 
Era o que faltava que rendimentos tão apetitosos [como o criptonegócoio] pagassem imposto, querem tributar o suor do nosso rosto.

(…)

No início desta semana, luna, uma moeda cripto “estável” que tinha prometido um rendimento de 20% ao ano e era suportada pela indexação ao dólar, tinha caído 14.359%.

(…)

Todo o mercado cripto tinha perdido dois triliões de dólares, dois terços do seu valor.

(…)

As criptomoedas de Miami e Nova Iorque perderam 90% e 80%.

(…)

Estas criptomoedas são operações criadas por fundos de capital de risco e outros aventureiros financeiros.

(…)

A bolha é a sua vida, e a bolha acaba.

(…)

No mundo cripto não há contratos que sejam legalmente obrigatórios e controlados, e as entidades emissoras e os seus fundamentos financeiros estão ocultados no nevoeiro da plataforma, sendo inverificáveis. 

(…)

O valor destes ativos só depende da crença infundada no seu crescimento perpétuo.

(…)

O negócio da Dona Branca, em 1983, era deste tipo.

(…)

Temendo este efeito de bolha, a China, que em 2019 era a origem de 75% da mineração de criptomoedas, proibiu-as no ano passado.

(…)

É nas regiões mais vulneráveis à obscuridade financeira que estão os centros deste sistema.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia

 

[O Governo] alude a uma misteriosa espiral de preços que seria provocada se os salários compensassem a inflação.

(…)

[Afirma António Saraiva que] o aumento de salários seria “trágico” e provocaria “mais inflação”, levando a uma crise “profunda e estrutural”.

(…)

Tudo isto é uma elucubração sem sentido para con­cluir que quem trabalha deve sofrer em silêncio o custo da inflação (o “monstro”).

(…)

[O Governo vai] avisando que imporá a redução real dos salários e pensões porque desse modo evitará acelerar os preços.

(…)

[É no] preço da energia e dos alimentos, que se deve prevenir o “monstro”.

(…)

Não há aceleração da inflação por essa via [de aumento de salários e oensões].

(…)

No caso das mil maiores empresas nacionais, os custos financeiros pesam mais do que a massa salarial.

(…)

Para Saraiva e para o Governo, o equilíbrio do efeito do custo da energia deve ser obtido pela compressão da procura com a redução salarial. 

Francisco Louçã, “Expresso” Economia

 

Agora, quando os números [da infeção covid] são mera numerologia ou uma espécie de ciência oculta, a desobrigatoriedade das máscaras em espaços fechados faz o seu serviço e deixa auto-satisfeitos e felizes os arautos da falta de empatia.

(…)

[Entretanto] o país assiste sem mexer a uma explosão de novos casos todos os dias.

(…)

Para aqueles que se convenceram que o "novo normal" já tinha chegado, está mesmo tudo normal.

(…)

Como estaríamos, agora, se o anterior Governo minoritário de António Costa se comportasse como o novo Governo maioritário de António Costa?

(…)

A ausência de reacção de Marta Temido ao aumento exponencial de infecções é um acto político e não de saúde pública.

(…)

Perante os números actuais, já é difícil compreender que o abandono das máscaras em espaços fechados com grande concentração de pessoas tenha sido mantido até agora.

(…)

Mas é inaceitável este entendimento, quando se suspeita que a esmagadora maioria dos novos casos de covid nem sequer consta dos números oficiais.

(…)

Este ano, temos cerca de 20 vezes mais casos e quase 5 vezes mais óbitos do que no mesmo período do ano passado.

(…)

A taxa de letalidade é menor mas continua a morrer muita gente.

Miguel Guedes, JN

 

Foi com alguma surpresa que se ouviu falar da possibilidade “de mais uma epidemia entre os homossexuais”.

(…)

[O VIH foi] a pandemia com a qual se deveria ter aprendido a não usar esta linguagem.

(…)

Pode falar-se em comportamentos de risco mas não em grupos de risco. 

(…)

No início do VIH utilizou-se linguagem que tinha implícita a culpa e o julgamento moral da homossexualidade. 

(…)

Com a varíola dos macacos estão novamente reunidos os ingredientes: uma doença cujos sintomas causam repulsa, a possibilidade de apontar um grupo como sendo os que estão em risco e a ideia de perigo de uma invasão que atinge o coletivo.

(…)

Está sempre aqui em causa o veneno do costume: o outro, aquele que é diferente. O mal deixa de ser a doença e passa a ser o doente.

(…)

A revelação de uma doença não deve voltar a ser razão de estigma e discriminação. A linguagem tem um papel muito importante aqui.

(…)

A luta contra a discriminação dos homossexuais teve grandes marcos em Portugal e eles são também legislativos.

(…)

Falta então que, no quotidiano, a linguagem e os comportamentos discriminatórios sejam abolidos.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

É preciso repensar a nossa relação com os rios e ribeiros.

(…)

Se os recursos são finitos, então é preciso partilhar, partilhar recursos entre pessoas, e partilhar entre pessoas e a natureza.

(…)

Até criar direitos para os rios, linhas de água são uma entidade em si e não apenas um recurso a explorar pelo ser humano.

Daniel Veríssimo, “Público” (sem link)

 

Além de se apropriarem dos recursos naturais do planeta, alimentando a corrupção, o desrespeito pelos direitos humanos e os atentados contra o meio ambiente, as empresas do chamado primeiro mundo deixam uma herança terrível para as próximas gerações, ao colonizarem o futuro.

(…)

Mesmo com todos os sinais de alarme a tocar estridentemente por causa das alterações climáticas e a natureza a enviar-nos mensagens em forma de secas prolongadas, inundações e outros desastres naturais, continuamos concentrados em obter o máximo de lucro sem olhar às consequências.

António Rodrigues, “Público” (sem link)


Sem comentários:

Enviar um comentário