sábado, 1 de outubro de 2022

MAIS CITAÇÕES (200)

 
Lula tem mais do dobro de intenções de voto do que Bolsonaro nos que recebem menos de dois salários mínimos, que são a maioria dos brasileiros.

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A diferença abissal só é temperada pelos evangélicos, mas reforçada por mais apoio das mulheres. 

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[A escravidão] marca uma desigualdade que se manifesta não apenas na violência da rua, mas na impiedosa violência das suas elites económicas.

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Com todos os seus defeitos, Lula continua a ser um dos mais carismáticos líderes populares da história da América Latina. 

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A direita sabia que destruí-lo era a única forma de destruir a esquerda brasileira.

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Dilma pagou pela resistência a um sistema partidário e eleitoral que torna impossível governar sem comprar votos de deputados. E não vai mudar.

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Lula fez tantas alianças para derrotar Bolsonaro, tem um programa tão difuso para não assustar ninguém, que é provável que o PT volte a desperdiçar a oportunidade para mudar o sistema político e económico. 

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A [taxa de rejeição] de Bolsonaro é muito superior à de Lula. E piorou na campanha.

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[O que determina a provável derrota de Bolsonaro] é a gestão sádica que fez da pandemia, que custou a vida a mais de 600 mil. É a fome, que hoje atinge mais de 30 milhões.

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Mas, à boleia da crise, salvar-se-á a frágil democracia brasileira.

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Todos os que perturbem o Presidente, incluindo jornalistas, são obrigados a envolver-se no combate, até fisicamente. 

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[Bolsonaro] não precisa de polícia política ou de censura. Basta-lhe um exército de fanáticos em rede e um poder político que lhes dê cobertura.

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Para conquistar os que estão cansados do ódio, Lula fez uma campanha de “paz e amor”. 

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É o que o ódio promovido por um Presidente faz à democracia: ficam todos parecidos com ele.

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Já Bolsonaro prepara o discurso da fraude eleitoral e ameaça com golpes militares há um ano. Quanto aos militares, duvido que arrisquem.

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Bolsonaro, desesperado com a previsível derrota, não hesitará em usar tudo o que até agora guardou.

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A democracia está por um fio. Não chega uma derrota. Ela tem de ser clara, para não ser contestável, e já no domingo, de preferência.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Para ela [Lagarde], os governos devem conduzir os povos à emulação salvífica pelo sacrifício.

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Christine Lagarde não quer "medidas transversais de apoio" às pessoas e à economia.

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É a cartilha neoliberal na sua dicotomia perversa: a caridade transformada numa máquina de criação de pobreza. 

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Os estados dispõem dela [riqueza] ou podem ir buscá-la intervindo nos mecanismos de acumulação de riqueza [para apoiarem os pobres].

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A inflação está a depauperar a esmagadora maioria dos cidadãos.

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Desaparecendo [o Estado social], não existirá mais a Democracia.

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[A inflação atual] não foi causada pelos salários, nem pelo nível de consumo dos portugueses que hoje já cortam forte em despesas essenciais.

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O grande perigo para os povos é querer-se combater a inflação aumentando o desemprego e empobrecendo os trabalhadores.

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Se de imediato não houver atualização dos salários (…) no dia 31 de dezembro os salários de quem trabalha em Portugal valerão menos cerca de 5% do que valiam no passado dia 1 de janeiro. Essa perda não será ocasional, mas sim permanente.

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É possível uma política salarial justa e contributos dos trabalhadores para tornar as empresas mais produtivas e competitivas.

Carvalho da Silva, JN

 

O número de queixas por discriminação étnico-racial tem vindo a crescer nos últimos anos.

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Se, até 2015, a média anual não ultrapassava as 76 queixas, a partir de então assiste-se a um aumento substancial e, em 2021, último ano para o qual temos dados, foram apresentadas 408 queixas.

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Portugal está entre os três países da UE onde menos são apresentadas queixas por discriminação às autoridades competentes por pessoas negras (…) e Roma/Ciganas (…).

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Muitas vezes, as vítimas não apresentam queixa por não acreditarem que possam obter justiça.

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Cedo se percebe a inoperância do sistema e o porquê de as vítimas tenderem a não confiar nas instituições de justiça.

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Como há muito coletivos como o SOS Racismo têm vindo a reivindicar, o quadro legal precisa de mudar.

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O sancionamento do racismo limita-se à coima ou admoestação.

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É muito difícil sancionar legalmente a discriminação étnico-racial.

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Além do mais, a sua não configuração enquanto “crime público” (…) reduz a capacidade de dissuasão dos mecanismos sancionatórios, do apoio às vítimas.

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O número de queixas tem vindo a aumentar porque tem aumentado a pressão dos movimentos Negro, Roma/Cigano e Antirracista.

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O aumento do número de queixas diz-nos mais sobre a crescente visibilidade das expressões do racismo do que sobre o “peso real” do mesmo.

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O estilo assético e acrítico do relatório da Comissão com maior responsabilidade no combate ao racismo no país reduz o aumento a um problema técnico e deixa na sombra do relatório o que de substancial está a acontecer.

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Passámos a ter na Assembleia da República um partido que se alimenta desse mesmo discurso [discriminatório].

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Muito do racismo online reporta a discursos explicitamente discriminatórios e de incitamento à violência.

Cristina Roldão, “Público” (sem link)

 

Na última semana de campanha antes da votação do primeiro turno, neste domingo, o bolsonarismo dá claros sinais de exaustão.

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Bolsonaro, com seus atuais 33% de intenção de voto (Datafolha), perdeu 20% dos eleitores que o apoiaram em 2018.

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Uma dura realidade se impôs sobre a ideologia: o Brasil está mais empobrecido, faminto e desigual.

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Sem poder apresentar êxitos políticos de seu governo, Bolsonaro tenta perverter o jogo democrático.

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O sequestro das comemorações da independência teve efeito contrário ao que Bolsonaro esperava.

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67,5% dos eleitores têm medo de serem agredidos no dia das eleições.

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Bolsonaro aposta na deslegitimação das instituições eleitorais. 

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Com uma rejeição de 52% Bolsonaro é preterido pela maioria dos brasileiros. 

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Com um discurso moderado e tom apaziguador, Lula consegue manter a liderança nas pesquisas ao passo que conquista cada vez mais o apoio de políticos e personalidades de distintas orientações ideológicas.

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Lula conseguiu solidificar sua vantagem sobre seus adversários conquistando votos entres pobres e mulheres.

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44% dos brasileiros acreditam que suas vidas mudarão para melhor com Lula na presidência.

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O anseio de dias melhores com o provável governo Lula terá que conviver com muitos retrocessos impostos pelo bolsonarismo. 

Helder Ferreira do Vale, “Público” (sem link)


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