sexta-feira, 23 de agosto de 2024

CITAÇÕES

 
A lei que despenaliza, em certas circunstâncias, a morte assistida já devia ter sido regulamentada há um ror de tempo.

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É a democracia que exige que se regulamente rapidamente a lei, respeitando escrupulosamente o seu espírito e a sua letra.

José Manuel Pureza, fb

 

[Miguel Albuquerque] é presidente do governo de uma região assolada por incêndios gravíssimos que condenaram centenas de pessoas a abandonar as suas casas.

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Ter ficado em férias e ter respondido com arrogância a quem o critica por esta escolha traz-nos de volta o jardinismo como política de desdém face à democracia.

José Manuel Pureza, fb

 

Impor quotas à imigração é um velho projeto da direita.

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Na verdade, é contra os imigrantes... pobres.

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São, pois, quotas de pobres que o Chega quer levar a referendo.

José Manuel Pureza, fb

 

Brenda Biya, a filha do Presidente dos Camarões, declarou publicamente ser bissexual.

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Ser LGBT+ nos Camarões pode dar multas de 305 mil euros e seis meses a cinco anos de pena de prisão.

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Brenda Biya está por enquanto protegida por viver na Suíça, mas uma queixa já foi feita contra si junto do procurador de Iaundé.

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Brenda Biya beneficia de um estatuto social privilegiado que lhe confere um certo nível de proteção.

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As leis anti-LGBT nos Camarões afetam desproporcionalmente os mais pobres.

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A riqueza e as conexões constituem um escudo para alguns, enquanto outros enfrentam consequências severas.

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Brenda Biya recebeu aplausos, mas também as usuais torrentes de ódio.

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Um dos argumentos de ataque (…) é a ideia de que ser LGBT+ é uma coisa de brancos ocidentais, uma importação colonialista de uma ideologia nefasta.

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[Trata-se de uma falácia que se baseia no] desconhecimento do que é ser uma pessoa LGBT+ como se fosse um caso de simples escolha ou de influências exteriores.

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Não ver ou não conhecer pessoas LGBT+ não significa que elas não existam.

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As pessoas AfroQueer existem! Nós existimos! 

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O “Queer” é um termo único para “designar as pessoas LGBTQI+ (…) que se identificam com uma identidade de género, uma expressão de género ou uma orientação sexual fora da norma social e que não aderem ao binarismo.

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Autores AfroQueer rejeitam a ideia de uma qualquer influência “branca colonial”, e, pelo contrário, denunciam a propagação da LGBTfobia através da colonização, através de, entre outros instrumentos, da imposição da religião católica.

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As pessoas AfroQueer existem e sempre existiram!

Luísa Semedo, “Público” (sem link)

 

Há uma semana que lavra um incêndio de enormes proporções na ilha da Madeira.

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No entanto, salvo raras excepções, a preocupação perante a perda de um património natural, a Laurissilva, classificado pela UNESCO como de valor universal excepcional, é pouco aflorado.

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É a “jóia da coroa”, contributo inegável para a valorização económica da região, que pode ficar muito “beliscada”.

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A floresta da Madeira, conhecida por Laurissilva, é um ecossistema único e rico que remonta ao período Terciário, ou seja há mais de 240 milhões de anos.

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É na Madeira que este coberto florestal primitivo que ocupava uma extensa área da actual bacia do Mediterrâneo, Norte de África, denominada Macaronésia, tem a sua máxima expressão.

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Importa lembrar que um bem é inscrito na Lista do Património Imaterial UNESCO devido ao seu valor universal excepcional.

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De acordo com a legislação vigente, os bens inscritos na lista do Património Mundial devem usufruir de uma protecção legislativa, regulamentar e institucional e providenciar uma zona tampão adequada que garanta a sua salvaguarda a longo prazo.

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Perante todos estes atributos e responsabilidades de pertença de um bem único e inigualável, após o rescaldo do fogo seria bom parar para pensar e avaliar o que correu mal e prevenir futuros desastres.

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Os fogos recorrentes dos últimos 10 anos já deviam ter feito soar os alertas.

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Mesmo que o núcleo central da floresta Laurissilva não tenha sido afectado, as orlas, a zona tampão, foram-no.

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A pouco e pouco a fragilidade aumenta e a sua preservação fica cada vez mais comprometida.

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A mensagem devia servir para alertar sobre esta fragilidade cumulativa ao longo destes últimos anos de fogos que “beliscam” a floresta e afectam o equilíbrio de todo esse ecossistema contíguo.

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Há que divulgar o papel e valor desta floresta terciária.

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Deviam ser assumidas e divulgadas novas medidas de prevenção, rigorosas e exigentes para evitar que a jóia se perca.

Maria Amélia Martins-Loução, “Público” (sem link)

 

São muitos os pedidos de casamento em público em que as mulheres ficam sob pressão.

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A resposta diante de tais pedidos inusitados é uma e uma só: não.

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Não ao homem ao leme das decisões e de todas as decisões num casamento e num relacionamento.

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Este é um “sim” resultante da chantagem emocional de um parceiro e o reflexo de uma relação onde a vontade do outro não é nem tida nem achada.

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Onde está a sociedade progressista e igualitária onde a uma mulher se dá a liberdade de dizer “não” e por si, e só por si, decidir?

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Por não ser preciso, mas é preciso, explicar a decisão profundamente pessoal diante de um pedido de casamento.

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Porque a decisão é para ser tomada em conjunto ao invés de caber ao proponente a iniciativa de excluir o parceiro sem voz activa num momento para a vida.

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Não à humilhação pública da mulher e aos julgamentos online responsáveis por transformar um momento único num episódio traumático.

João André Costa, “Público” (sem link)

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