sexta-feira, 12 de setembro de 2025

CITAÇÕES

 
[Moedas] apenas a viu [Lisboa] como um trampolim. 

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Mas o trampolim é um teste. 

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A incapacidade de compreender e travar o excesso de turismo e a explosão do preço da habitação não começaram com Moedas. 

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O balanço [das mudanças positivas] está na sua lista: afastou quase todos os vereadores, porque são sempre os outros a falhar. 

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As vítimas não têm de mostrar trabalho, só sofrimento. E a choramingar [Moedas] é imbatível. 

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A câmara nunca foi, para Moedas, mais do que um palco para outros voos.

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Mas, à falta de competência e programa, apostou tudo na construção da sua imagem.

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O ponto alto do seu mandato foi a visita do Papa, quando mobilizou os meios da câmara para se pôr no centro do evento.

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Assim como usou meios e assessores pagos por nós para a produção de um livro sobre si. 

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A autarquia é a montra de uma loja vazia.

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Mas a marca mais distintiva de Moedas é a mentira. Continuada, descarada e consciente, como em Ventura ou Sócrates.

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Foi mentindo que, logo depois de tomar posse, pôs na imprensa que o PS tinha chumbado o orçamento. 

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Deu a entender que, ao contrário dele, o falecido ministro sabia dos riscos de derrocada da ponte e nada fez.

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Sempre que se sente acossado, Moedas mente, faz-se de vítima e inventa inimigos para animar a sua base e polarizar o debate.

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[Sobre Alexandra Leitão, acha que lhe basta dizer que ela é “radical”, porque a polarização dispensa substância.

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Mas foi o “moderado” Moedas que comparou os seus adversários a assassinos, insultou a memória de quem não se pode defender.

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Uma crise, por mais trágica que seja, pode ser um bom teste para políticos com pouco horizonte estratégico mostrarem capacidade de reação sob pressão. 

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A capacidade de a assumir plenamente [a responsabilidade política] quando as coisas desmoronam define uma liderança.

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O que Moedas e Montenegro vinham pedir era que não houvesse escrutínio político, como se estivéssemos a falar de um desastre natural ou de um ataque terrorista e não de uma infraestrutura do Estado que falhou.

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Moedas atirou o presidente da Carris e o vice-presidente da câmara para o palco quando os holofotes ainda podiam queimar.

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Quando falou, apresentou-se como mero acionista da Carris e dedicou-se à sua defesa pessoal, à mentira e ao insulto dos opositores. 

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No que é estratégico e na emergência, é a antítese de um líder. 

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

A agora defunta pop-star MAGA, Charlie Kirk, construiu um império assente no ódio e no preconceito.

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Cedo procurou o palco junto de outras estrelas do extremismo em terras do Tio Sam.

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Fundador do Turning Point USA, contou com milhões de dólares doados pela Direita extremista,

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Com esse projeto, empenhou-se em transformar escolas e universidades em trincheiras ideológicas, verdadeiras academias de ódio e radicalismo.

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A discórdia da qual se alimentava – e que tão bem semeava – levá-lo-ia à sua amarga e irónica partida.

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Sucumbiu às mãos de uma Lei que tão fanaticamente defendeu.

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 O falecimento de Charlie Kirk é uma consequência das políticas que promoveu.

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Todos os anos, milhares de pessoas morrem vítimas de armas de fogo nos Estados Unidos – em 2023, foram 46.728.

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São também comuns os school shootings – 330 em 2024, o segundo pior ano desde 1966.

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Num país em que o lobby das armas, através da National Rifle Association [Associação Nacional de Armas] e de uma indústria multibilionária, compra o silêncio político com cheques para campanhas eleitorais.

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Durante anos, Kirk cultivou o medo do outro.

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Alimentou o preconceito, espalhou teorias da conspiração, relativizou crimes de ódio e justificou políticas de exclusão.

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Para Kirk, a igualdade e o respeito pelos Direitos Humanos eram uma ameaça maior que a regulação do comércio de armas.

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A cruel ironia é a de que caiu vítima daquilo que sempre defendeu, no seio de uma cultura ideológica que ajudou a radicalizar.

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A sua morte expõe a falência ética de um projeto político – e de regime – que faz da agressividade e do ódio o centro do debate público.

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Charlie Kirk morreu como viveu: armado de ódio, abatido pela sua própria política.

Simão Ribeiro Póvoa, “Público” (sem link)

 

Desde 2010, o total de área ardida ultrapassa os 1,5 milhões de hectares, com números que aumentam ano após ano.

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Infelizmente neste tema Portugal é líder destacado entre 2006 e 2024 com maior percentagem do seu território ardido.

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Os espaços florestais — que incluem floresta, matos e terrenos improdutivos — ocupam 6,1 milhões de hectares (69% do território continental), sendo 84,2% propriedade privada, 13,8% terrenos comunitários e apenas 2% áreas públicas.

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Este predomínio da propriedade privada, aliado à fragmentação fundiária, à falta de ordenamento eficaz, ao abandono agrícola, ao despovoamento do interior, ao incumprimento da legislação e à falta de aplicação do conhecimento científico, cria desafios significativos para a gestão e proteção do território florestal.

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O problema é agravado pela fraca literacia sobre a floresta e o papel que esta desempenha nos equilíbrios ecológicos, económicos e sociais do território.

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Persistem ainda conflitos de prioridade entre combate e prevenção aos incêndios.

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A prevenção, apesar de ser uma solução sustentável quer do ponto de vista financeiro quer do ponto de vista da defesa estrutural da floresta, continua a ter uma atenção secundária.

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A solução começa por assumir, de forma inequívoca, que o território florestal deve ser gerido para assegurar serviços ambientais, equilibrar sistemas biofísicos e garantir a segurança das populações.

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É preciso quebrar um tabu que existe hoje na sociedade portuguesa que é a utilização do fogo controlado como ferramenta de gestão florestal.

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É também necessário criar condições para fixar população no interior e atrair quem procura uma nova vida, através de programas de formação, financiamento e integração na gestão ativa da terra.

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A experiência mostra que conhecimento, planeamento e participação comunitária podem inverter décadas de degradação e vulnerabilidade. 

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De uma vez por todas a política florestal nacional deve assumir como desígnio central a gestão ativa e integrada do território, vendo a floresta não como passivo de risco ou como um evento mediático, mas como ativo estratégico para o futuro do país.

Miguel Jerónimo, “Publico” (sem link)


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