domingo, 17 de fevereiro de 2019

MAIS CITAÇÕES (17)


Há já alguns anos que a ADSE é totalmente paga pelos trabalhadores, os mesmos que através dos seus descontos também financiam o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
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Em 2015 e 2016 os grupos privados decidiram não cumprir as tabelas negociadas e cobraram mais 38 milhões de euros em relação ao negociado e a ADSE exigiu que os prestadores convencionados regularizassem os pagamentos.
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[Os privados deveriam pagar o calote] mas não foi isso que aconteceu, os privados uniram-se em cartel para ameaçar a ADSE, suspender os acordos vigentes e tentar convencer a opinião pública de que têm o direito de impor a tabela de preços que bem entendem fugindo aos compromissos negociados previamente.
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[Dos 554 milhões de euros pagos aos grupos privados de saúde], a ADSE assegurou 20% da despesa corrente dos hospitais privados.
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Quem ouviu as palavras de Assunção Cristas neste processo poderá pensar que a ADSE anda a viver às custas dos privados, quando a realidade é a oposta.
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Parece evidente que são os privados que precisam mais da ADSE e do Serviço Nacional de Saúde para se financiarem.
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É evidente que há aqui toda uma agenda política e nem sequer há tentativa de disfarçá-la.
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Quem defende cuidados de saúde prestados por privados e a destruição do SNS viu neste caso uma oportunidade de ouro para atacar o setor público, recorrendo ao desporto nacional que é denegrir a ADSE.

Caminhamos para um mundo em que se podem vir a delimitar duas redes distintas de internet, a norte-americana e a chinesa.
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Há custos imputados à ADSE que variam de um para quatro no mesmo tratamento.
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De facto, para tudo o que é mais complicado, é sempre ao SNS que o cidadão recorre e não aos hospitais privados.
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Uma parte dos médicos dos hospitais privados não tem convenção com a ADSE, cujos utentes são por vezes submetidos a tratos de polé.
Francisco Louçã, Expresso Economia (sem link)

O espetáculo dos últimos dias ajuda-nos a ver de que forma um sistema de saúde alternativo ao SNS baseado em seguros, sejam eles públicos ou privados, pode ficar refém de um cartel da indústria da saúde.
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É preciso um SNS dotado de meios que lhe permitam assegurar, ele próprio, parte do que atualmente é comprado à indústria da doença.
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O SNS tem de ser cada vez mais um serviço com forte componente preventiva, até porque é aí que todos e o Estado podem ganhar muito.

Costa e Rio querem a regionalização, só não a querem a contaminar a campanha eleitoral.
Pedro Santos Guerreiro, Expresso (sem link)

Os negócios privados vivem encostados às rendas públicas.
Pedro Adão e Silva, Expresso (sem link)

Todas as pessoas com quem falei aqui em Cuba valorizam a saúde e o ensino gratuitos e escolarização básica de nível europeu.
Daniel Oliveira, Expresso (sem link)

A globalização permitiu que grandes multinacionais, como a Apple, a Google e a Starbuchs evitassem o pagamento de impostos.
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Se todas as pessoas evitassem e evadíssemos impostos como estas empresas, a sociedade não poderia funcionar.
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O objetivo das multinacionais consiste na recolha de apoios para reformas que continuem a corrida para o fundo e na manutenção de oportunidades para a evasão fiscal.
Joseph E. Stiglitz, Expresso Economia (sem link)

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