sexta-feira, 24 de março de 2023

CITAÇÕES

 
Como toda a gente percebeu, a luta de classe é neste momento uma luta de preços.

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[Um exército de especialistas, arautos e gurus clamam a bondade da inflação] conjurando tragédias imensas se este curso fosse impedido por uma absurda manutenção dos salários reais. 

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A banca esfrega as mãos com a margem que lhe é oferecida entre os juros minúsculos pagos aos depósitos e os impostos ao crédito.

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[O Governador do BP avisa que] os salários não podem crescer, pois arrastariam uma inflação perigosa que, curioso facto, continua a galgar.

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[Centeno] já sugeriu que 2% de aumento salarial seria o máximo aceitável, pois esse é o objetivo declarado da inflação lá nos comités de sábios que estudam o assunto.

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Se a perda de salário real em 2022 e 2023 não for pelo menos de um mês de vida o país estaria condenado aos infernos dos preços.

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Tudo se resume a um princípio: o salário é a variável de ajustamento para o aumento do lucro, que garantirá a prosperidade e o investimento e a abundância de rios de leite e mel.

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Não é tão fácil enganar toda a gente durante todo o tempo e o Eurogrupo, em janeiro, lá teve que conceder que havia margem para subir salários.

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A 14 de fevereiro, a Comissão Europeia lamentou-se sobre a desgraça do aumento dos salários, mesmo que em nenhum país acompanhem a inflação.

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Portanto, estamos avisados: para que a economia prospere, é preciso que as pessoas percam.

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[Estamos perante] uma estratégia de preços para transferir rendimentos, neste caso para bancos e fundos financeiros que dominam o mercado imobiliário.

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O país treme e os discursos sobem de tom para garantir que o povo aceita essa única lei, a da subida dos preços.

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[O Presidente bem o sabe] que não haverá um único alojamento requisitado para arrendamento.

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[O Governo] vem dizer mansamente que há benefícios fiscais para os fundos financeiros, além de propriedades a entregar aos construtores imobiliários.

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Toda a política dos vários governos, (…), tem uma única lógica económica e social, subir os preços. 

Francisco Louçã, “Expresso”

 

João Gomes Cravinho afirmou que Portugal assumiria as suas responsabilidades, caso Putin entrasse no território nacional.

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Podemos imaginar o grande transtorno que será para Putin não poder viajar para Portugal perante este aviso.

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As posições portuguesas no que respeita a relações internacionais vão sempre no mesmo sentido, ou seja, escolhemos um lado.

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Fomos anfitriões de uma cimeira nos Açores que constituiu uma mera formalidade para a guerra [do Iraque] que já estava decidida.

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Os quatro intervenientes na cimeira – Bush, Blair, Aznar e Barroso – acabaram mais tarde por reconhecer que elas [armas de destruição maciça] não existiam.

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No ano seguinte ao do início da guerra, Kofi Annan, secretário-geral da ONU, disse que ela era ilegal.

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Claro que nunca existiram quaisquer consequências para os quatro líderes políticos que a desencadearam.

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Quem se opõe ao chamado “imperialismo dos Estados Unidos” é minoritário na comunicação social, nas redes sociais e no café da esquina.

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Reconhecer isto [que a expansão da NATO em direção à Rússia foi um erro] não significa que se considere que a invasão seja legítima ou que esteja justificada. 

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A China estabeleceu vários acordos com a Rússia e mais entendimentos estão na calha entre países africanos, asiáticos e sul-americanos.

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A ideia de Putin estar isolado está declaradamente ultrapassada.

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Os Estados Unidos estão a perder terreno e não são boas notícias.

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Há um cansaço internacional do imperialismo americano e do que resta do colonialismo europeu.

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A China e a Rússia marcam presença junto desses países [africanos] e aumentam a sua influência num momento que pode ser de viragem.

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Fazer parte do eixo euro-atlântico já nos levou a participar em atrocidades. Mas estávamos no lado do poder.

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Claro que continuamos a agir como se assim não fosse.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

Não há nenhuma reforma estrutural que alargue a já notória falta de espaço para coabitação que primeiro-ministro (PM) e presidente da República (PR) ainda vão fingindo ter.

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Marcelo não dissolverá o Parlamento enquanto (e se) não encontrar as condições políticas na oposição à direita do PS para erguer uma alternativa clara e vencedora a António Costa.

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Ainda que longa se torne a espera, é mais do que claro que a falta de paciência de ambos é o denominador comum que acompanha uma simples questão de tempo.

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As críticas têm subido de tom e, onde antes havia dúvidas, agora encontram-se certezas.

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O ar que ainda não é irrespirável é mera circunstância que o reaparecimento de Pedro Passos Coelho e Cavaco Silva antecipa.

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Marcelo continua a olhar para Montenegro, porventura com injustiça mas sem mágoa, como um mero residente temporário em alojamento local.

Miguel Guedes, JN

 

A esperança depositada pela esquerda chilena no seu Presidente, Gabriel Boric, que se fez líder político nos protestos de rua, vai-se desfazendo a pouco e pouco.

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A Next Minerals quer extrair [no projecto mineiro de Comahue] 58.500 toneladas mensais de cobre de jazidas subterrâneas durante oito anos.

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“Comahue é um erro”, reconhece Catalina Pérez, deputada e líder da Revolução Democrática, formação política do arco de governação.

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Diz a política eleita por Antofagasta em conversa com a Antofagasta TV, deveria ter-se tido em conta aquilo que o Chile já exige à região.

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 “Zonas de sacrifício” é uma expressão usada para classificar áreas destinadas a indústrias altamente poluentes que ali se concentram para conter os seus efeitos nocivos no meio ambiente.

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Normalmente, calham em áreas onde vivem pessoas mais pobres, que não têm meios, nem capacidade de influência para evitar que essas empresas aí se instalem e as condenem a uma existência de poluição e doenças.

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O Chile, grande exemplo do ultraliberalismo e muitas vezes mostrado como caso de sucesso no continente, tem cinco grandes zonas de sacrifício.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

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