A emissão de dívida conjunta para financiar os programas de recuperação
pressupunha que novas fontes de receita da UE fossem criadas para não serem os
países a pagar o reembolso nem se cortar noutros fundos europeus. A política
absurda do BCE torna este cenário cada vez mais provável.
O primeiro conjunto de recursos próprios (receita) foi apresentado em 2021
pela Comissão, sabendo à partida que seria insuficiente. Por cima disso, está
bloqueado no Conselho desde o ano passado e sem avanços à vista.
Um deles, mesmo que aprovado, depende do acordo internacional da OCDE de
tributação de multinacionais, cuja implementação está num impasse interminável.
Essa foi, aliás, a razão por que me opus a que o Imposto Digital fosse suspenso
à espera deste acordo.
Ontem, o Parlamento aprovou um texto que exige: (1) revisão do QFP para
maior folga orçamental anual, (2) desbloqueio do primeiro conjunto no Conselho,
(3) avanço da UE com um imposto digital se o impasse na OCDE não se resolver,
(4) uma série de propostas para novos recursos. (José Gusmão)
https://expresso.pt/.../2023-05-09-PRR-Disparo-dos-juros...
Sem comentários:
Enviar um comentário