quarta-feira, 17 de maio de 2023

CITAÇÕES À QUARTA (53)

 
Talvez não pudessem supor, os liberais de então [há 194anos], que dois séculos volvidos a única liberdade válida para os liberais de hoje seria a do negócio e do consumo.

José Soeiro, “Expresso” online

 

Francamente, começamos a ficar algo confusas com a obsessão das direções em falar em radicais antes de falar connosco. 

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Sim, Joana, na verdade, tem sido recorrente pedir a crianças e estudantes instruções para resolver a maior calamidade que alguma vez recaiu sobre a espécie humana: a crise climática, um pormenor aliás nunca referido no texto “Deviam era estudar”.

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Se não estivermos a falar de cortar emissões, não é uma conversa sobre clima. 

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Se não estivermos a falar em 2030, não estamos a falar da mesma crise (a que nós, e o secretário-geral das Nações Unidas, conhecemos promete tornar-se irreversível nesse ano). 

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Falar de fósseis é falar de energia.

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Descarbonizar a eletricidade, menos de 30% do nosso sector energético. Esse plano é, sem dúvida, até 2025.

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A meta para 2030, sim, é descarbonizar todo o sector energético em Portugal. 

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Sectores como a indústria e transportes, ainda com enormes desafios e dependência de combustíveis fósseis, sendo esta inação ainda mais grave. 

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Ou a enorme pegada de destruição das renováveis quando alimentam consumo alienado e crescimento infinito, dê-se o protagonismo a Galp e EDP.

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Precisamos de investimento público, não nesta lógica, mas num sistema nacional de transição justa, combatendo a precariedade com a criação de emprego digno que torna este plano realidade.

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Precisamos de eficiência energética e de uma rede de transportes (assim) descarbonizada.

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A pressão pública é essencial, a normalidade é um obstáculo, e ocupação é a nossa tática. 

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Numa crise que mata e é ignorada, quando condenar a inação é exigir demasiado, paralisar faculdades é o menor dos pedidos de ajuda.

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Naquela hora, sentado no chão, conheci o poder da não colaboração. Agora sei o que é política.

Teresa Núncio, “Expresso” online

 

A tendência para que as provas de avaliação nos diversos graus de ensino passem a ser feitas digitalmente está inscrita tanto no deslumbramento com o computador quanto na facilidade que os ministérios, as escolas e não poucos professores disso esperam obter. 

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A cultura do imediatismo parece, assim, convir a toda a gente, mesmo que alguns recalcitrantes ainda sugiram que as universidades foram criadas precisamente para contrariar tais banalizações. 

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Se este modelo triunfar, as escolas superiores tornar-se-ão fábricas de técnicas de memorização, de inutilidades argumentativas e de conformismo teórico.

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Como seria de esperar, os adaptadores querem tudo ao mesmo tempo. 

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As provas de aferição para o 2º ano de escolaridade, ou seja, para crianças de sete anos, que deverão responder a questões de Português, Matemática e Estudo do Meio num teclado de computador.

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Esta prova consiste em colocar crianças que estão a aprender a escrever, que estão a formar a sua caligrafia e a começar a ler e a ampliar o seu vocabulário, perante um teclado.

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O ambiente em que [as crianças] aprenderão a escrever e onde se organizará a sua vida escolar, a começar pelas avaliações, é o computador.

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É nele que viverão e dele dependem.

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É uma escolha abominável do ponto de vista da educação.

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Fazer mergulhar as aprendizagens nesse ambiente sem lhes permitir o menor esboço de uma alternativa é desproteger os mais jovens. 

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Preferimos que não saibam escrever à mão por saberem teclar?

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Que o computador seja a sua divindade, o lugar misterioso que olha para uma criança e sete anos e classifica o seu conhecimento, torna-se uma praxe social.

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Desde a tua primeira letra, habitua-te a que a máquina seja a tua aprendizagem e a tua sociabilidade, a tua vida depende dela.

Francisco Louçã, “Expresso” online

 

Tanto a UE como alguns dos seus Estados-membros têm alcançado progressos no que toca à garantia do respeito dos direitos fundamentais nos quais assenta a nossa União.

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Não obstante esta evolução, as pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgénero, não-binárias, intersexuais e queer (LGBTIQ) continuam a ser vítimas de discriminação, assédio, perseguição, encarceramento e até homicídio.

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Desde o assédio em ambiente escolar até à discriminação no local de trabalho, ao ciberassédio e às agressões físicas, a situação continua a ser dramática.

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A adopção, pela Comissão Europeia, de uma Estratégia para a Igualdade de Tratamento das Pessoas LGBTIQ constituiu um primeiro passo importante.

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Queremos melhorar a protecção contra o discurso de ódio e os crimes de ódio e propusemos a introdução de medidas contra estes crimes incluindo os que são cometidos especificamente contra as pessoas LGBTIQ+

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Ao chamar a atenção para a discriminação de que são alvo as pessoas LGBTIQ, poderemos enfrentar melhor estes desafios, enquanto prosseguimos a aplicação da nossa Estratégia para a Igualdade de Tratamento das Pessoas LGBTIQ.

Helena Dalli (Comissária Europeia da Igualdade), “Público” (sem link)

 

Hoje, dia 17 de Maio, assinala-se o Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia (IDAHOT).

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Ora, para promover a consciencialização é necessário dar visibilidade às questões, problematizando-as, debatendo-as.

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Portugal desceu do top 10 do ranking de direitos das pessoas LGBTQI+ por, desde o ano passado, não ter feito avanços na legislação que protege esta população.

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As pessoas LGBTQI+ continuam a ser alvos preferenciais de bullying na escola, a antecipar mais estigma na parentalidade, a recear revelar a sua identidade sexual no trabalho e a não sentir segurança para dar as mãos em público.

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Assim, neste dia que, além de simbólico, é sobretudo político, é exactamente às estruturas de poder que recordamos as reais necessidades desta população e das organizações e associações que a ela procuram dar respostas

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É fundamental um maior investimento financeiro para a investigação científica LGBTQI+ que permita desenhar linhas de intervenção que promovam o seu bem-estar psicossocial.

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É inadiável reconhecer direitos LGBTQI+ como direitos humanos. Integrar os mesmos nos currículos escolares, criar campanhas públicas de sensibilização que consigam chegar a todas as faixas etárias por todo o país.

Daniela Leal, “Público” (sem link)


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