quarta-feira, 15 de novembro de 2023

CITAÇÕES À QUARTA (77)

 Por decisão unânime dos sócios do Coliseu do Porto (…), foram anuladas as decisões de concessionar a privados aquele histórico equipamento cultural.

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O Coliseu manter-se-á com o perfil que tem (…) aberto à cidade e capaz de ter uma identidade e uma programação próprias.

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Com Miguel Guedes somou ainda um dinâmico serviço educativo, que não existia, e reforçou parcerias com instituições sociais e culturais da cidade. 

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Esta gestão impôs-se pela sua qualidade, desmentindo aqueles que, ainda recentemente, diziam que o Coliseu era essencialmente uma “barriga de aluguer”.

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No Parlamento, o PS chegou a chumbar a realização de audições sobre o assunto, com porta-vozes seus a repetirem o triste mote “não há alternativa”.

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Ainda bem que nem toda a gente aceitou a fatalidade.

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Era incompreensível que não houvesse entendimento para concorrer a fundos comunitários.

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Agora, sob a liderança de Miguel Guedes, foi possível mobilizar fundos do município, do governo e de outros parceiros.

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Em tempos desesperantes, entre a impotência da chacina em Gaza e o delírio criminoso de Netanyahu, entre o descrédito de negócios contra o bem comum e as crises palacianas em Portugal, celebremos uma boa notícia!

José Soeiro, “Expresso” online

 

De repente, o país parece uma pantomina.

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Promiscuidade no trânsito entre governantes e empresas nos setores que antes dirigiram, isso é a história da vida nacional, veja-se a saúde.

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Processos judiciais sobre questões cruciais para a democracia serem geridos por fugas de informação, condenações mediáticas e suspeitas sem investigação tem sido o pão nosso de cada dia.

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Nuvens de poeira, como se um subsídio legal para um festival de música fosse comparável ao negócio das barragens, já vimos disto.

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Houve convite a Centeno? Houve no “Financial Times” e deixou de haver na explicação da explicação, como se o assunto tivesse a menor relevância.

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Arrastam-se as vinganças e rasteiras como se o destino tivesse sido escrito pelo famoso refúgio na casa de banho do ministério das infraestruturas e por um computador que era um assunto de segurança nacional.

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Um grupo de ex-governantes (…) vem escrever que o “investimento no futuro de Portugal” está em risco se os reformados suecos e outros com altos rendimentos não continuarem a pagar 10% de IRS no paraíso português.

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Entretanto, se é que interessa a estes “agentes”, os hospitais estão a ficar paralisados pela recusa do governo em negociar.

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[Entretanto], a população está aflita com os juros e o preço da habitação e ainda sobram crianças sem professores.

Francisco Louçã, “Expresso” online

 

Convenhamos que, desde o início, a informação, posta a circular em violação do segredo de justiça, apontava para a fraca sustentação do processo.

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Sucede que esse processo de divulgação dos indícios apurados pela investigação só teve lugar depois de António Costa ter apresentado demissão e de ela ter sido aceite.

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Como noticiava ontem a primeira página do PÚBLICO, as suspeitas que recaíam sobre Costa estão afastadas. Afinal foi rápido.

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Num dia estávamos cientes de que Costa não poderia ter feito outra coisa senão apresentar demissão e no outro percebemos que não deveria tê-lo feito e, sobretudo, que o país poderia ter sido poupado a esta crise sem precedentes.

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O mínimo a que temos direito é pedir responsabilidades a quem as tem. Falo da procuradora-geral da República.

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Lucília Gago teve conhecimento dos indícios apurados na investigação antes de qualquer um de nós.

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Pergunta-se: como é que Lucília Gago não se apercebeu de que o processo tinha pouca sustentação?

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A procuradora-geral e o próprio procurador que dirige a investigação ficaram surpreendidos com a demissão do primeiro-ministro e este não tinha nada de ter apresentado demissão.

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Em relação à procuradora-geral da República, como explicar que não tenha percebido quais as consequências que teria o célebre parágrafo do comunicado?

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[Lucília Gago] não viu que a combinação entre essas fragilidades e o impacto do comunicado seria mortífera para o sistema democrático.

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[Lucília Gago] não está dispensada de fazer uma leitura do todo ou de responder perante os portugueses quando as coisas correm mal.

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Porque se reuniu Lucília Gago com Marcelo Rebelo de Sousa no dia da demissão de António Costa?

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Como compatibiliza Lucília Gago a sua missão de defender a legalidade democrática com a violação reiterada e sistemática do segredo de justiça?

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Além da ilegalidade temos as consequências nefastas dessa violação: os julgamentos em praça pública engordam o populismo e negam aos arguidos os seus direitos de defesa mais básicos.

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[Lucília Gago] não previu nada e, por isso, deixou acontecer tudo.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)


O patriarcado tem estado frequentemente no centro das estruturas de poder que alimentam as guerras.

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As guerras atuais, como todas as guerras da História, exprimem e promovem masculinidades militarizadas.

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São perpetuadas através de vários meios, incluindo a propaganda estatal, os meios de comunicação e as normas sociais.

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O impacto das masculinidades militarizadas nos conflitos mais recentes tem sido devastador.

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A glorificação do guerreiro e a desvalorização das qualidades não-violentas e de cuidado, tidas como femininas, aumentam de forma exponencial o militarismo nas sociedades

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Da linguagem militarista às dinâmicas desiguais de poder, a normalização do sistema de guerra está profundamente enraizada na nossa sociedade.

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Uma das formas mais insidiosas de normalização do sistema de guerra é através da linguagem que utilizamos.

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Desde comentários desportivos, pandemias ou discussões de negócios, a linguagem da guerra é utilizada para transmitir competitividade e conflito.

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A indústria do entretenimento desempenha um papel importante na normalização do sistema de guerra.

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[Há representações mediáticas que] reforçam masculinidades violentas, retratando a agressão e a violência como estratégias legítimas de resolução de problemas para homens.

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O complexo militar-industrial é outro fator na normalização de um sistema de guerra.

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A perpetuação de conflitos militares (…) torna-se uma enorme fonte de lucro.

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A normalização de um sistema de guerra na vida quotidiana exige um esforço concertado para a desafiar e mudar.

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O feminismo oferece uma alternativa para quebrar a hegemonia das masculinidades militarizadas e trabalhar para um mundo mais pacífico.

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Podemos criar uma sociedade que promova a cooperação, a empatia e a paz em vez do militarismo e do conflito armado.

Tatiana Moura, “Público” (sem link)


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