(…)
O Coliseu manter-se-á com o perfil que tem
(…) aberto à cidade e capaz de ter uma identidade e uma programação próprias.
(…)
Com Miguel Guedes somou ainda um dinâmico serviço
educativo, que não existia, e reforçou parcerias com instituições sociais e
culturais da cidade.
(…)
Esta gestão impôs-se pela sua qualidade,
desmentindo aqueles que, ainda recentemente, diziam que o Coliseu era
essencialmente uma “barriga de aluguer”.
(…)
No Parlamento, o PS chegou a chumbar a realização
de audições sobre o assunto, com porta-vozes seus a repetirem o triste mote
“não há alternativa”.
(…)
Ainda bem que nem toda a gente aceitou a
fatalidade.
(…)
Era incompreensível que não houvesse entendimento
para concorrer a fundos comunitários.
(…)
Agora, sob a liderança de Miguel Guedes, foi
possível mobilizar fundos do município, do governo e de outros parceiros.
(…)
Em tempos desesperantes, entre a impotência da
chacina em Gaza e o delírio criminoso de Netanyahu, entre o descrédito de
negócios contra o bem comum e as crises palacianas em Portugal, celebremos uma
boa notícia!
José Soeiro, “Expresso” online
De repente, o país parece uma pantomina.
(…)
Promiscuidade no trânsito entre governantes e empresas nos
setores que antes dirigiram, isso é a história da vida nacional, veja-se a
saúde.
(…)
Processos judiciais sobre questões cruciais para a democracia
serem geridos por fugas de informação, condenações mediáticas e suspeitas sem
investigação tem sido o pão nosso de cada dia.
(…)
Nuvens de poeira, como se um subsídio legal para um festival
de música fosse comparável ao negócio das barragens, já vimos disto.
(…)
Houve convite a Centeno? Houve no “Financial Times” e deixou
de haver na explicação da explicação, como se o assunto tivesse a menor
relevância.
(…)
Arrastam-se as vinganças e rasteiras como se o destino
tivesse sido escrito pelo famoso refúgio na casa de banho do ministério das
infraestruturas e por um computador que era um assunto de segurança nacional.
(…)
Um grupo de ex-governantes (…) vem escrever que o
“investimento no futuro de Portugal” está em risco se os reformados suecos e
outros com altos rendimentos não continuarem a pagar 10% de IRS no paraíso
português.
(…)
Entretanto, se é que interessa a estes “agentes”, os
hospitais estão a ficar paralisados pela recusa do governo em negociar.
(…)
[Entretanto], a população está aflita com os juros e o preço
da habitação e ainda sobram crianças sem professores.
Francisco Louçã, “Expresso” online
Convenhamos
que, desde o início, a informação, posta a circular em violação do segredo de
justiça, apontava para a fraca sustentação do processo.
(…)
Sucede
que esse processo de divulgação dos indícios apurados pela investigação só teve
lugar depois de António Costa ter apresentado demissão e de ela ter sido
aceite.
(…)
Como noticiava ontem a primeira página do
PÚBLICO, as suspeitas que
recaíam sobre Costa estão afastadas. Afinal foi rápido.
(…)
Num
dia estávamos cientes de que Costa não poderia ter feito outra coisa senão
apresentar demissão e no outro percebemos que não deveria tê-lo feito e, sobretudo, que o país poderia ter
sido poupado a esta crise sem precedentes.
(…)
O mínimo a que temos direito é pedir
responsabilidades a quem as tem. Falo da procuradora-geral da República.
(…)
Lucília Gago teve conhecimento dos indícios
apurados na investigação antes de qualquer um de nós.
(…)
Pergunta-se: como é que Lucília Gago não se
apercebeu de que o processo tinha pouca sustentação?
(…)
A
procuradora-geral e o próprio procurador que dirige a investigação ficaram
surpreendidos com a demissão do primeiro-ministro e este não tinha nada de ter
apresentado demissão.
(…)
Em relação
à procuradora-geral da República, como explicar que não tenha percebido quais
as consequências que teria o célebre parágrafo do comunicado?
(…)
[Lucília Gago] não viu que a combinação entre
essas fragilidades e o impacto do comunicado seria mortífera para o sistema
democrático.
(…)
[Lucília Gago] não está dispensada de fazer uma
leitura do todo ou de responder perante os portugueses quando as coisas correm
mal.
(…)
Porque se reuniu Lucília Gago com Marcelo
Rebelo de Sousa no dia da demissão de António Costa?
(…)
Como
compatibiliza Lucília Gago a sua missão de defender a legalidade democrática
com a violação reiterada e sistemática do segredo de justiça?
(…)
Além
da ilegalidade temos as consequências nefastas dessa violação: os julgamentos
em praça pública engordam o populismo e negam aos arguidos os seus direitos de
defesa mais básicos.
(…)
[Lucília Gago] não previu nada e, por isso,
deixou acontecer tudo.
Carmo Afonso, “Público”
(sem link)
O patriarcado tem estado frequentemente no centro das
estruturas de poder que alimentam as guerras.
(…)
As guerras atuais, como todas as guerras da História,
exprimem e promovem masculinidades militarizadas.
(…)
São perpetuadas através de vários meios, incluindo a propaganda estatal, os meios de comunicação e as normas sociais.
(…)
O impacto das masculinidades militarizadas nos conflitos mais recentes tem sido devastador.
(…)
A glorificação do guerreiro e a desvalorização das qualidades não-violentas e de cuidado, tidas como femininas, aumentam de forma exponencial o militarismo nas sociedades
(…)
Da linguagem militarista às dinâmicas desiguais de poder, a normalização do sistema de guerra está profundamente enraizada na nossa sociedade.
(…)
Uma das formas mais insidiosas de normalização do sistema de guerra é através da linguagem que utilizamos.
(…)
Desde comentários desportivos, pandemias ou discussões de negócios, a linguagem da guerra é utilizada para transmitir competitividade e conflito.
(…)
A indústria do entretenimento desempenha um papel importante na normalização do sistema de guerra.
(…)
[Há representações mediáticas que] reforçam masculinidades violentas, retratando a agressão e a violência como estratégias legítimas de resolução de problemas para homens.
(…)
O complexo militar-industrial é outro fator na normalização de um sistema de guerra.
(…)
A perpetuação de conflitos militares (…) torna-se uma enorme fonte de lucro.
(…)
A normalização de um sistema de guerra na vida quotidiana exige um esforço concertado para a desafiar e mudar.
(…)
O feminismo oferece uma alternativa para quebrar a hegemonia das masculinidades militarizadas e trabalhar para um mundo mais pacífico.
(…)
Podemos criar uma sociedade que promova a cooperação, a empatia e a paz em vez do militarismo e do conflito armado.
Tatiana Moura, “Público” (sem link)
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