O negócio das barragens mostra-nos o pior da política dos interesses e da
promiscuidade. O negócio revela uma teia, que tem sempre o mesmo centro: o
interesse da EDP. Nesta história, quantas vezes ouvimos os nomes de Matos
Fernandes, Nuno Lacasta ou Manuel Pinho?
Quando as barragens foram vendidas, a EDP recorreu a um esquema com um
objetivo: fugir ao pagamento dos impostos que eram devidos ao povo da Terra de
Miranda. Nessa altura, até ouvimos o ex-ministro Matos Fernandes repetir os
argumentos da EDP, para garantir que o IMI não era cobrado.
Mais tarde, perante a pressão pública, o Governo recuou e deu ordem para
que o imposto fosse cobrado. Mas, até hoje, isso não aconteceu. E, como estamos
a chegar ao fim do ano, pode nem sequer acontecer.
Esta é uma história que revela a teia da EDP. Mas é também a história da
resistência de um povo que não desiste de reclamar o imposto que lhe é devido.
Hoje, voltei a encontrar-me com a associação Terra de Miranda. Deixei um
compromisso: não nos esquecemos, não desistimos. (Mariana Mortágua)
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