quarta-feira, 22 de novembro de 2023

CITAÇÕES À QUARTA (78)

 
Tomar o Presidente como alvo [da crise em curso] seria inteligente se a população o visse como o tenebroso instrumento de uma conjura a favor do PSD.

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Não sendo assim, essa escolha aparece simplesmente como o resultado de azedume pessoal, depois de anos de cumplicidade declarada e festejada.

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É portanto irrisório, se não ridículo, que a “crise” seja desde então gerida por meias-verdades acerca de irrelevâncias.

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Prender o debate político em futilidades que são inverificáveis só alimenta a perceção da inutilidade da política e da inconsistência da democracia.

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O Presidente declarara na tomada de posse que não aceitaria um outro primeiro-ministro sem eleições.

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Ao atribuir ao Presidente “falta de bom senso” por ter aceitado a sua demissão ou por não o ter substituído por Centeno (…) o PS entra ainda mais uma vez em contradição, o que se revelou pela votação do Conselho de Estado.

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De facto, os mesmos que acharam que a não aprovação de um Orçamento em 2021 (....)  arrastava inexoravelmente a dissolução e convocação de novas eleições vieram agora concluir que a demissão irreversível do primeiro-ministro dessa maioria absoluta não devia dar lugar, de forma alguma, a novas eleições.

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O PS está a apresentar o seu medo das eleições.

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Talvez fosse melhor chamar desorientação, atacar os alvos errados, confundir a opinião pública e disparar em todas as direções.

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Escreveu ainda este jornal, no direto sobre aquela reunião, que um destacado membro da direção teria mesmo dito que se deveria exigir a quem levou Costa a demitir-se que o levasse até um cargo europeu.

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É um sinal de uma ideia degradante que demonstraria a que ponto pode descer uma maioria absoluta.

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Se perguntou alguma vez a alguém o que é um pântano, aqui o tem a afundar-se à sua frente.

Francisco Louçã, “Expresso” online

 

Javier Milei, que fala com o seu cão morto, é o novo presidente da Argentina.

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Um mercado de órgãos ou a venda de bebés são algumas das suas propostas.

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A desregulação da posse de armas, como nos EUA, faz parte da distopia que anuncia.

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Na distopia liberal que anuncia não há cidadãos, mas consumidores e vendedores. 

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Num dos seus vídeos mais virais mostra, furiosamente, como pretende acabar com quase todos os ministérios, deixando ao governo apenas funções de soberania.

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O peronismo, sincrético, populista e caudilhista, é um bicho político estranho e tem, não isoladamente, responsabilidades pesadas neste resultado.

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A sua [de Milei] promessa em acabar com o banco central e dolarizar a economia parece ter sido a chave da vitória. 

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Há quem diga que a Argentina não pode ficar pior, mas pior, muito pior, é sempre possível.

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Fazer a transição para uma economia dolarizada (…) já foi experimentado nos anos 90, numa situação muito mais dramática.

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Acabou por ser uma tragédia social, económica e política, com efeitos devastadores no inicio deste século.

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Perante as promessas de privatização de tudo o que mexe, o dia ontem foi de euforia [para os mercados financeiros].

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Mais alegria, só na Iniciativa Liberal.

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Há muito que tínhamos percebido que a sua suposta neutralidade entre Lula nem Bolsonaro era, na verdade, um apoio envergonhado ao populista de direita.

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Há, já o disse várias vezes, um equívoco sobre a cultura política dominante na IL que, apesar das juras de asco, está tantas vezes ao lado do Chega.

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“Que continuemos, pela liberdade”, foi a mensagem de Mayan para quem promete acabar com o ensino obrigatório.

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Ter como vice-presidente uma apologista da ditadura militar, que anda há anos a reescrever a história dessa tragédia, e ter merecido o apoio efusivo de André Ventura.

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[Está] claro como as simpatias comuns entre liberais e o Chega começam a ser.

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A economia e o posicionamento sobre o mercado é a única bitola de avaliação que interessa à IL.

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A desregulação liberal de todo e qualquer mecanismo de intervenção estatal acaba na distopia libertária da posse de armas sem controlo.

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Cotrim, afável, ponderado e com boa argumentação, foi escondendo a verdadeira cultura política da Iniciativa Liberal.

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O partido está cheio de negacionistas das alterações climáticas e libertários que rescusavam a autoridade do Estado e limites a atividades económicas durante a Covid.

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[O seu padrão é a] amoralidade de um mundo onde não há cidadãos mas consumidores e vendedores.

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A aliança entre o ultraliberalismo económico e o autoritarismo político vem de longe e está a renascer na Europa e na América Latina.

Daniel Oliveira, “Expresso” online (sem link)

 

Por que razão instituições economicamente poderosas, cuja actividade está nos antípodas da Educação, dão tanto palco a gurus que fazem carreira a dizer mal da escola pública, a única a que os pobres podem ter acesso?

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Uma patusca Amapola Alama, especialista da UNESCO, afirmou, pasme-se, que o nosso sistema educativo era “o Rolls-Royce dos sistemas de educação”.

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Parece, assim, natural que o motorista do Rolls-Royce, [João Costa] militante mercantilista e neoliberal, tenha sido eleito para o cargo em análise [presidente do Comité de Políticas Educativas da OCDE].

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A embrulhada política que domina o país tem a forma de um pantanoso e fétido lodaçal e a substância de um verdadeiro desastre de mentiras, irresponsabilidades, traições e comportamentos indecorosos, em que são actores os mais altos representantes do Estado.

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[E se Costa] simplesmente aproveitou o fatídico parágrafo de Lucília Gago para escapar ao atoleiro em que mergulhou o Governo, outorgando-se, do mesmo passo e habilmente, o estatuto de vítima da justiça, que regressará ilibado, daqui a pouco, para novos lances de apropriação do poder?

Santana Castilho, “Público” (sem link)

 

A preservação e restauro da natureza não é algo desnecessário, supérfluo ou um entrave ao desenvolvimento económico, é pedra basilar de um desenvolvimento sustentável.

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Esta é uma crítica de alguém que acredita na missão original do ICNF [Instituto para a Conservação da Natureza e Florestas] de restaurar e preservar a natureza em Portugal, admira o trabalho dos vigilantes da natureza no terreno e, que sonha com um Portugal mais selvagem para benefício de pessoas e natureza.

Daniel Veríssimo, “Público” (sem link)


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