sábado, 20 de janeiro de 2024

MAIS CITAÇÕES (266)

 
As bolhas das redes têm uma capacidade até hoje desconhecida de construir narrativas que, apesar de tantas vezes distantes da experiência de quem as repete, são impossíveis de contrariar.

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É neste novo mundo que André Ventura prospera. 

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E, também por isso, cresce nos eleitores entre os 18 e os 25 anos.

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Chega e IL partilham as intenções dos jovens menos e mais qualificados.

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Os €420 milhões que Ventura diz serem gastos em “ideologia de género” são o valor de todas as medidas orçamentais que se estimaram ter impacto direto ou indireto na igualdade de género, onde estão incluídos o abono de família, a gratuitidade das creches e passes para jovens e o reforço do RSI. 

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As bolhas alimentam-se à margem da sociedade em que ainda julgamos viver. Tentamos explicá-las e contrariá-las com instrumentos do passado.

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Nos anos 90 assistimos a uma crise do centro-esquerda, que se adaptou ao consenso neoliberal para sobreviver. 

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Não haverá uma revolução, mas uma reforma contra a democracia.

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[A reforma contra a democracia] pode acontecer com a chegada da extrema-direita ao poder ou com a cedência da direita democrática. 

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O impacto das alterações climáticas na economia e nos fluxos migratórios, ajudada por correntes constantes de desinformação, tratará do resto.

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Sei que, se não vencer depois de oito anos de PS, o PSD pode deixar de ser a força hegemónica à direita.

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[O Chega] nem precisa de conquistar o poder para mudar radicalmente a política nacional. 

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Nem precisa de conquistar o poder para mudar radicalmente a política nacional. 

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Como aconteceu à esquerda, com o estertor do comunismo e a transfiguração liberal da social-democracia, a crise da direita democrática levará à sua reconfiguração. 

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Estas eleições podem mudar radicalmente a nossa democracia. 

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Como no passado, a elite económica financia os inimigos da democracia e a direita conservadora vai cedendo.

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Mas o fim pode ser muito diferente. Apenas um novo normal, com uma democracia de cada vez mais baixa intensidade.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Esta diáspora contemporânea afirmou Portugal como hub exportador de talento qualificado. 

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Portugal formava os jovens e os outros países alocavam-nos à produção de valor.

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Tínhamos formado a geração mais qualificada de sempre, mas não conseguíamos tirar partido dela.

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Os anos passaram, a troika foi-se embora, outras pautas se impuseram e apesar de o êxodo juvenil não ter parado, o assunto foi saindo do debate público.

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Os programas de regresso de emigrantes, frequentemente usados de uma forma propagandística (…) foram um fiasco, mais um nesta matéria.

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Até que pusemos a desgraça na ponta do lápis, fizemos contas e chegamos ao marco de 30% de jovens emigrados, de acordo com os números do Observatório da Emigração.

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Espero que ninguém nos tente convencer de que o país não falhou. 

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Que ninguém nos venha dizer que não é uma afronta ver o Governo bater recordes de arrecadação fiscal, enquanto o salário dos jovens não dá para o básico.

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Portugal está a dissolver-se – nos estágios não remunerados, nos baixos salários, nos sonhos adiados, mas também numa cultura que paga mais pelo produto do que pelo serviço transversal a praticamente todos nós.

António Rosas, “Público” (sem link)

 

Esta semana reuniu-se em Davos, na Suíça, o Fórum Económico Mundial.

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O Fórum é dominado pela presença, e pelas mensagens, dos líderes empresariais (CEO de grandes companhias) e governantes de todo o Mundo.

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Destes, os que têm palco pertencem, essencialmente, a países poderosos. 

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[Estas elites] dizem-nos, sempre, que os seus objetivos são resolver grandes problemas da sociedade, discutir o futuro, encontrar áreas e processos de cooperação.

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O Mundo está menos seguro e mais indiferente ao sofrimento de milhões e milhões de seres humanos. 

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A concentração da riqueza e o aumento das desigualdades são escandalosos. 

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Na sua esmagadora maioria [os homens de negócios que ali se sentem] servem-se das crises para aumentar lucros.

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António Guterres afirmou, em Davos, que o Mundo surge perigosamente dividido em vários campos, nomeadamente, na economia, no comércio internacional, na utilização das tecnologias e do conhecimento. 

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Há, pois, cada vez mais brechas a alimentar a corrida para o abismo.

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Os EUA continuam a apoiar Israel no massacre que este país está a fazer aos palestinianos e tentou travar, sem êxito, a denúncia da África do Sul - muito bem fundamentada - no Tribunal Internacional de Justiça.

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As guerras têm fortíssimos sacrifícios humanos e estes estão a alastrar-se.

Carvalho da Silva, JN

 

No caso da Global Media é inadmissível que não se saiba quem são os donos de uma parte significativa da comunicação social portuguesa e que um sector que está sempre a reclamar pela transparência seja opaco numa questão fundamental.

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Mas o problema do jornalismo é também o da sua qualidade, das ideias dominantes entre os jornalistas e da mecânica da criação e circulação das notícias.

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O jornalista que usa como fonte as redes sociais está a suicidar-se como jornalista.

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Quase todas as peças sobre os “problemas do SNS” que abrem noticiários, muitas vezes de formas casuística para ter um feito cumulativo, não têm qualquer paralelo com a informação comparativa com o sector privado.

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Os tempos de espera nos hospitais privados raramente são citados, nem referido como é feita a triagem de doentes não rentáveis devolvidos aos hospitais públicos.

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O Chega é valorizado pelos resultados nas sondagens, sejam quais forem os seus conflitos internos, a IL vê os seus problemas internos hipervalorizados, mesmo que eles não pareçam afectar o eleitorado.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)


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