quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

CITAÇÕES À QUARTA (87)

 
Interessa-me saber a qualidade e as opiniões dos candidatos, sejam ou não militantes.

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Se a abertura à sociedade é o destaque que a AD dá, nas suas listas, a um ex-bastonário que usou uma ordem profissional para fazer guerrilha partidária durante a pandemia, enquanto o PSD se comportava com exemplar patriotismo, a política não ganhará grande coisa.

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[José Luís Carneiro] não ganhou um peso próprio depois das diretas [do PS].

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O problema das listas do PS também não são as habituais barganhas das clientelas. Isso não tem nada de novo.

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O problema das listas do PS é a falta de renovação política – não apenas de rostos. Há círculos com as mesmíssimas listas de 2022, aliás.

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A verdade é que não há sinais de mudança em relação a António Costa. Nem Costa faria uma lista tão costista.

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[Fernando Medina] presenta a escolha de continuar a sufocar os serviços públicos em nome de um brilharete ortodoxo em Bruxelas. 

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Pedro Nuno Santos não pode dizer que não quer parquear o excedente enquanto as funções do Estado perdem força e dar centralidade ao ministro que manteve essa escolha.

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O que é estranho é as listas não terem a marca de Pedro Nuno Santos. 

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Costa teria a preocupação em dar maior destaque à ala esquerda do PS do que teve o novo líder.

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Porque Pedro Nuno Santos está com medo que digam que ele é radical?

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O programa de Pedro Nuno Santos é, do que se vai sabendo, social-democrata (no verdadeiro sentido da palavra) e de esquerda.

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[As escolhas] dão sinais, até porque as políticas só podem ser implementadas por quem acredita nelas.

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Os problemas que Pedro Nuno Santos sentiu ao fazer estas listas não vão desaparecer se tiver de formar um governo.

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É bom recordar que são os mais conotados com a esquerda a ter de dar provas de bom comportamento, quando chegam à liderança de partidos de poder.

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E se há coisa que estas listas revelam é a falta de força com que Pedro Nuno Santos se sente, quando talvez até tenha mais do que julga.

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Talvez Pedro Nuno Santos ainda não acredite que venceu as diretas no Partido Socialista.

Daniel Oliveira, “Expresso” online (sem link)

 

O PS, com 26,4% das intenções de voto, surge à frente da AD, que tem 20,8% das intenções de voto [na recente sondagem que veio ao conhecimento público].

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Desenganem-se os que anunciam que a coligação de direita tem aura de vitória.

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Luís Montenegro tinha afirmado que só será primeiro-ministro se ganhar as eleições. Ora, a confirmarem-se estas previsões, isto deveria encerrar o caso.

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Mas, por alguma razão, ninguém confia nas palavras de Montenegro.

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A razão parece-me simples: ninguém é parvo.

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É relativamente óbvio que a direita não vai perder a oportunidade de formar Governo se os resultados eleitorais assim o proporcionarem.

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[Se forem estes os resultados] estaremos embarcados numa triste viagem no tempo que nos levará a 24 de abril de 1974.

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Este cenário está na calha e é obrigatório que o encaremos.

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A batalha da esquerda contra o Chega tem valor. Só que todos sabemos que só uma batalha da direita contra o Chega poderia ser realmente eficaz.

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A batalha da esquerda contra o Chega traz benefícios à própria esquerda, mas não tem qualquer impacto junto dos eleitores que ponderam votar no partido de extrema-direita.

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É verdade que apenas a direita poderia travar esse combate político com sucesso.

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A direita não se atreve a fazer uma crítica declarada e veemente àquele partido pelo simples facto de que assumir essa postura impediria que, a seguir, chegassem a entendimento para formar Governo.

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Serão as últimas eleições em que compararemos os resultados do PS com os do PSD ou os da AD.

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Uma coisa é insistir que não farão acordo e outra é denunciarem que se trata de um partido antidemocrático e um perigo efetivo para a vida em sociedade.

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Com este pesadelo no horizonte, apenas à esquerda existem boas notícias. Os dirigentes de todos os partidos já anunciaram que estão disponíveis para um entendimento pós-eleitoral que impeça a formação de um Governo com a extrema-direita.

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Os portugueses merecem ser tratados com este respeito e merecem saber exatamente aquilo com que podem contar. Isto é uma coisa que a direita não oferece aos seus eleitores.

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É assim: nenhum voto à esquerda é um voto perdido.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

Vivemos tempos perigosos em muitas dimensões da nossa vida coletiva.

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Sendo um cidadão atento à realidade económica, social, cultural, ambiental e política que me rodeia, estou bem ciente dos riscos que enfrentamos.

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E também sei que as eleições de 10 de março serão especialmente importantes para a definição da qualidade das respostas que lhes daremos

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Desejo que, a partir de março, exista na Assembleia da República uma maioria capaz de responder aos problemas do país com políticas de esquerda verdadeiramente focadas na necessidade de transformação das realidades sociais, económicas, ambientais e culturais duríssimas que diariamente nos entram pela casa dentro através dos telejornais.

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Na última legislatura, fez muita falta ao Algarve a sua representação parlamentar do Bloco de Esquerda.

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Todos os estudos de opinião mostram que o Bloco está em condições de recuperar essa representação.

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Sigo, há anos, a ação de José Gusmão, sendo testemunha da sua elevada dedicação à causa pública, da paixão informada com que defende as suas convicções políticas, associando essas qualidades de intervenção a uma notória capacidade intelectual.

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Para além disso, a presença da independente Guadalupe Simões num lugar destacado da lista sinaliza a abertura do Bloco de Esquerda à sociedade civil e aos ativistas que tanto têm pugnado pelos serviços públicos de qualidade.

AntónioBranco, ex-reitor da Universidade do Algarve, mandatário do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral de Faro


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