sábado, 27 de janeiro de 2024

MAIS CITAÇÕES (267)

 
Pela minha origem, sempre denunciei a promiscuidade entre a política e os negócios na Madeira e até fui processado por isso.

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Quem se queixa de oito anos de um partido à frente do país deve imaginar o que são 50 anos numa ilha. 

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Não há como Montenegro se pôr ao largo, depois da colagem descarada e trapalhona à vitória do PSD na Madeira.

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A convicção é que, se não passa na televisão, a justiça não se faz. Sobretudo a eleitoral.

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Se isto se traduzisse em condenações, ainda se tolerava. Assim, serve para desgastar a democracia.

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Desde José Sócrates que a direita, para não se concentrar nas suas propostas antipopulares, adotou a superioridade ética face ao PS como o principal substrato do seu discurso.

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E há uma década que a direita se alimenta do exibicionismo da Justiça.

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Uma coisa é a Justiça investigar crimes, como deve acontecer no Estado de Direito, outra é o aproveitamento partidário.

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O PSD tornou-se, subitamente, amante da presunção de inocência.

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Miguel Albuquerque explicou, em novembro, que era impossível António Costa continuar a governar.

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[Montenegro] tratou este episódio como uma mera “perturbação na atenção política dos portugueses”.

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Em novembro [Montenegro] disse que o Governo não tinha “nenhuma condição para continuar”.

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Agora diz que “as diferenças são mais que muitas” nas duas histórias.

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Conheço a Madeira e sei o que a casa gasta. Até por isso me espanta a pontaria de, em meio século de uso do Estado para proveito privado e condicionamento da comunicação social, esta investigação cair em vésperas de eleições.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Em 2018, o Governo cessante garantiu que em 2024, 50 anos depois da Revolução de Abril, teríamos o problema de habitação resolvido.

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Voltou a reforçar esse anúncio em 2021. Porém, chegados aqui, temos de voltar a lutar pela habitação e por muito mais.

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O acesso à habitação está em retrocesso acelerado.

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Os jovens, com o avançar na idade, não conseguem resolver a sua vida e sair de casa dos pais, saindo, em vez disso, do país.

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Desde o referido anúncio, vários pacotes de políticas para a habitação têm sido anunciados.

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Todos falharam, porque não vão ao essencial: não têm a coragem política de confrontar os interesses imobiliários e turísticos.

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A única forma de resolver a crise na habitação será através da continuidade da organização, da pressão e da mobilização popular nas ruas.

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A plataforma Casa para Viver, que desde 1 de Abril tem convocado manifestações amplas, junta uma centena de organizações com experiência e conhecimento, ancoradas na realidade concreta.

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Foi graças a estas manifestações que se conseguiu, por exemplo, o fim dos "vistos gold" associados ao imobiliário (…) que se conseguiu que o Governo subsidiasse parte das famílias inquilinas, aliviando o seu orçamento (…) ou o anúncio, dois dias depois da manifestação de 30 de Setembro, do fim do regime fiscal dos residentes não habituais, com grande impacto na inflação do valor das casas.

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Se há algo que o 25 de Abril nos ensinou foi que é preciso organizarmo-nos, mobilizarmo-nos, lutarmos para conquistar os nossos direitos.

Rita Silva, “Público” (sem link)

 

Depois de uma mudança de regime [em 25 de Abril de 1974] feita sem sangue eis-nos presos a uma estratégia de desenvolvimento pouco ambiciosa, a políticas públicas teimosamente redistributivas, e a uma classe política com evidentes fragilidades.

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Nesta fase de pré-campanha eleitoral o cruzamento da política com a justiça arrisca-se a fazer implodir o centro político em Portugal.

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nunca como agora enfrentamos uma formação partidária de direita populista que promete soluções radicalmente simples, rápidas e falsas.

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Porque chegámos até aqui é uma pergunta que temos de tentar responder com seriedade e funda intenção de melhoria.

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Que os 50 anos do 25 de Abril nos encham de vergonha coletiva e nos motivem ao obrigatório ato de contrição.

Cristina Azevedo, “diário as beiras” (sem link)

 

Entre outras medidas a AfD [Alternativa para a Alemanha] propõe-se combater a imigração e sair da zona do euro impondo ainda uma acentuada política de “germanização” do país e de aproximação à Rússia.

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Ao mesmo tempo esteve há pouco envolvida num plano destinado, se chegar ao poder, a expatriar para um país africano não especificado um número indefinido de cidadãos não “assimilados”.

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O Parlamento de Estrasburgo [estima que] dentro de pouco tempo, cerca de um terço dos seus deputados vinculados a esta área extremista [extrema-direita].

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O que pretende a nova extrema-direita? Desde logo uma mistura das velhas receitas do nacionalismo e de manipulação da história que antes da Segunda Guerra Mundial aumentaram a ascensão dos fascismos.

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falta aqui, na aparência a componente totalitária e genocida que caracterizou o nazismo. mas este será o passo seguinte a dar.

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Estas forças aproveitam os descontentamentos e os medos de um numero crescente de cidadãos perante as incertezas do seu destino, recorrendo à pior demagogia, à mentira e à manipulação da informação.

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[O adormecimento da Europa] existe em larga medida porque um número crescente de cidadãos ignora as lições da história.

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Mas acontece também porque um número crescente de forças políticas democráticas tende, também como ocorreu num passado, entretanto esquecido, a subvalorizar o perigo.

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[Não se mostram capazes] de tomar medidas efetivas, se necessário recorrendo para a força da lei, contra os partidos e as organizações que todos os dias se preparam para [destruir o sistema democrático].

Rui Bebiano, “diário as beiras” (sem link)

 

Quando lemos os textos do Papa Francisco, o sonho é uma palavra recorrente nas suas intervenções.

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Neste tempo de conflitos, sem horizonte de paz, só temos o Sonho da Paz.

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Se olharmos para o panorama do mundo percebemos que estamos numa sociedade onde o culto da violência se vai manifestando em locais improváveis: família, escolas, ruas das nossas cidades, estrada… mas também, e sobretudo, numa economia geradora de injustiças. E a injustiça é o caldo apropriado para a cultura da violência…

Idalino Simões, “Diário de Coimbra” (sem link)


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