sexta-feira, 8 de março de 2024

CITAÇÕES (745)

 
As eleições mais tensas em muitos anos são as que mais têm mobilizado o poderoso e cada vez mais descarado aparelho mediático da direita. 

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A contradição entre ciclo político e económico é uma das razões para a atual indefinição.

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Os problemas que enfrentamos, além das limitações do euro, são os custos da escolha orçamental feita por Costa: a degradação dos serviços públicos e a desqualificação dos trabalhadores do Estado. 

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E, já agora, a impossibilidade de travar um processo migratório de jovens qualificados que teve o seu pico no tempo de Passos.

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Quem vier herda um enorme desafio na qualificação do Estado e dos seus funcionários (e na crise da habitação, como governos de todas as cores em toda a Europa)

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Mesmo não sendo maioritário, não será fácil fazê-lo cair sem que se vitimize e se reforce em novas eleições. É por isso que estas eleições parecem ser as do tudo ou nada. 

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[A direita] stá com pressa para deitar a mão à “pesada herança” de que se queixa. Ela não é boa nos serviços públicos, e essa também é a questão. 

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A AD pretende usar a folga orçamental para um choque fiscal que, por ser cego, terá como principais beneficiários a banca e grandes distribuidoras.

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Mesmo em sectores produtivos em crise, como a agricultora, lá está o antigo líder da CAP a representar a resistência à mudança.

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Se juntarmos o antigo bastonário dos médicos, verificamos que a “mudança” representa as corporações de sempre.

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Privatizar serviços públicos sem resistência custa dinheiro, e este casamento entre folga orçamental e crise dos serviços públicos dá à direita uma oportunidade histórica.

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A direita sabe que esta é a oportunidade para distribuir a herança pelos interesses que sempre representou em vez de resolver a degradação dos serviços públicos que esta herança também custou.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Celebramos hoje o Dia Internacional da Mulher e as conquistas que a luta feminista pela igualdade já alcançou.

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As mulheres continuam a assumir a maior parte das tarefas domésticas e uma responsabilidade acrescida na educação dos filhos. 

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No trabalho, continuam a ganhar menos, muitas vezes com mais qualificações.

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E os números da violência doméstica são dilacerantes; as mulheres continuam a ser agredidas e assassinadas pelos seus companheiros.

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Foi um longo caminho que fizemos até aqui. Nada foi fácil.

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E poderiam algumas de nós ter a tentação de pensar que o trabalho está feito.

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O trabalho vai a meio e a parte que parece estar feita não está de todo segura.

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Neste dia, de todas as mulheres e de todos os que apoiam a sua luta, são sobretudo as mulheres que têm nas suas mãos o poder de decidir o futuro do país.

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Alguns deles [que agora se apresentam às eleições] são verdadeiros cromos de coleção daqueles tão raros que se poderia pensar que já não existem ou que não teriam lugar como candidatos a eleições.

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Paulo Núncio declarou querer dificultar o acesso ao aborto e querer referendar outra vez a lei, não obstante estar aprovada e em vigor há muitos anos.

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O Chega que já teve um candidato condenado por violência doméstica.

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[As mulheres] sabem bem quais as forças políticas que defendem os seus direitos e quais as que fazem de conta que as mulheres não existem.

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Temos o poder de escolher o que não é bom para nós e que não representa os nossos direitos e interesses. Foi também essa liberdade que Abril nos trouxe.

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Talvez nunca tenhamos passado por uma experiência política em que tão evidentemente estivéssemos nas mãos da decisão das mulheres portuguesas.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)


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