sexta-feira, 1 de março de 2024

CITAÇÕES

 
Luís Montenegro sacudiu a responsabilidade pelo passado enquanto podia.

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Mas um passado assim não se consegue varrer para debaixo do tapete.

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Sei o que fizeste num governo passado, começaram logo a dizer os pensionistas. 

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A ferida aberta permanece e a desconfiança cavou ainda mais fundo - o PSD é mesmo o partido que corta pensões e reformas.

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Passos Coelho mostrou que sabe navegar os novos ventos, o mesmo caldo em que a extrema direita medra.

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Mas Passos não usou só linha política emprestada da extrema direita, pegou também nos seus truques.

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Os dados refutam a ideia, a realidade desmente Passos Coelho, as contas da Segurança Social (as mesmas que servem para pagar as pensões) comprovam a integração e o sucesso da imigração.

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Os comentadores já vieram normalizar as declarações do antigo primeiro-ministro.

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O PSD e a dita direita tradicional está disponível para apadrinhar discursos de extrema direita e que incitam ao ódio contra imigrantes.

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A imigração só tem sido tema em Portugal pelas más políticas do Governo e da sua maioria absoluta.

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A imigração não é um problema no nosso país, não devia sequer ser tema de campanha eleitoral.

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O PSD quis piscar o olho ao eleitorado do Chega e com isso fomentou o ódio contra imigrantes.

Pedro Filipe Soares, “Expresso” online

 

Lucília Gago, procuradora-geral da República, afirma que o Ministério Público vive uma “presunção de culpa” e é mesmo real esse descrédito, gravíssimo para a democracia, que parece ter invertido o ónus da culpa.

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Enquanto o Ministério Público e o sistema judicial lidarem em surdina e complacência com os seus delatores internos, nenhuma acusação ou decisão poderá ser assumida como certa.

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Dentro ou fora da solução governativa que uma vitória da AD poderia proporcionar, a extrema-direita será uma parte da equação de governo até ao momento em que, tacticamente, lhe seja vantajoso romper. 

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O PSD irá compreender, talvez tarde demais, que o discurso que alimenta a semelhança entre o argumentário de Passos Coelho e André Ventura é o mesmo que fará com o que o Diabo acabe mesmo por chegar.

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Para o PS de Pedro Nuno Santos, algo indeciso entre ser ou parecer, o melhor que poderia acontecer seria contar com a permanente ajuda de Pedro Passos Coelho, Cavaco Silva ou Durão Barroso na campanha.

Miguel Guedes, JN

 

Embora não caiba – e bem – na esfera de influência de nenhum partido político, [o movimento climático] não confunde aliados com adversários e não se revê na lógica demagógica que pretende falar pelas “pessoas” e contra os “políticos”.

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Ora, as propostas dos partidos de esquerda, ainda que sempre passíveis de melhorias e aprofundamentos, são parte da luta por uma transição energética justa.

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Precisamos de um movimento climático forte e independente, mas não apolítico, nem antipartidário. Esse movimento existe, ainda que deva crescer e muito. Existe e não se revê nestas ações [a que assistimos na campanha eleitoral, por exemplo].

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A direita ganha um pretexto para se vitimizar; a esquerda, tipicamente associada à causa climática, é desacreditada ou até acusada de orquestrar as ações.

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É imperativo salientar que a ação sobre Luís Montenegro foi usada como desculpa para evitar responder à polémica sobre a interrupção voluntária da gravidez, que estava a prejudicar a AD, após um dos seus candidatos ter defendido a reversão da lei do aborto.

Manuel Afonso e Vera Ferreira, “Público” (sem link)

 

Os congoleses estão convencidos de que há poderes ocidentais por trás do acirrar do conflito no Leste da República Democrática do Congo.

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[O país possui] uma riqueza de que a população nunca usufruiu em tantos anos de guerras.

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O terrível colonialismo belga do território, que começou como feudo do monarca Leopoldo II, terminou em 1960, mas o jogo político congolês nunca deixou de contar com participação e interferência estrangeira.

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Corrupto, despótico e megalómano, Mobutu tentou transformar-se em Presidente vitalício e falhou e, quando as nacionalizações afundaram o país numa grave crise económica.

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O que as populações leste-congolesas ainda hoje enfrentam são as marcas do caos que se seguiu ao fim da ditadura de Mobutu.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Rui Tavares anunciou que o Livre está disponível para dialogar com a direita desde que esta não conte com o Chega.

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Rui Tavares tem trabalhado a sua imagem de político moderado. 

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Há uma faceta do Rui que parece acreditar que é possível juntar Deus e o Diabo num brunch vegetariano.

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Surpreende sobretudo que Rui Tavares anuncie esta ponte numa semana particularmente perturbadora – esclarecedora também, é certo – na campanha da AD.

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Depois da xenofobia estratégica de Passos Coelho ouvimos Paulo Núncio, destacado candidato da coligação de direita, anunciar a vontade de tomar iniciativas no sentido de limitar o acesso ao aborto.

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E claro que tudo isto fez lembrar o que aconteceu em 2015 quando Montenegro era líder parlamentar da bancada do PSD. Nessa altura, a lei foi alterada e no sentido de dificultar o acesso ao aborto.

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Temos boas razões para desconfiar da AD no que diz respeito ao aborto e aos direitos das mulheres. Nem vou falar outra vez do Gonçalo da Câmara Pereira. Não é preciso.

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Sucede que, no dia seguinte ao de sabermos da intervenção de Paulo Núncio no debate organizado pela Federação Portuguesa pela Vida, Rui Tavares achou que era um bom momento para anunciar a sua disponibilidade para dialogar com a AD.

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Ao anunciar diálogos com a direita coloca o Livre numa posição estranha: a de pequeno partido de esquerda que afinal é de centro-esquerda na sua vertente mais aproximada da direita.

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O PS tem dirigentes e militantes mais radicais.

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Estar em cima do muro é muito simpático e apreciado. Mas nunca vi ninguém lutar verdadeiramente por nada nesse sítio.

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Em cima do muro não teríamos legalizado o aborto e nem teríamos feito o 25 de abril.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)


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