sábado, 9 de março de 2024

MAIS CITAÇÕES (273)

 
Tivemos uma longa campanha eleitoral e o dever do voto deve ser de todos. 

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Houve exagero no espaço concedido aos inimigos da democracia e uma presença desproporcionada da Direita nos grandes espaços de comunicação “tradicional”. 

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Os nossos governantes hão de invocar amiúde a situação internacional e as políticas da União Europeia (UE) para justificarem as suas opções de políticas.

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Estamos preparados para redobrarmos a nossa luta (é isso que vai ter de acontecer) pelo direito a um Estado social que garanta vida digna a todos que vivem em Portugal, e contra a intensificação da exploração no trabalho?

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A guerra torna-se inevitável quando imperam a sobranceria, a ganância, o egoísmo, a irracionalidade humana.

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A guerra, que é a crise das crises, gera condições brutais de subjugação e exploração. 

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Na Europa, a “austeridade”, a desvalorização salarial e de rendimentos dos trabalhadores (ativos ou reformados), e a falta de habitação foram as grandes causas do avanço da extrema-direita e de ideais fascistas.

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A extrema- -direita colocou os imigrantes - a componente mais frágil da sociedade - como os primeiros responsáveis das incomodidades das “pessoas de bem”.

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Quando lá chega [ao poder], coloca o Estado em guerra com todo o povo.

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Precisamos de uma consciência coletiva preparada para sermos uma sociedade multicultural e multiétnica,

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No tema Educação esteve [na campanha eleitoral] a situação dos professores que, sendo importante, é apenas uma parte. Não se debateu a Escola para as novas gerações. 

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Como ajudar os jovens a saber o que são profissões e qualificações e a como se prepararem para elas?

Carvalho da Silva, JN

 

De 32 países europeus (os 27 da UE mais Albânia, Macedónia, Montenegro, Sérvia e Turquia), apenas quatro oferecem boas condições aos jornalistas: Alemanha, Dinamarca, Irlanda e Suécia.

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Num continente europeu que se vangloria da sua liberdade de expressão e de imprensa ter somente quatro países que dão boas condições aos jornalistas demonstra que muitos governos não aliam as palavras aos actos.

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A representante dos jornalistas [europeus, Renate Schroeder] defende uma aliança alargada de “leitores, ouvintes, organizações e sindicatos de jornais e académicos” que convença os decisores políticos a agir e ligar a acção às palavras bonitas, de modo a garantir a sobrevivência dos media e à sua manutenção como um verdadeiro contrapoder e não o actual modelo erodido.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

O declínio da imprensa local nos EUA foi tão grande em 2023 que é provável que no final deste ano o país tenha perdido um terço dos jornais existentes em 2005, passando de 8891 para cerca de 6000.

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Para os autores [realizado no ano passado], estamos perante “uma crise de grande alcance” para a democracia americana, que “se debate simultaneamente com a polarização política, a falta de participação cívica e a proliferação de desinformação e informação online”.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Para a extrema-direita, o jornalismo ou é propaganda ou inimigo. A ideia de uma imprensa livre com capacidade crítica e liberdade de expressão choca com a sua percepção da sociedade.

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Só na Argentina, a Telam [mandada encerrar pelo Governo de Javier Milei] servia cerca de meio milhar de notícias diárias aos 803 órgãos do país que assinavam o seu serviço.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Se para um jornalista com todas as condições de trabalho asseguradas e total liberdade já seria uma batalha difícil lutar contra a disseminação da falsidade, nas condições precárias em que a maioria dos media vivem hoje, é uma luta quase inglória.

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Afirma a directora do jornal online Rappler [que] “segundo a V-Dem, uma ONG sueca, 72% da população mundial vive baixo um regime autoritário. Portanto, voltámos ao ponto em que estávamos em 1986.”

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Com as redes sociais transformadas nos maiores distribuidores de informação do mundo e as mentiras, o ódio e o medo a espalharem-se a velocidade vertiginosa, como pode o jornalismo com os pés assentes no chão fazer voar a sua informação assente em factos à mesma velocidade?

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Como pode a democracia sobreviver se a nossa vontade como cidadãos está a ser condicionada por essa disseminação de falsidade?

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Em primeiro, [o voto] sendo individual, ele não deve ser individualista, ou egoísta, mas solidário e vinculado ao que acreditamos ser o bem comum.

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Em segundo, [o voto] apesar de depender de um gesto pessoal, sempre falível porque humano, ele não pode ser irrefletido, resultando de um capricho momentâneo.

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Em terceiro lugar, [o voto] deve articular-se com uma apreciação pessoal, o mais informada possível, dos diferentes modelos de governação e desenvolvimento em presença, não dependendo da fácil adesão a um rol de promessas irrealizáveis.

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E em quarto, [o voto] precisa articular-se com uma disposição subjetiva que seja construtiva e solidária, jamais resultante de um momento de aversão ou de rancor.

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Se desta forma orientarmos a reflexão e o sentido do voto, não cairemos na tendência, hoje com lugar nas democracias representativas, para ceder aos imperativos egoístas e aos apelos primários, orientados no sentido da divisão, de um “nós contra eles” que jamais trará algo de positivo.

Rui Bebiano, “diário as beiras”

 

Este não é um país pensado para os jovens.

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Responsabilizam-se os jovens até por debelar as contradições do mundo que o tornaram insustentável. No entanto, paradoxalmente, retira-se-lhes o terreno para agir.

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Os jovens são incentivados a sonhar com um mundo melhor, mas simultaneamente são-lhes cerceadas as oportunidades de tornar esses sonhos realidade. 

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Este cenário é particularmente frustrante quando estas gerações de jovens, se veem aprisionadas numa teia de expectativas contraditórias.

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São forçados a procurar vidas viáveis fora do país. Que futuro para Portugal?

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A emigração dos jovens sublinha a falha dos nossos sistemas políticos e económicos em oferecer-lhes oportunidades de vida dignas e significativas.

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 É essencial que se comprometam com uma visão de futuro que englobe todas as gerações, criando uma sociedade justa, equitativa e próspera, onde os jovens tenham verdadeiras razões para ficar e contribuir, e onde os mais velhos desfrutem da dignidade e do respeito que merecem. 

Fátima Alves, “diário as beiras”


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