(…)
Quem
diz esta [“mas já podem casar e
adotar, o que querem mais?!...” e outras frases semelhantes não
sabe o que ainda significa ser pessoa LGBT no nosso país e no mundo.
(…)
Foi apenas há 42 anos que a homossexualidade
deixou de ser considerada crime no Código Penal português.
(…)
Foi
apenas há 34 anos que a Organização Mundial da Saúde excluiu a homossexualidade
da lista de doenças mentais e só em 2018 anunciou a retirada da
transexualidade.
(…)
Foi apenas no ano passado que as terapias de
conversão passaram a constar como crime no nosso Código Penal.
(…)
Vigora ainda a desinformação, que alimenta o
preconceito e a discriminação, tantas vezes expressos em frases consideradas
inofensivas.
(…)
Orientação
sexual e identidade de género não são escolhas. Eu escolho a cor com que pinto
o cabelo, não escolho se me sinto atraída por homens ou mulheres.
(…)
Quando
vemos um casal homossexual a passear de mãos dadas na rua, já se estão a exibir
e a obrigar toda a gente a ver “aquilo”.
(…)
Um
filme ou livro que represente uma relação homossexual já tem “uma
agenda” e está a querer pôr o tema à força em todo o lado.
(…)
A orientação sexual e a identidade de género
fazem da nossa identidade como um todo.
(…)
O medo
de que as crianças se tornem homossexuais ou “trans” por saberem que existem
homossexuais e “trans” (e a homofobia e transfobia que isto revela!).
(…)
O que
a educação sexual pretende fazer neste tema é: dar informação; desenvolver
empatia e respeito pela pluralidade em todas as crianças e jovens, sejam LGBT
ou não.
(…)
E, para aqueles que o são, fazê-los sentirem-se
válidos, importantes, aceites!
(…)
A marcha é um
movimento político, de reivindicação de direitos e afirmação de existência.
(…)
Portugal
voltou a cair no
ranking dos países europeus sobre direitos das pessoas LGBT, estando agora em
11.° lugar, depois de já ter estado na quarta posição.
(…)
Num
período em que movimentos de extrema-direita e ultraconservadores crescem, os
direitos conquistados ficam ainda mais em risco. Por isso é que, sim, é
essencial sair à rua!
(…)
Orgulho é o contrário da vergonha e culpa. É
uma afirmação de existência de pessoas e identidades, constantemente
invisibilizadas.
(…)
Uma/um
jovem homossexual ou bissexual tem três vezes mais probabilidade de se
suicidar. E não por ser homossexual ou bissexual, mas devido ao
desajustamento sentido perante a não-aceitação da família.
(…)
O orgulho repara a vergonha e restabelece a
auto-estima.
(…)
Enquanto
existir for um ato de coragem, temos muito ainda a fazer enquanto sociedade. E
não só em junho. Mas o ano inteiro.
Tânia Graça, “Público” (sem link)
A
organização alemã do Campeonato da Europa de futebol mostra que a célebre
eficiência pela qual é conhecido o país está a esboroar-se em resultado do desinvestimento
público dos últimos anos.
(…)
A companhia [ferroviária] Deutsche Bahn (DB)
tem-se vindo a transformar paulatinamente num embaraço público pela perda de
qualidade do seu serviço.
(…)
Comboios
cancelados, atrasados ou sobrelotados passou a ser o mais comum de um serviço
que se vem degradando ao ponto de em 2023 apenas 64% dos comboios terem chegado
a tempo ao seu destino.
(…)
A DB reconheceu problemas, mas atribuiu-os às
condições climatéricas, como se a Alemanha fosse um país pouco habituado à
chuva.
(…)
Mais do que o clima é a falta de investimento
na ferrovia o verdadeiro culpado das deficiências.
António Rodrigues, “Público”
(sem link)
A dois
anos dos Estados Unidos co-organizarem (com Canadá e México) o Mundial de
futebol, será a Copa
América que se está a realizar no país uma antecipação do que poderemos vir
a ter no torneio de 2026?
(…)
A qualidade dos relvados postos à disposição
das selecções é lastimável e alvo de muitas críticas por parte dos atletas.
(…)
Nas
bancadas, a festa tem sido menos exuberante do que se poderia esperar, com
muitos estádios longe de lotarem a sua capacidade.
(…)
No entanto, esta falta de entusiasmo com a Copa
América (…) está mais relacionada com a exorbitância dos preços dos
bilhetes.
(…)
Esta Copa América vende bilhetes a valores
incomportáveis para muitos bolsos.
(…)
Imaginem
um pai que quer levar o filho ao futebol; com os bilhetes da fase a eliminar a
serem vendidos entre 700 e 1000 dólares, só os mais abastados se
podem dar a esse luxo.
(…)
Dois séculos depois de o futebol ter sido
inventado por aristocratas ingleses (…) os norte-americanos parecem empenhados em
devolvê-lo às elites.
António Rodrigues, “Público”
(sem link)
Em outubro de 1962, os dois Estados estiveram à
beira de um confronto nuclear direto, numa situação limite que ficou conhecida
como a Crise dos
Mísseis de Cuba.
(…)
Não surpreende que JFK, depois de ter superado
essa crise existencial, tenha procurado extrair lições do acontecido, visando
prevenir a repetição de uma situação semelhante.
(…)
O primeiro passo nesse sentido foi a criação de
uma linha de comunicação permanente entre a Casa Branca e o Kremlin - o
lendário telefone
vermelho.
(…)
O segundo gesto consistiu na negociação de um
tratado de proibição parcial de testes com armas nucleares.
(…)
A mortalidade da condição humana não era para
eles [JFK e Nikita Krutschev uma expressão meramente literária.
(…)
A seguir, JFK identificou o princípio de
convivência entre superpotências nucleares que evitou a destruição mútua total
durante a Guerra Fria.
(…)
A nulidade intelectual de Biden no debate com
Trump, revelou que a cadeira presidencial dos EUA está de facto vazia. À beira
de uma escalada nuclear nem sequer sabemos quem governa hoje os EUA.
(…)
Foi a esse restrito clube [de gente
incompetente e não eleita que campeia entre Bruxelas e Wazhington], que as
nossas degradadas e disfuncionais democracias concederam poder de vida ou de
morte sobre o nosso destino coletivo.
Sem comentários:
Enviar um comentário