sexta-feira, 31 de agosto de 2012

BANDO DE PATIFES SEM VERGONHA


O título é muito agressivo mas a imagem justifica-o.

DISCURSO DO PRESIDENTE DO URUGUAI NA CONFERÊNCIA RIO+20


Curto mas importante discurso do Presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20. Temas como ambiente, capitalismo, desenvolvimento e século XXI foram abordados com muita frontalidade.

Estamos perante mais um conjunto de declarações que apenas chegam ao nosso conhecimento porque foram publicadas no Youtube...

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

ECONOMIA RESTAURADA

De Guindos em Bruxelas

"Restauramos a economia espanhola!"

O ministro das Finanças do governo espanhol, Luis de Guindos, tenta convencer a UE, os seus parceiros e os mercados de que as reformas deverão permitir à espanha evitar um plano de resgate ebeneficiar de taxas mais baixas para empréstimos.
 
LA VANGUARDIA, BARCELONA
 
 

INFORMAÇÃO SOB CONTROLO

Nos regimes ditatoriais a censura à informação faz-se de forma directa e brutal, para que não restem quaisquer dúvidas sobre as intenções do poder. Toda a gente conhece as regras do jogo e tenta defender-se, procurando diversificar as fontes das notícias para obter o mínimo de rigor.

Actualmente, nos países onde domina a doutrina neoliberal, o controlo da informação é efectivo mas feito de forma subtil e cínica. Não existe uma censura institucionalizada mas, na prática, muitas vezes, o conhecimento de factos importantes é sonegado às populações, simplesmente, por omissão. Os grandes meios de comunicação social são detidos por gente muito poderosa que coloca as pessoas “certas” nos lugares certos de modo a que a informação seja de tal forma filtrada que apenas chegue às populações aquilo que mais interessa aos governos e às forças dominantes que os apoiam.

No Portugal actual, se quisermos estar bem informados não podemos estar dependentes dos noticiários televisivos – os mais controlados – nem sequer de muita imprensa embora, neste caso, apareçam algumas vozes credíveis. O melhor e mais aconselhável para quem quer uma informação digna de algum crédito é diversificar as suas fontes de consulta.

O exemplo que hoje aqui trazemos foi publicado na secção de cultura do “El País” em 14 de Agosto mas que se saiba passou completamente ao lado da comunicação social portuguesa durante oito dias. Trata-se de um texto que “incendiou Espanha” e que chegou a Portugal apenas a 24 de Agosto através do “dinheiro vivo”. Pensamos que mais nenhuma publicação lhe fez referência mas, pela sua importância e conteúdo merece a mais ampla divulgação.

O cano de uma pistola pelo cu
Se percebemos bem - e não é fácil, porque somos um bocado tontos -, a economia financeira é a economia real do senhor feudal sobre o servo, do amo sobre o escravo, da metrópole sobre a colónia, do capitalista manchesteriano sobre o trabalhador explorado. A economia financeira é o inimigo da classe da economia real, com a qual brinca como um porco ocidental com corpo de criança num bordel asiático.

Esse porco filho da puta pode, por exemplo, fazer com que a tua produção de trigo se valorize ou desvalorize dois anos antes de sequer ser semeada. Na verdade, pode comprar-te, sem que tu saibas da operação, uma colheita inexistente e vendê-la a um terceiro, que a venderá a um quarto e este a um quinto, e pode conseguir, de acordo com os seus interesses, que durante esse processo delirante o preço desse trigo quimérico dispare ou se afunde sem que tu ganhes mais caso suba, apesar de te deixar na merda se descer.

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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

PORTUGAL NO SEU MELHOR...


Por causa de uma tentativa de furto de chocolates no valor de 14 euros, o Estado português vai gastar 15 mil euros. O “criminoso” é um sem-abrigo e a “vítima” uma grande superfície, o LIDL…

À SORRELFA

Tendo como pano de fundo o futuro da RTP, o primeiro-ministro declarou hoje em Londres que nada está ainda decidido sobre o “processo de alienação” da estação pública de televisão. Tudo isto acontece depois da entrevista que o não-ministro testa de ferro, António Borges, deu à TVI na semana passada, em que abriu a porta à concessão da RTP1 a investidores privados (provavelmente estrangeiros) e ao encerramento definitivo da RTP2. Dada a prática a que este Governo nos habituou e à situação de degradação ética a que o ”Dr.” Relvas chegou, ninguém com um mínimo de discernimento, deixará de imaginar que: 1) esta entrevista foi encomendada; 2) as principais linhas do seu conteúdo são do total conhecimento do primeiro-ministro senão mesmo combinadas com ele; 3) convinha ao Governo sentir a reacção da opinião pública sem que nenhum dos seus membros tomasse uma posição definitiva.

Partindo da situação criada pela entrevista de António Borges à TVI, Batista Bastos tece, na crónica que hoje assina no DN, uma crítica contundente à forma de actuação do Governo Passos/Portas. Vale a pena lê-la:

O país que pensa assistiu, entre o perplexo e o estarrecido, às declarações do sr. António Borges a Judite Sousa, na TVI. Perplexo porque viu um assessor substituir o Governo numa entrevista importante. Estarrecido pela frieza gélida com que o senhorito falou no extermínio do serviço público de informação, em troca de coisa alguma. A certa altura da extraordinária conversa, o sr. Borges, impávido e sereno, disse que a questão dos despedimentos previsíveis diria respeito ao novo "operador" logo que a RTP e a RDP fossem desmanteladas. O Governo lavava dali as mãos. Só um tolo admitiria que o preopinante falava com voz própria. Ele mais não era do que o eco, à sorrelfa, de Miguel Relvas, dissimulado nos bastidores pelas públicas razões conhecidas.

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JOÃO VASCONCELOS DENUNCIA



Na intervenção que realizou no início do comício do Bloco de Esquerda em Portimão (sábado, 25/8), João Vasconcelos, dirigente algarvio do BE, fez uma vigorosa denúncia das consequências sociais do pagamento de portagens na Via do Infante e da introdução da obrigatoriedade de pagamento de estacionamento no hospital de Portimão.

domingo, 26 de agosto de 2012

EFEMÉRIDE

NO DIA 26 DE AGOSTO DE 1789 FOI APROVADA EM FRANÇA A DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO.

LOUÇÃ EM PORTIMÃO

No comício ontem realizado em Portimão, Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, referiu longamente o modelo de concessão da RTP, tecendo fortes críticas ao Governo que se prepara para subsidiar lucros garantidos de uma empresa privada, como dinheiro dos contribuintes portugueses.


sábado, 25 de agosto de 2012

DISTOPIA::21 (OU OS SACRIFICADOS DO COSTUME)

Uma cidade que vive uma tensão quotidiana, um projecto de apagamento da memória colectiva e o afastamento sistemático dos pobres do mar.
Distopia::021 é um vídeo documentário sobre a revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro no horizonte dos megaeventos desportivos internacionais (Mundial de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016). A opressão sobre a população pobre, a parte sacrificada deste projecto.

CITAÇÕES

Cem dias depois de eleito, Hollande só desiludiu quem sobre ele criou ilusões. É certo que chegou a entusiasmar os seus apaniguados. No arranque da campanha que o levou ao Eliseu, prometia aos franceses "começar pelo sonho", "o sonho francês que é a confiança na democracia, a democracia que será mais forte que os mercados, mais forte que o dinheiro...". E, de facto, foi por esse sonho que começou, mas para o esvaziar.

Primeiro, culpabilizaram os trabalhadores, os reformados, os desempregados, os estudantes, os doentes, inculcando-lhes a ideia de que os seus direitos ao trabalho, à reforma, ao subsídio de desemprego, à proteção social, ao ensino, à saúde, a condições de vida digna, eram privilégios e regalias que desequilibraram as contas e deram origem à crise. Agora, para consolidar nos trabalhadores e no povo a perda dos seus pequenos direitos dizem-lhes: nem pensem voltar ao passado porque isso era o regabofe.

Mas o retrato de horror de um país desestruturado e em que a prioridade da acção do Estado deixou de ser a persecução do bem-estar e da dignidade de vida de todas as pessoas, é dado de forma lancinante pelos números da realidade socioeconómica e não passa só pelo falhanço da execução orçamental, que mostra como um país não é governável com profissões de fé e declarações de convicção ideológica e como é desajustado e irrealista o programa político-ideológico que está a ser imposto a Portugal. Ou seja, não só é impossível de cumprir este tipo de tratamento de choque neoliberalizador, como o seu efeito é levar o país para um buraco de onde levará anos, mesmo décadas, a sair.
São José Almeida, Público (sem link)

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

EXECUÇÃO NA VIA PÚBLICA

No país campeão da defesa dos direitos humanos executa-se, em plena via pública, um cidadão negro, deficiente mental, sem abrigo. Foram 46 os disparos e, por aqui, se deduz a intenção…

O homem, que detinha uma faca, não terá obedecido às ordens da polícia no sentido de a largar.

Tudo isto teve lugar em Saginaw Michigan (EUA) no dia 1 de Julho de 2012.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

OPÇÃO: DESPEDIR

Como muitas vezes é referido, por ser verdade, o desemprego é a principal causa de exclusão social, de pobreza e de desespero, principalmente para jovens e desempregados de longa duração. Por isso, a principal obrigação dos governos tem a ver com a promoção de condições que levem à criação de postos de trabalho.

Acontece que é o próprio Estado português quem promove exactamente o desemprego, no sector que mais obrigação tinha de proteger – o público. Aqui, está a atingir particular ênfase o mau prenúncio do que se passa actualmente com os professores a quem não vão ser atribuídos horários, antecâmara psicológica para um processo de despedimento num futuro próximo. Veremos!

O texto que a seguir transcrevemos (*) do “Público” de 20/8/2012, tem a ver com a problemática do desemprego dos professores como uma opção do Governo e não como uma necessidade real.

“O desemprego dos professores é uma opção, não é uma consequência.

O debate em torno do emprego, ou da sua ausência, deverá estar no centro das preocupações do nosso país, até porque o trabalho é um elemento estruturante da condição humana. Não surprende, por isso, o debate nas páginas do PÚBLICO sobre o emprego docente e dos milhares de professores que poderão ficar sem colocação no início de Setembro.

José Carvalho (professor e investigador de História), na linha de argumentação de José Manuel Fernandes, refere que há um elemento essencial esquecido por quase todos: "há menos alunos nas nossas escolas." Aliás, linha de argumentação é um eufemismo, tal a coincidência das palavras escolhidas por Carvalho, depois do texto original de Manuel Fernandes.

Sobre o ponto apontado como fundamental - escassez de alunos -, tal referência deveria ser mais verdadeira, mas os números são isso mesmo, números. Poderíamos, por exemplo, escrever, citando dados do MEC, que em 2005/2006 estavam no sistema educativo 1.347.456 alunos e em 2008/2009 esse número tinha crescido para 1.525.420. E no que ao pessoal docente diz respeito, os dados igualmente disponíveis no site do Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação, mostram números diferentes dos referidos por José Carvalho.

Mas vamos assumir que o investigador José Carvalho tem razão, até porque a taxa de natalidade é o que é, ainda que o PÚBLICO tenha noticiado (26-12-2011) que nem sempre o que parece é.

E ter ou não ter filhos é uma opção das pessoas - felizmente, ainda não é o Governo que se ocupa dessa parte, mas as políticas, nomeadamente sociais, têm um peso decisivo nessa opção. E, sendo a classe docente numerosa, não me parece que seja argumento para um investigador sugerir que as professoras e os professores desatem a fazer filhos para resolver o problema. É um argumento, no mínimo, pouco sensato.

E os argumentos de José Carvalho terminam com uma marca ideológica que não deixa dúvidas:

"Os "camaradas" e os grupos defensores-dos-pendurados-no-Estado acham que o Estado devia criar empregos para absorver os professores desempregados. Mas será que ainda se pode levar esta malta a sério?!"

A natureza da argumentação não nos mostra uma reflexão sobre a dimensão política das medidas do ministério de Nuno Crato, que vão muito para além da mera gestão da escassez de alunos. Todos os leitores entenderão que, mesmo vendo a realidade sob o prisma da diminuição de alunos, não é possível justificar mais de vinte mil professores sem colocação, algo que poderá corresponder, em traços gerais, a um quinto da classe docente. Há muito mais e não é só o rabo do gato que está à mostra.

Trata-se de uma política que visa reduzir custos despedindo professores ou, se preferirem usar a linguagem oficial, não os contratando para leccionar. E se assim não fosse, então como se justificam algumas destas iniciativas do MEC? Se há menos alunos, por que é que o Ministério da Educação aumentou o número de alunos em cada turma? Não seria mais adequado, no mínimo, manter o que estava? Se há menos alunos, por que é que o Ministério da Educação está a criar mega-agrupamentos, criando escolas com milhares de alunos, quando existem espaços e pessoal qualificado para trabalhar em condições mais adequadas, nomeadamente nos anos de escolaridade mais baixa? Se temos professores a mais, como diz, por que é que o Governo acabou com a formação cívica e com o estudo acompanhado? Se há alunos a menos e professores a mais, por que é que o trabalho do director de turma passou a ser valorizado pela metade, em termos de crédito horário?

Não subscrevo a tese de que todos os licenciados em ensino poderão ter lugar nas escolas públicas, mas o que está a acontecer é mais do que uma consequência da demografia - é uma opção política deste Governo.

O que está em curso é uma mudança de paradigma na escola pública que vai colocar em causa, como referiu recentemente Manuel Carvalho da Silva, o futuro do país, que ficará, certamente, mais pobre com a sua escola a ir em marcha-atrás.”

(*) ”O desemprego dos professores é uma opção”, João Paulo Silva

terça-feira, 21 de agosto de 2012

"BÓIA"

Grita-se do barco germânico: "Basta gregos!"

Não é afundando a Grécia que se salvará o euro.

INTIMIDAÇÃO IMPERIAL

Pitbull dos Estados Unidos ameaça Assange.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Scott MacKenzie (1939 – 2012)

Ninguém é imortal. Com 73 anos faleceu há dois dias Scott MacKenzie, o cantor que imortalizou o “hino” “San Francisco (Be Sure To Wear Flowers In Your Hair)”. O seu sucesso iniciou-se em 1967, precisamente na cidade de San Francisco (Califórnia) durante o “Verão do amor” e faz parte do imaginário de muita gente.

Reproduzimos aqui o original (1967), com quase meio milhão de visualizações.

domingo, 19 de agosto de 2012

ASSANGE APELA A OBAMA

Pela primeira vez desde que o Equador lhe concedeu asilo político, Julian Assange apareceu hoje em público a uma janela da embaixada daquele país em Londres para fazer uma declaração onde pediu a Barak Obama que renuncie à “caça às bruxas” ao WikiLeaks.

Numa atitude de subserviência perante o aliado americano, o Reino Unido pretende extraditar Assange para a Suécia, a pretexto de um presumível crime de violação. Mas a história não acaba aqui pois os Estados Unidos pretendem julgá-lo por espionagem, correndo assim o risco de ser condenado á morte.

Como afirma o escritor e activista Tariq Ali, “Se um dissidente em Moscovo ou Pequim se refugiasse na embaixada britânica e o governo russo, ou o governo chinês ameaçasse que, de acordo com a lei local – não a lei internacional – ia invadir a embaixada e prender o refugiado. Imagine a reacção que haveria nos média!”

MUITO MENOS TRANSPLANTES

O Serviço Nacional de Saúde está a sofrer um violentíssimo ataque e a intenção última é a sua destruição mercê dos cortes generalizados que estão a ser feitos no seu financiamento.

No domínio do transplante de órgãos, Portugal alcançou o pódio a nível mundial. As transplantações destinam-se a salvar vidas ou, no mínimo, a melhorar as condições de vida das pessoas, não se tratando de uma área de pouco significado no campo da saúde. Com a brutal redução do apoio financeiro aos transplantes, é claro que os resultados negativos se vão fazer sentir de imediato.

Sobre este tema, transcrevemos a seguir um artigo de opinião que o médico e deputado do PS, Manuel Pizarro, assina no Expresso de ontem (18/8/2012).

Transplantação, o desastre
Os números são assustadores. No primeiro semestre de 2012, em comparação com o mesmo período do ano anterior, realizaram-se em Portugal menos 100 transplantes de órgãos. Uma queda de 22%. Na transplantação renal o recuo é ainda mais significativo: menos 73 transplantes, uma redução de 25%. Aconteceu o que os especialistas vaticinaram quando o actual ministro da Saúde anunciou, logo no Verão de 2011, um conjunto de medidas avulsas na área da transplantação. É altura de as recordar e de pedir responsabilidades.

Primeiro, a decisão de reduzir em 50% o apoio financeiro dado aos hospitais por cada transplante. Um corte excessivo e desproporcionado, incluindo até a colheita de órgãos, que já era insuficientemente apoiada.

Depois, a forma displicente como Paulo Macedo reagiu aos protestos por esta decisão. O ministro declarou, de forma pouco sensível, que o país talvez não tivesse condições para se manter na liderança mundial da transplantação.

Finalmente, a extinção da Autoridade para os Serviços de Sangue e Transplantação. Sem qualquer racionalidade, dissolveu-se este organismo qualificado, que tinha apenas sete profissionais e um orçamento de 700 mil euros, mas excelentes resultados demonstrados. A sua actividade foi integrada no muito maior Instituto Português do Sangue e da Transplantação, a braços com a dramática situação nacional da falta de sangue. Como consequência, desapareceu a efetiva coordenação dos programas de transplantação e a capacidade de intervenção atempada, antes protagonizados pelo saber e pela dedicação sem limites de João Rodrigues Pena e de Maria João Aguiar.

Os resultados estão à vista. Depois de ter garantido aos portugueses que as medidas tomadas não iriam afectar a transplantação de órgãos, o ministro procura agora explicações. Mas, também neste domínio, está equivocado. Segundo Paulo Macedo, a redução resulta da diminuição do número de vítimas mortais dos acidentes de viação. Regressemos aos factos. No primeiro semestre de 2012 registaram-se menos 26 dadores post mortem de órgãos. No entanto, a redução do número de dadores cuja morte resultou de acidente de viação foi apenas de seis. Há que encontrar razões mais profundas para o que está a acontecer.

A transplantação de órgãos é uma actividade muito exigente. Representa bem o elevado grau de sofisticação atingido pelo nosso serviço público de saúde e a excelência dos seus profissionais. Manter e melhorar o que Portugal alcançou exige monitorização permanente, atenção constante, estímulo aos hospitais e às equipas.

Pelo contrário, o Governo reduziu, de forma colossal, o apoio aos hospitais para esta atividade, situação ainda mais grave quando ocorre num cenário de contenção generalizada. Desvalorizou a importância da transplantação e desmantelou a coordenação nacional. Quem se pode surpreender com os resultados?

Voltemos ao essencial. A transplantação de órgãos realiza-se para salvar vidas ou, no caso do rim e do pâncreas, para melhorar radicalmente a qualidade de vida dos doentes. Não é uma atividade fútil ou dispensável.

A posição que Portugal alcançou neste domínio – segundo lugar mundial – deveria ser motivo de orgulho. Exige-se que o Ministério da Saúde tenha a humildade de mudar de atitude, tomando as medidas necessárias para que os problemas que se verificam sejam debelados. A bem dos portugueses.

sábado, 18 de agosto de 2012

COM IRONIA...

Marisa Matias utiliza um tom irónico para comentar a festa do Pontal e o discurso do líder do PDS nim artigo hoje publicado no “Diário as Beiras”.

"Pela segunda vez, escrevo sobre a festa do Pontal. Passos Coelho prometeu ser ele próprio o portador das más notícias, quando elas viessem, isso deixa-me mais descansada. Passemos, por isso, às boas notícias. O primeiro-ministro anunciou o fim da recessão para 2013.

Foi esse o epicentro das suas declarações. Mal-agradecidas, vieram logo as vozes do contra. Passos Coelho dá-nos uma boa notícia e vêm logo os abutres do costume dizer mal.

Vamos por partes. Assumamos que é verdadeira a afirmação do primeiro ministro. No mínimo, dava uma concentração no Marquês de Pombal, com buzinadelas e tudo o que é devido nestas circunstâncias festivas. A crise está aí mas vai passar, é tudo uma questão de tempo. Mas a festa não dura muito."


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

REINO UNIDO AMEAÇA INVADIR A EMBAIXADA DO EQUADOR



A ameaça britânica de invadir a embaixada do Equador onde Julian Assange está refugiado é objecto de repúdio pela Assembleia Nacional equatoriana que considera a atitude do Reino Unido (RU) uma intimidação inaceitável para um estado soberano.

Entretanto, o Equador mantém a oferta de asilo político ao fundador do WikiLeaks.

Por outro lado, é importante que se recorde também que o RU deu protecção ao assassino Pinochet.

ASSASSINATO DE 34 MINEIROS PELA POLÍCIA FAZ REVIVER OS TEMPOS DO “APARTHEID”



Um dia depois do assassinato de 34 mineiros pela polícia da África do Sul, as imagens negam que as forças repressivas tenham agido em legítima defesa. O dia 16 de Agosto de 2012 fez reviver os piores tempos da segregação racial no país. Os mineiros faziam greve para reivindicar um aumento salarial na mina de platina.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

EMIGRAÇÃO DE LICENCIADOS

Recentemente tivemos conhecimento de um estudo, segundo o qual, perto de 70% dos jovens universitários tencionam sair do país logo que terminem o curso.

O programa “Antena Aberta” da Antena 1 foi ouvir Elísio Estanque, sociólogo e investigador do CES, sobre esta problemática. Aqui.

OS CAMINHOS DA INCERTEZA


"Portugal: Os caminhos da incerteza". Um documentário de François Manceaux sobre a crise portuguesa.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

MARCHA LENTA E BUZINÃO CONTRA AS PORTAGENS NA VIA DO INFANTE


Com Passos Coelho a caminho da Festa do Pontal, a Comissão de Utentes da Via do Infante aproveitou a oportunidade para promover uma marcha lenta e um buzinão até, precisamente, à porta do recinto da festa do PSD. Os manifestantes contra as portagens na A22 não chegaram a cruzar-se com o primeiro-ministro, mas conseguiram entregar uma proposta a um dos assessores do chefe do Governo.

UNIÃO DA ESQUERDA PRECISA-SE!

Se é verdade que o Verão não é a época mais propícia para grandes reflexões de carácter filosófico ou político, não é menos verdade que os tempos estão de tal maneira difíceis para a esmagadora maioria da população que não nos podemos dar ao luxo de esquecer, ainda que por pouco tempo os problemas que nos cercam.

É tradicional dizer-se, com toda a razão de ser, que a direita conhece melhor o seu inimigo principal do que a esquerda e sabe unir-se nas ocasiões em que os interesses dos mais poderosos estão em jogo. Por sua vez, a esquerda tem sido incapaz de se “unir em torno da meia dúzia de ideias simples que sempre formaram o núcleo duro das suas convicções políticas”. E o resultado disso está à vista com a aproximação da destruição do Estado Social e tudo o que ele comporta em áreas como a da Saúde, da Educação pública e da Segurança Social, para só falarmos nos casos mais prementes. Mas, o mais grave e incompreensível de tudo é que a campanha orquestrada pela direita, com apoio significativo nos media que estão ao seu serviço, no sentido de convencer as pessoas de que a existência do Estado Social é incomportável, tem tido um êxito inquestionável.

Esta questão é exactamente abordada por José Vítor Malheiros num artigo (*) que ontem veio à estampa no “Público” e cuja parte final aqui deixamos para reflexão.

“De facto, quando a direita diz que o "memorando da troika" conta com o apoio de partidos que representam 80% dos eleitores está a dizer algo que é mais do que uma estatística eleitoral. A verdade é que, por incompreensível que isso nos pareça, a esmagadora maioria da população não considera (ou não tem considerado) que as conquistas do Estado social desde o 25 de Abril mereçam ser defendidas com real afinco. Houve de facto algo que se perdeu, um sonho que se esqueceu, uma narrativa que deixou de fazer eco e que tem de ser reinventada, reconstruída, refeita de raiz. Podemos atribuir isso a uma sistemática lavagem ao cérebro efectuada pelos media (que é tragicamente real) ou a outros factores, mas a verdade é que existe hoje um terrível divórcio entre a população e a defesa dos seus interesses, devido a uma narrativa reaccionária e caceteira que se tornou hegemónica e que conseguiu impor a ideia do Estado social como fonte de desperdício, da Segurança Social como sustento de parasitas, do Serviço Nacional de Saúde como um luxo incomportável, da solidariedade social como algo "insustentável", da Escola Pública inclusiva como "facilitista", dos apoios à Cultura como "elitistas", etc. A verdade é que a direita tem conseguido vender com absoluto despudor e grande eficácia este discurso, voltando trabalhadores contra trabalhadores e convencendo uma grande parte de que os direitos excessivos dos outros, dos subsidiodependentes, dos ciganos, dos que não querem trabalhar, dos velhos, dos doentes, dos disléxicos, dos bolseiros, são a causa da pobreza de cada um - ao mesmo tempo que vende os privilégios dos agiotas como algo inquestionável e positivo.

Que a esquerda tem de se unir em torno do que para si é importante, penso que é uma evidência para todos os defensores de uma sociedade decente, livre e justa. Mas a grande batalha que temos de travar no campo das ideias não se resume à arena da esquerda. Quem temos de convencer são todos os cidadãos que, seduzidos ou adormecidos pelas historietas da direita, continuam a votar nos que lhes roubam o trabalho, os direitos e as riquezas, eternizando desigualdades injustas e privilégios. Enquanto o discurso populista da direita sobre o rendimento social de inserção como sustento de parasitas e sede de fraudes continuar a colher, o nosso trabalho estará longe de estar feito.”

(*) ”Em busca da narrativa perdida”

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

CRISE BENEFICIA OS GRANDES

Uma recente publicação do Instituto Nacional de Estatística (INE) veio revelar dados que nos mostram, com clareza, que as grandes empresas estão a beneficiar com a crise, em detrimento das pequenas. Curiosamente estes dados pouco foram mostrados e, ainda menos, comentados perante a opinião pública, não se sabe bem porquê mas imagina-se… Como afirma o economista Eugénio Rosa (*) em recente artigo de opinião, “é evidente que a taxa de exploração dos trabalhadores, que tem como base a mais-valia criada pelo trabalho não pago, é muito maior nas grandes empresas”.

Veja-se, então, o que ele escreveu:

“O INE acabou de divulgar uma publicação importante com o título “Evolução do Sector Empresarial em Portugal 2004/2010”. E os dados constantes dessa publicação revelam que as grandes empresas (empresas com mais de 250 trabalhadores e com um volume de negócios superior a 50 milhões €/ano) estão a obter elevados lucros; por outras palavras, nem todas as empresas estão a perder com a crise.
Comecemos por analisar a variação dos lucros totais das empresas não financeiras segundo a sua dimensão (as PME subdividem-se em Micro, Pequenas e Médias empresas) no período 2006/2010, ou seja, os lucros de todas as empresas antes da crise (2006) e depois da crise (2007/2010). E a conclusão que se tira é a seguinte: entre 2006 e 2010, os lucros totais líquidos das empresas não financeiras aumentaram em 33,4%, pois passaram de 15.058,8 milhões € para 20.082,6 milhões €. No entanto, o aumento não foi igual para todas as empresas, pois as micro e pequenas empresas até registaram diminuição. Segundo o INE, entre 2006/2010, os lucros das grandes empresas (1082 empresas em 2010 ) aumentaram em +83,3%; os lucros líquidos obtidos pelas médias empresas (6281 empresas) subiram em 39,2%, mas os lucros das pequenas empresas (42662 empresas) diminuíram em -22,2%, e os lucros das micro empresas (1094215 empresas) reduziram-se em -12,5%”.

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(*) Diário As beiras, 10/8/2012

domingo, 12 de agosto de 2012

A MODA ESTÁ A PEGAR...

REBELIOM DO INFRAMUNDO (Rap)

O CRIME DO CAPITAL COMPENSA LARGAMENTE

Oficialmente,”o RERT III é um Regime Excepcional de Regularização Tributária, aplicável a elementos patrimoniais não localizados em Portugal em 31 de Dezembro de 2010, cujos correspondentes rendimentos não tenham sido declarados à Autoridade Tributária.

O regime permite que os detentores desses elementos patrimoniais, até 30 de Junho de 2012, regularizem a sua situação tributária, através do pagamento de uma taxa única (7,5%) sobre os elementos patrimoniais detidos no estrangeiro.”

Em linguagem mais simples, o RERT III constitui uma amnistia fiscal para a legalização de capitais retirados de Portugal à margem da lei. Mediante o pagamento de uma pequena taxa, os autores da fuga de capitais ficam livres dessa acusação que constitui um crime punível com até oito anos de prisão.

Este tema é abordado por Nicolau Santos, na página que habitualmente assina no suplemento Economia do “Expresso”, e em cuja parte final podemos ler:

“As amnistias fiscais, contudo, levantam a questão moral do benefício dos infratores. E este RERT já teve edições em 2005 (€41 milhões recuperados) e 2010 (€83 milhões), o que nos permite concluir que com regularidade as nossas elites colocam dinheiro fora do país; e que só quando as medidas apertam e há o risco de os seus nomes serem revelados na praça pública é que se apressam a declarar os pecados às autoridades.

Entretanto, quem tiver um simples e legal depósito a prazo em Portugal paga desde logo 20% de imposto de capitais. E a calsse média que trabalha por conta de outrem, na qual me incluo, foi coletada, só em impostos diretos, em 43,5% mais uma sobretaxa extraordinária de 3,5% em 2011, ou seja, entregou ao Estado 47% dos seus rendimentos em matéria de IRS. Do que lhe sobrou, gastou parte a comprar produtos que, na sua maior parte, são taxados com um IVA a 23%. Ou seja, a classe média, na qual me incluo (e que é manifestamente milionária) entrega ao Estado, entre imposto diretos e indiretos, qualquer coisa como 70% dos seus rendimentos. Quem vive de rendimentos do capital, que coloca ilegalmente no exterior, paga uma taxa de 7,5% para os legalizar, podendo mantê-los tranquilamente no exterior.

É mais uma prova de que de que a financeirização da economia mundial é profundamente lesiva da produção e do trabalho. E que este modelo é errado e injusto, pauperizando a classe média e criando sociedades cada vez mais violentamente desiguais.”

Pelo que ficou exposto, há que realçar, ainda, que esta medida (RERT III) constitui mais uma evidência do carácter de classe do Governo Passos/Portas – beneficiar ao máximo a concentração da riqueza num pequeno grupo, em detrimento da esmagadora maioria da população.

sábado, 11 de agosto de 2012

CITAÇÕES

[Na área da educação] As medidas adotadas pelo Governo têm três objetivos: primeiro, a redução cega de custos, obtida a partir do despedimento obsessivo de professores e de outros profissionais do sistema, da concentração de alunos em agrupamentos de dimensão cada vez maior, da transferência de encargos da responsabilidade do Estado para as famílias; segundo, obter dados estatísticos favoráveis às políticas do Governo, através da desvalorização e menorização de aprendizagens - desde as atividades físicas e desportivas às artes, à cultura e à formação para a cidadania - invocando a necessidade de priorizar "saberes essenciais" e "disciplinas fundamentais", de adaptar a Escola às "condições da sociedade", às "exigências do trabalho" ou do "mercado"; terceiro, colocar a Escola totalmente integrada e ao serviço das ideologias neoliberais e retrógradas que sempre se hão de opor à equidade e a direitos universais e solidários garantidos a todos os seres humanos.

A privatização da RTP é apenas isso: uma pura questão ideológica. Que em toda a Europa a transição do analógico para o digital tenha sido acompanhada de um aumento dos canais de serviço público (6 em Espanha, 10 em França, 11 na Alemanha, 22 no Reino Unido) enquanto em Portugal se verifica o inverso é puro fanatismo ideológico. O Governo acha que o serviço público de televisão deve ser residual, como acha exatamente o mesmo sobre serviços públicos de saúde, educação ou cultura. É isso, e só isso, que importa discutir.

Devo dizer que, a mim, tanto me faz se um político vai de férias para a Riviera ou para a Costa da Caparica. Se vive na Quinta da Marinha ou em Massamá. Desde que o dinheiro seja dele e honestamente o tenha ganho, ele que faça o que melhor lhe aprouver. O que me interessa é como trata o meu. E a imagem de Passos no meio de banhistas não muda um centímetro na convicção de que estou a se assaltado.
Daniel Oliveira, Expresso (sem link)


NÃO SE PASSA NADA...

“Grande parte da documentação dos submarinos desapareceu do Ministério da Defesa. Sumiram, em particular, os registos das posições que a antiga equipa ministerial de Paulo Portas assumiu na negociação”, assim começa uma notícia do JN de hoje, em referência ao famigerado mistério do sumiço de grande parte dos documentos relativos à compra de dois submarinos quando Paulo Portas era ministro de Estado e da Defesa Nacional, em 2004 durante o Governo de Durão Barroso. Depois de noutro país haver gente condenada por corrupção relacionada com a venda dos submarinos, apostamos que em Portugal nada vai acontecer e que o actual ministro dos Negócios Estrangeiros jurará a pés juntos que não faz a menor ideia do que se terá passado com aquela documentação…


"FACTURAS DE BETÃO"

UM TEMA FUNDAMENTAL PARA TODOS NÓS (em jeito de reposição)
Portugal vai fazer 9 barragens novas, que vão gastar mais electricidade do que produzir. Quem vai pagar são os consumidores, nas facturas.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

E POR FALARMOS EM TOLERÂNCIA... (*)

(*) Com os nossos agradecimentos ao Fernando Gregório

JUSTIÇA DE CLASSE

Todos nos lembramos das frequentes situações de microfurtos em hipermercados, cujo montante é irrisório mas que acabam por levar a tribunal os seus autores. Não passaria pela cabeça de ninguém que o dinheiro dos contribuintes possa servir para levantar um processo a um cidadão que furtou um champô numa grande superfície. A reacção do cidadão comum é do tipo “só em Portugal é que isto acontece”. Só que…

Todos nos recordamos dos motins que tiveram lugar em Londres há cerca de um ano. Pois bem, ficámos há pouco a saber que um cidadão português que vive em Manchester desde criança foi condenado a 16 meses de prisão por ter furtado, de uma loja, um gelado, durante esses acontecimentos, correndo ainda o risco de vir a ser deportado para Portugal como consequência da pena. Ao mesmo tempo que isto sucede, por terras britânicas, o reino de Sua Majestade continua a acolher o nosso conhecido advogado João Vale e Azevedo… Afinal, parece que a existência de uma justiça para pobres e outra para ricos talvez seja, acima de tudo, uma característica das sociedades marcadamente classistas.

A propósito, talvez tenha interesse completarmos esta ideia com a leitura de uma crónica que hoje encontrámos no “Diário As beiras”, assinada por Francisco Queirós. Começa assim:

“Anderson Fernandes, português, 22 anos, vive em Manchester desde criança. Agora arrisca-se a ser deportado para Portugal, onde só viveu quando era bebé por um par de anos depois de ter saído com os pais de Angola onde nasceu.

Anderson, durante os motins que agitaram a Inglaterra no verão do ano passado, roubou um gelado. Ele próprio relata o caso que mudou a sua vida: ”entrei na loja porque as luzes estavam acesas e a porta aberta. Entrei para comprar qualquer coisa. Mas quando estava lá dentro percebi que não havia ninguém, por isso servi-me na máquina de gelados, tirei um gelado e saí.” E acrescenta: ”Quando cheguei cá fora, comecei a comer, mas era de café e decidi deitá-lo fora. Uma rapariga que estava perto disse ‘se não gostas, dá-mo’. Então fui até à paragem do autocarro e fui para casa.””

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MARCHA DO PONTAL

O BUZINÃO E A MARCHA LENTA DE VIATURAS TERÃO LUGAR NO PRÓXIMO DIA 14 DE AGOSTO, COM CONCENTRAÇÃO PELAS 19.00 H (PARTIDA PELAS 19.30 H), NA EN 125, KM 86, FRENTE AO CAFÉ “VÁRZEA DA MÃO”, NO DESVIO PARA VALE JUDEU (ENTRE A ENTRADA PARA VILAMOURA E AS 4 ESTRADAS). FOI NESTE LOCAL QUE MORREU HÁ POUCO TEMPO UM MOTOCICLISTA, NUM BRUTAL ACIDENTE DE VIAÇÃO. DEPOIS A MARCHA INICIARÁ O SEU PERCURSO PASSANDO PELA RORUNDA DAS 4 ESTRADAS, ROTUNDA DO VIADUTO DA EN 396, FAZ INVERSÃO DE MARCHA NA ROTUNDA DA BP DE QUARTEIRA E VAI TERMINAR NAS 4 ESTRADAS.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

GREVE TRABALHADORES DA CARES (Grupo CGD)


Os trabalhadores da CARES lutam contra a deslocalização e precarização dos seus postos de trabalho.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

RELVAS FAMOSO EM MARTE...

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DESIGUALDADE NÃO É INEVITÁVEL

Desde há anos que se tem vindo a assistir a um aumento significativo da transferência dos rendimentos do trabalho para o capital. Ultimamente essa transferência tem acelerado e vai tornar-se vertiginosa com a entrada em vigor do novo Código do Trabalho imposto pela direita, apadrinhado pelo PS e aceite pela UGT. As desigualdades estão em crescendo e ameaçam tornar-se paisagem se os principais afectados continuarem a aceitá-las como uma inevitabilidade. Sabendo-se que nunca houve tanto dinheiro em circulação e estando as desigualdades a acentuar-se isso só pode significar que a riqueza se está a concentrar em muito poucos, em detrimento de uma larga maioria. Não é admissível que um idoso não possa comprar um passe de autocarro por a pensão de reforma não chegar ou que alguém deixe de comprar medicamentos essenciais por falta de recursos quando os dinheiros públicos estão a servir para, por exemplo, “tapar o buraco que os amigos de Cavaco deixaram no BPN e o que sobrar é para subsidiar a compra do BPN pelos angolanos”. A desigualdade não tem defesa possível nem é uma inevitabilidade a não ser que a aceitemos como uma espécie de castigo por um suposto pecado consumista que a propaganda do sistema tem usado com o maior despudor.

Na crónica que hoje assina no “Público”(*), José Vítor Malheiros aborda este tema de forma muito contundente como poderemos verificar pela transcrição seguinte:

“O discurso de defesa da desigualdade crescente - que já não é apresentada como um flagelo a combater mas como uma infeliz inevitabilidade, quando não como uma ferramenta da promoção da competitividade internacional - é, aliás, cada vez menos eufemístico. Num dos últimos programas da Quadratura do Círculo, o advogado António Lobo Xavier levava a desfaçatez ao ponto de declarar que a redução das desigualdades sociais não era "sustentável" e dizia que a relativa redução das desigualdades durante dois anos dos governos Sócrates teria provado isso mesmo, pelo descalabro financeiro que teria provocado. O mantra da direita caceteira que temos no poder é "gostávamos de combater as desigualdades, mas não temos dinheiro para isso", da mesma forma que Paulo Macedo diz que a única forma de defender o Serviço Nacional de Saúde é destruí-lo e que Mota Soares diz que a única forma de defender o Estado social é acabar com ele. Os indicadores da desigualdade enchem todos os dias as páginas dos jornais: há 463 mil desempregados sem qualquer tipo de apoio, há 40 mil idosos em Lisboa que deixaram de ter dinheiro para comprar passe, os escândalos tornaram-se estatística quotidiana. O discurso político demoniza estes miseráveis, humilhados e ofendidos. São o peso-morto que o Estado não pode suportar, que nos "puxam para baixo". Era bom se os pudéssemos ajudar, mas não temos meios. É pena, mas vamos ter de os deixar morrer. Todo o dinheiro que temos é para pagar aos banksters, a esses não podemos deixar de pagar. O dinheiro que temos é para tapar o buraco que os amigos de Cavaco deixaram no BPN e o que sobrar é para subsidiar a compra do BPN pelos angolanos. Não temos dinheiro para mais. Não temos dinheiro para ser solidários, não temos dinheiro para ser humanos. E, aliás, as pessoas já estão a habituar-se. Para Pais do Amaral, seria um choque deixar de ter dinheiro para comer, seria impensável, sorrimos perante a simples ideia, mas é uma pessoa de outra qualidade. Esta gente está habituada. A humanidade não é sustentável, a dignidade não é sustentável. É isso que a direita teima em nos ensinar: a humanidade não é uma opção política. Será que eles sabem mesmo o que nos estão a dizer?”

(*) A dignidade não é sustentável?

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

CUVI: NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL

Aqui deixamos o essencial da nota à Comunicação Social divulgada hoje, 6 de Agosto de 2012 pela Comissão de Utentes da Via do Infante


Faro, 6 de Agosto de 2012
Assunto: Marcha do Pontal!

Uma negra realidade abateu-se sobre o Algarve este verão. Como se não bastasse uma crise gravíssima que atinge dramaticamente o tecido económico e social da região, com muitas empresas falidas ou à beira da falência e muitos milhares de desempregados, tudo isto muito agravado devido às portagens na Via do Infante – temos o suplício infernal ao circular na EN 125, cujos acidentes rodoviários se sucedem diariamente, muitos deles com vítimas mortais e muitos feridos graves! Os responsáveis pela introdução das portagens empurraram os utentes para esta desgraça quotidiana. Temos ainda outras armadilhas fatais que espreitam na EN 125 – a paragem das obras de requalificação! Como a Comissão de Utentes já afirmou, o Algarve transformou-se numa “zona de guerra”.

A Comissão de Utentes lutará até ao fim pela abolição das portagens na Via do Infante. No entanto, esperava-se que o governo suspendesse as portagens no verão e trouxesse à luz do dia a avaliação da situação na região decorrente das mesmas, conforme prometeu, evitando assim mais desgraças e constrangimentos aos utentes e populações, já tão martirizadas! O 1º Ministro, outros membros do governo e o Presidente da República nada disto fizeram e, ainda por cima, vêm passar férias ao Algarve, uma região que tanto desprezam e penalizam! Ao persistirem nesta forma de atuação, os nossos governantes vão continuar a ser considerados personas non gratas por muito tempo – com receio de protestos e manifestações de desagrado, só assim se explicará tantos agentes de segurança a rodeá-los.

Como prometeu, a Comissão de Utentes irá continuar a desenvolver ações pela suspensão das portagens na A22 neste verão. Levará a efeito algumas ações surpresa, ou anunciadas com pouco tempo de antecedência, nos próximos dias. E irá promover um forte buzinão e uma marcha lenta de viaturas, denominada “Marcha do Pontal”, no próximo dia 14 de Agosto, com concentração pelas 19.00 horas, na EN 125, km 86, frente ao Café “Várzea da Mão”, no desvio para Vale Judeu (entre Boliqueime e as 4 Estradas – foi neste local que, ainda não há muito tempo, morreu um motociclista num brutal acidente de viação). Pelas 19.30 h a marcha lenta iniciará o seu percurso em direcção a Quarteira, passando pela Rotunda das 4 Estradas, Rotunda do Viaduto da EN 396, inversão de marcha na Rotunda da BP de Quarteira, terminando nas 4 Estradas. Certamente os apitos e os buzinões dos que lutam pela justiça e pela dignidade do Algarve, far-se-ão ouvir fortemente aquando da sua passagem pelo Aquashow, onde estarão em festa o 1º Ministro, membros do governo, deputados e outros responsáveis políticos que introduziram e defendem as famigeradas portagens na Via do Infante.

A Comissão de Utentes apela a todos os cidadãos, utentes, autarcas, empresários e outras entidades para participarem neste buzinão e marcha de protesto a favor da suspensão das portagens. Só com uma voz muito forte, unidade e luta determinada será possível levar os governantes a anular decisões erradas, apressando assim o fim das portagens no Algarve. Antes que seja tarde demais. Cidadãos, ergam-se e lutem! Pelo presente e pelo futuro do Algarve!

OS "VALORES" QUE O NEOLIBERALISMO NOS TRANSMITE

A propósito da recente publicação do número de empresas (73) em que Miguel Pais do Amaral tem assento nos conselhos de administração, achámos interessante divulgar parte de uma crítica contundente que Nicolau Santos assina no suplemento Economia do “Expresso” de 4/8 último.

(…)” Venho falar é de valores. Venho falar de gestores e advogados, de professores universitários e economistas, que concordam gravemente com as decisões governamentais de obrigar os titulares de cargos públicos a escolher entre os salários que auferem por servir a causa pública e as suas pensões e reformas – mas considerarem que acumular vários postos em conselhos de administração não só não é incompatível, como não lhes provoca nenhum sobressalto de consciência. O que venho falar é de uma elite, que sustenta de forma supostamente científica as fortíssimas medidas de austeridade que têm sido aplicadas aos funcionários públicos – mas não abre mão de nenhuma das prebendas e sinecuras que acumula. O que venho falar é de quem está a favor da alteração do Código de Trabalho para que os jovens deixem de ser discriminados em termos de emprego – mas não permite nenhuma mudança no grupo que se eterniza nestes apetitosos e bem pagos cargos em conselhos de administração. O que venho falar é de todos os que clamam pelas reformas estruturais para tornar o país mais moderno e competitivo – mas reservam para si a coutada dos conselhos de administração, onde não permitem nem mais concorrência, nem dão oportunidade aos mais jovens. O que venho falar é de uma casta, de uma oligarquia, que clama publicamente por mais transparência em todas as atividades do Estado – mas a recomendação do Código das Sociedades que menos cumpre é precisamente a divulgação e fixação da remuneração dos administradores das empresas cotadas.

Percebe-se. Estes senhores não gostam que se saiba que, num país com um milhão de desempregados, com 35% de taxa de desemprego entre os jovens, com um rendimento médio per capita inferior a mil euros, com quase três milhões de pessoas a viver no limiar da pobreza – o salário médio de cada um dos administradores não executivos tenha sido de €264 mil ou de €450 mil no caso dos executivos. O que estes senhores não gostam que se saiba é que neste país, numa crise brutal desde 2008, haja 21 administradores que receberam mais de um milhão de euros no ano passado.

O que estes senhores não gostam é que todos nós saibamos agora que, para manter as tais prebendas e sinecuras, o seu papel nestes conselhos de administração será sempre cordato e reverencial, nunca levantando ondas, não vá o cargo não ser renovado. O que estes senhores não gostam é que, a partir de agora, sempre que justifiquem publicamente os sacrifícios com que o povo está a ser supliciado para expiar os seus pecados consumistas, nos lembremos de quanto ganham pelas dezenas de cargos que ocupam. O que estes senhores não gostam é que definitivamente lhes tenhamos perdido o respeito.”


NUNCA ESQUECER - HIROSHIMA FOI HÁ 67 ANOS

domingo, 5 de agosto de 2012

AS ORIENTAÇÕES POLÍTICAS

Esta não é seguramente a altura do ano mais propícia para análises políticas muito profundas. Com a subida da temperatura do ar e o relaxamento típico característico dos períodos de férias (para quem ainda vai tendo trabalho), a tendência vai no sentido de não virarmos o nosso pensamento para os problemas mais complicados que nos afligem. De qualquer maneira, eles não desaparecem com a chegada do Verão e não podemos tapar o Sol com uma peneira.

Existe hoje uma ideia generalizada no sentido de se atribuir à deficiente qualidade das lideranças o impasse que se vive na Europa, tanto a nível global como no que se refere a cada país, individualmente.

É verdade que, se tomarmos Portugal como exemplo, não conseguimos encontrar actualmente, salvo raras excepções, políticos da qualidade que tivemos como nos primeiros tempos após a restauração da democracia. Nem vale a pena enumerarmos exemplos pois basta olharmos à nossa volta…

No que diz respeito ao resto da Europa, a situação não é muito diferente. No século XX, ninguém imaginaria que um país como a França tivesse como presidente da república uma personagem de opereta como é Sarkozy.

De qualquer maneira, para além da crise de lideranças, devemos reflectir no sentido das orientações políticas que vêm sendo tomadas e que pouco têm a ver com a efectiva defesa das necessidades das populações. Actualmente são os interesses do capital financeiro que determinam o essencial das nossas vidas. A existência do Estado Social como uma matriz do século XX transformou-se num empecilho para os donos do mundo. Tudo pode ser convertível em negócio, sem leis que o “atrapalhem”. A democracia é considerada coisa de extremistas de esquerda assim como a afirmação do Estado como agente indispensável de controle da economia.

Para além das lideranças, precisamos, particularmente, ter em conta o absoluto domínio do radicalismo neoliberal que tomou conta da sociedade europeia e que nos conduziu à situação catastrófica em que nos encontramos.

A propósito, achámos interessante completar este texto com um excerto de um artigo de opinião (*) do sociólogo Pedro Adão e Silva que vinha inserido no “Expresso” de ontem (4/8):

“Uma das ideias mais populares para explicar o impasse europeu é que enfrentamos uma crise de lideranças. É tentador pensar assim quando comparamos personalidades como Kohl, Miterrand e Delors com Merkel, Hollande e Barroso. Mas o mais provável é que lamentarmo-nos de que temos um problema com os lideres políticos sirva de pouco e não nos ofereça pistas para compreendermos o que é que está a correr mal na Europa.

Quem acredita que a crise se ultrapassa através da reinvenção de lideranças políticas, no fundo crê que, removidos os atuais políticos e substituídos por lideres carismáticos, os constrangimentos eleitorais domésticos desaparecerão por arte mágica. Pelo caminho a Alemanha seria capaz de concretizar o seu potencial hegemónico, desempenhando hoje o papel que o Reino Unido assumiu no século XX e os EUA no pós-Guerra – isto é, dinamizaria a economia europeia e permitiria, finalmente, que o BCE se tornasse um banco central à imagem dos existentes nos Estados-nação.

Este argumento, que é muito popular, esquece que a questão não é de liderança mas de poder. A este propósito, num interessante debate realizado há semanas, o politólogo norte-americano Daniel Drezner sublinhava no seu blog que acreditar que as coisas melhorariam desde que tivéssemos melhores lideres é um pouco como desejar que os políticos façam “as coisas certas”. Trata-se de um desejo razoável mas está longe de ser uma explicação ou uma prescrição.” (…)


“UMA QUERTÃO DE LIDERANÇA?”

CAOS NA 125

Na última edição do semanário “O Algarve” que é distribuída com o “Expresso”, a páginas 4 pode ler-se numa notícia com o título “Autarcas querem explicações do Governo sobre obras na EN 125” que “a AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve vai pedir uma reunião urgente com o ministro da Economia e do Emprego, na expectativa de resolver o impasse que levou à suspensão das obras na Estrada Nacional (EN) 125”. Como se sabe, “as obras de requalificação daquela estrada foram suspensas em Março, devido a dificuldades financeiras do consórcio construtor” tendo em atenção o que foi alegado na altura.

Recorde-se que a maioria PS/PSD, que domina a AMAL, tem vindo sucessivamente a assobiar para o lado perante os protestos desenvolvidos pela Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) no sentido de chamar a atenção para a criminosa manutenção das portagens na A22. Desde que se iniciou o pagamento de portagens já sucedeu um sem número de acidentes que ceifaram várias vidas na 125, como tem vindo a ser denunciado com oportunidade. A única explicação plausível para a inacção dos autarcas do bloco central tem a ver com interesses exclusivamente partidários. Por muitas lágrimas de crocodilo que vertam perante os prejuízos de toda a ordem que a actual situação acarreta, a verdade é que, tanto PS como PSD, a única coisa que pretendem é que as populações se vão resignando a mais estas dificuldades que lhes são impostas.

Desta vez, tanto Macário Correia como os seus comparsas na AMAL sentem que as suas intenções não estão a ter o êxito pretendido porque tanto residentes como visitantes já fizeram sentir que a actual situação não se pode manter. É completamente caricato o recente comunicado do Presidente do Conselho Executivo da AMAL numa tentativa de atirar areia aos olhos dos portugueses. Afirma ele que “estamos em pleno Verão, a circulação é mais lenta e com mais riscos de acidentes, com tanto cruzamento, entroncamento e áreas urbanas a atravessar”. Santa ingenuidade vir agora reconhecer, em plena época alta do turismo, que a situação que se criou com o pagamento de portagens a que se juntou a suspensão das obras de requalificação da 125 “irá ter consequências a todos os níveis de actividade económica” do Algarve.

Mas não nos deixemos enredar nesta conversa mole que nada diz de palpável para a solução de um problema tão premente. Com a aproximação das eleições autárquicas há que ir iludindo o povo. Por isso, cada vez mais se justificam as acções de protesto que a CUVI vem promovendo no sentido da abolição das portagens na Via do Infante. A 125, que se transformou numa rua, requalificada ou não, nunca vai ser alternativa á A22. Governo e autarcas sabem-no bem e é preciso que estejam cientes que as populações não vão deixar-se enganar.

sábado, 4 de agosto de 2012

CITAÇÕES

O mais recente relatório CMVM sobre as sociedades cotadas indica que, em 2010, os administradores executivos acumulavam, em média, o cargo com funções executivas em oito empresas. Portanto, eis os turbo gestores, a fina flor, a nata, crème de la crème. Se a CMVM levanta questões sobre conflitos de interesses e a capacidade para responder a tantos cargos é porque não conhece as excelsas faculdades destes Michaels Phelps da gestão.
Joana Amaral Dias, CM

Esta legislação [novo Código do Trabalho] que vão tentar impor no mundo do trabalho tem por objetivos: flexibilizar e precarizar o trabalho até ao limite possível; aumentar o desemprego para instabilizar, inquietar e desassossegar o mais possível a vida dos trabalhadores e das suas famílias; prosseguir a imposição de formas cada vez mais expeditas de aumentar e multiplicar a riqueza dos que se apoderaram do poder sem controle, designadamente através da redução dos salários e do aumento do tempo de trabalho.
Carvalho da Silva, JN

O apelo à nossa melhor humanidade, àquela que se materializa em solidariedade sem fronteiras, não pode ser um apelo a que abdiquemos da inteligência. E a inteligência obriga-nos a levar em conta dois dados essenciais. Primeiro, que as revoltas democráticas no mundo árabe foram sequestradas pelos jogos geopolíticos: na guerra síria joga-se porventura menos a democracia do que a fragilização do Irão por Israel e pela Arábia Saudita. Segundo, que a urgência de fazer alguma coisa tem décadas de resultados desastrosos, armando até aos dentes os aliados de agora que serão os patifes de amanhã.
José Manuel Pureza, DN

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

À DERIVA

Quanto mais tempo passa, menos a liderança de Angela Merkel sobre os parceiros europeus parece ser bem aceite.

SÜDDEUTSCHE ZEITUNG, MUNIQUE 

CAMPANHA AGROTÓXICOS

ISTO TAMBÉM NOS DIZ RESPEITO!

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Vídeo realizado para informar a sociedade sobre a gravidade da situação do uso dos agrovenenos no Brasil mas que constitui uma chamada de atenção também para nós

AO QUE ISTO CHEGOU!


Recorde-se que o valor médio desta prestação social em Junho foi de 92,62 euros, como se vê, uma autêntica fortuna…

Reivindicação justíssima: LEI CONTRA A PRECARIEDADE