sábado, 15 de março de 2014

CITAÇÕES



O organizador e prefaciador [Cavaco Silva] passa-nos o essencial do argumento da obra: cumprir sem pestanejar os ditames de Bruxelas é o maior dos desígnios nacionais, e isso há de ser assim até 2035.
(…)
Para ser best-seller, 2035 alimenta-se da ficção de que o presente de horror súbito só pode dar lugar a um futuro de horror permanente.
(…)
Consenso, afinal, há. Mas é para evitar que 2035 se cumpra como horror.

O Manifesto pela reestruturação da dívida já valeu muito pela agitação que desencadeou no pântano das inevitabilidades.
(…)
A 17 de maio não estaremos no fim do percurso, mas sim no fim de uma etapa de um longo percurso de empobrecimento e incapacitação do país.
(…)
O primeiro-ministro pode mesmo começar por explicar as duras medidas que tem escondidas até às eleições europeias.
(…)
"Todos sabemos que a dívida não pode ser paga até o último tostão" - dizem em privado os mesmos que mandam calar quem o reconhece abertamente -, "há verdades que não podem ser ditas porque os mercados se zangam".

O manifesto revela que o único consenso transversal existente hoje na vida pública portuguesa, é exactamente aquele que põe em causa a actual política do Governo e dos seus apoiantes.
Pacheco Pereira, Público (sem link)

Há quem veja a pressão de uma dívida impagável e de metas impossíveis como um excelente instrumento para imposição de um programa político.
Daniel Oliveira, Expresso (sem link)

Para termos níveis de dívida sustentáveis em 2035, teremos um país económica e socialmente desfeito. E, pior, teremos um regime político em escombros.
(…)
[O manifesto] talvez tenha sido a prova que faltava de que há um amplo consenso em Portugal e que Passos Coelho está mais isolado do que parece.
Pedro Adão e Silva, Expresso (sem link)

O Banco de Portugal foi cego no caso BPP, surdo no caso BPN e mudo no caso BCP. Só depois da revelação dos escândalos se incomodou.
Pedro Santos Guerreiro, Expresso (sem link)

A gritaria que por aí vai contra a “reestruturação honrada e responsável da dívida”, proposta pelo Manifesto dos 70, vai cair por terra quando a nudez forte da verdade se impuser ao manto diáfano da fantasia.
Nicolau Santos, Expresso Economia (sem link)

Os 70 defendem aquilo que aconteceu dezenas e dezenas de vezes em várias nações, nestes últimos anos: reestruturar prazos, juros e montantes.
Joana Amaral Dias, CM (sem link)

Parece evidente a necessidade de se quebrar este consenso neoliberal, favorável à direita defensora do Estado mínimo, enxertado na construção europeia e nas suas instituições.
André Freire, Público (sem link)

Sem comentários:

Enviar um comentário