quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

CORREIO DA MANHÃ ENTREVISTA O BLOQUISTA ANTÓNIO CHORA



A propósito da substituição do actual diretor-geral da Autoeuropa, Nicolau Santos chamava a atenção, na última edição do Expresso Economia, para a paz social que se vive naquela fábrica da Volkswagen, um contributo fundamental para a tornar a melhor unidade do grupo em termos de eficiência. Afirma Nicolau Santos que sem sombra de dúvida “essa paz social seria eventualmente mais difícil se não tivesse como interlocutor o coordenador da comissão de trabalhadores, [o bloquista] António Chora, que sempre mostrou disponibilidade para encontrar soluções quando houvesse dificuldades”.
É precisamente António Chora (AC) da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa que o Correio da Manhã (CM) entrevistou a semana passada, sobre a saída de António Melo Pires da fábrica de Palmela e cujas declarações foram publicadas na edição do passado dia 3 de Dezembro.
CM – Como vê a saída do diretor-geral da Autoeuropa, Melo Pires?
AC – É o fim de um ciclo, o que também é normal no universo Volkswagen. Por norma, estes cargos rodam a cada três anos e este diretor-geral até esteve cinco anos no posto.
CM – O que espera do sucessor de Melo Pires à frente da fábrica de Palmela?
AC – Ainda não há nomes ou datas. Mas quem quer que substitua Melo Pires na Autoeuropa, seria benéfico que tivesse experiência no lançamento de novos modelos e trouxesse consigo o espírito do grupo Volkswagen, no que diz respeito às relações laborais.
CM – Mas é o momento certo para fazer esta mudança, entre escândalos da VW e a corrida para produzir um novo modelo?
AC – Não há momentos certos ou errados. O mesmo aconteceu com a chegada de Melo Pires, foi momentos antes do lançamento do VW Sharan. Por isso, o que é importante é que o novo diretor-geral saiba o que está a fazer e consiga motivar os trabalhadores para corresponderem aos desafios.
CM – Tem alguma preferência para substituto?
AC – O mais importante é o trabalho em equipa na fábrica.

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