A
propósito da substituição do actual diretor-geral da Autoeuropa, Nicolau Santos
chamava a atenção, na última edição do Expresso Economia, para a paz social que
se vive naquela fábrica da Volkswagen, um contributo fundamental para a tornar
a melhor unidade do grupo em termos de eficiência. Afirma Nicolau Santos que
sem sombra de dúvida “essa paz social seria eventualmente mais difícil se não tivesse
como interlocutor o coordenador da comissão de trabalhadores, [o bloquista]
António Chora, que sempre mostrou disponibilidade para encontrar soluções
quando houvesse dificuldades”.
É
precisamente António Chora (AC) da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa que
o Correio da Manhã (CM) entrevistou a semana passada, sobre a saída de António Melo
Pires da fábrica de Palmela e cujas declarações foram publicadas na edição do
passado dia 3 de Dezembro.
CM – Como
vê a saída do diretor-geral da Autoeuropa, Melo Pires?
AC
– É o fim de um ciclo, o que também é normal no universo Volkswagen. Por norma,
estes cargos rodam a cada três anos e este diretor-geral até esteve cinco anos
no posto.
CM – O
que espera do sucessor de Melo Pires à frente da fábrica de Palmela?
AC
– Ainda não há nomes ou datas. Mas quem quer que substitua Melo Pires na
Autoeuropa, seria benéfico que tivesse experiência no lançamento de novos
modelos e trouxesse consigo o espírito do grupo Volkswagen, no que diz respeito
às relações laborais.
CM – Mas
é o momento certo para fazer esta mudança, entre escândalos da VW e a corrida
para produzir um novo modelo?
AC
– Não há momentos certos ou errados. O mesmo aconteceu com a chegada de Melo Pires,
foi momentos antes do lançamento do VW Sharan. Por isso, o que é importante é
que o novo diretor-geral saiba o que está a fazer e consiga motivar os trabalhadores
para corresponderem aos desafios.
CM – Tem
alguma preferência para substituto?
AC – O mais importante é o trabalho em
equipa na fábrica.
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