Há
fortes indícios de que Tayyp Erdogan, Presidente da Turquia, facilita ao Estado
Islâmico (EI) o escoamento para o mercado negro do petróleo proveniente dos territórios
que o movimento terrorista controla. Também parece não haver intenções de
esconder as relações de amizade que o próprio filho de Erdogan mantém com alguns
dirigentes do Daesh. O recente abate do avião russo por parte das forças
armadas turcas pode, inclusive, estar relacionado com a protecção da Turquia a “rotas
de abastecimento de petróleo” do EI. Entretanto é bom ter presente que a Turquia
é membro da NATO…
É
sobre este tema o texto seguinte de Nicolau Santos que recolhemos no Expresso Economia de ontem.
Na sequência do abate de um avião
russo por tropas turcas, Vladimir Putin acusou o seu homólogo turco, Tayyp
Erdogan, de responsabilidades diretas no incidente. O motivo seria proteger as
rotas de abastecimento de petróleo do Estado Islâmico, que passam pela Turquia.
A acusação de Putin parece excessiva mas não anda longe da verdade. Por outras
palavras, o EI vende no mercado negro o petróleo que controla. E escoa-o
através do território fronteiriço turco. Se os compradores são turcos ou de
outras nacionalidades ainda não se sabe, embora se suspeite. Mas que a Turquia fecha
os olhos a essa atividade ou pelo menos se mostra completamente incapaz de lhe
pôr cobro, isso é claro. Barack Obama apressou-se a dizer que a Turquia é
membro da NATO. É verdade. Mas há sinais que mostram que o Presidente turco apoia
os movimentos terroristas porque quer derrubar o Presidente sírio, Bashar
al-Assad –, que por sua vez é apoiado por Putin. A NATO não esconde o lado
escuro de Erdogan.
Sem comentários:
Enviar um comentário