sábado, 18 de maio de 2019

CITAÇÕES


Antes, durante e depois deste processo [de contagem do tempo de serviço], a vaga de hostilidade aos professores atingiu níveis elevados, com a comunicação social a escavar fundo a ferida, com sondagens orientadas e uma miríade de artigos de opinião e editoriais.
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Valia a pena parar para pensar, porque este movimento de hostilidade é mais anómalo do que se pensa, e acompanha outros, como o ataque aos velhos como sendo um “fardo” dos novos.
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Como a democracia é uma fina película contra a barbárie e é apenas defendida pela vontade dos homens e não por nenhuma lei da natureza, mais vale prevenir com todos os megafones possíveis.
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Por fim, e o mais importante, há uma desvalorização do papel do professor, de ensinar, de transmitir um saber.
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[Os professores] têm hoje uma das mais difíceis profissões que existe.
Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

Há uma espécie de casta que gira entre os partidos chamados do arco do governo, bancos e empresas e cuja missão é enriquecer de qualquer modo.
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Tal como Berardo a nata de outros tantos da mesma igualha e até de dirigentes desportivos (pelo menos um) do alto do seu esplendor foi deitando a mão a tudo o que podia abocanhar para subirem mais alto neste nosso reino mais ou menos apodrecido.
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Os donos disto tudo precisavam e precisam de ter os seus políticos e levá-los para a boa vida. Eram precisas parcerias com o dinheiro público. Era preciso privatizar.
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Face a este vendaval de gente sem escrúpulos, faltam sair à liça as mulheres e os homens escrupulosos, dedicados à causa pública, que querem servir as instituições e a República.
Domingos Lopes, “Público” (sem link)

[Centeno] jura que ceder aos professores essa coisa tão objetiva quanto um tempo efetivamente trabalhado seria “hipotecar” o futuro de todos, usando números que (…) são puro patinanço aritmético e que fazem de Centeno e do seu gabinete puros fakers.
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O que Centeno pede a milhões de portugueses com salário e reformas mínimas é que não tentem perceber sequer a enormidade das injeções na banca, mas que se escandalizem com os “privilégios” dos professores.
Manuel Loff, “Público” (sem link)

Quais são as “causas” que poderão agitar uma juventude a que chamam millenials mas para quem uma década é já tão longínqua como um milénio?
Elísio Estanque, “Público” (sem link)

Todos os fascismos tiveram, aliás, este denominador comum: o repudio da razão e da sabedoria por troca com a força do instinto e as certezas fundadas em ideias muito básicas.
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No pós-guerra, a consciência desta situação manteve-se muito presente e por isso, os Estados democráticos viram na expansão da educação e do conhecimento uma forma de impedir o regresso da ignorância e da barbárie.
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Este é, de facto, um dos problemas do mundo presente: um recuo do conhecimento que não seja iminentemente prático, o desinteresse por uma formação sustentada e até a desvalorização de quem a procura.
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Saber não dá prestígio, por estes dias. Pelo contrário, é muitas vezes confinado a margens e a vielas.

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