O que não se pode ignorar é o retrato
dessa elite que, entre negócios e oportunidades, foi amassando fortunas do
século XIX até hoje.
(…)
[Por decisão do governo PSD-CDS] os
bancos ficaram com o direito de contar como capital e até de pedir a devolução
ao Estado de um imposto que nunca pagaram. Já pediram e receberam 240 milhões e
estão agora a exigir mais 150, mas a fatura ainda vai no adro.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
[Berardo] é
apenas um de muitos oportunistas que ao longo de décadas se aproveitaram das
práticas promíscuas e de leis feitas à medida pelo centrão de interesses que
nos tem governado..
(…)
Não podem passar impunes
os banqueiros pilha-galinhas, os seus amigos credores privilegiados, os falsos
"empresários de sucesso"
(…)
Depois de receber mais de
20 mil milhões de euros de dinheiro público continua, com todo o à-vontade, a
parasitar a sociedade portuguesa.
(…)
[Os bancos] apanham o povo
prisioneiro deste parasitismo e teimam na missão de o ensinar a viver com menos
rendimentos.
(…)
São os cidadãos que pagam
a fatura quando as coisas correm mal [aos bancos], se bem que não seja o
público que recebe quando as coisas correm bem.
Tendo em conta que, tudo
indica, a maioria dos votos estará nos partidos à esquerda, a governabilidade
dependerá, de novo, de um entendimento a três.
Pedro
Adão e Silva, “Expresso” (sem
link)
Há apenas três anos, já a
penhora de Berardo era pública, [o estado] renovou o protocolo com a sua [de
Berardo] coleção.
(…)
Como mostra o caso SIRESP, há coisas que
não nasceram com Sócrates. Sendo um megalómano, apenas as levou mais longe.
Daniel Oliveira,
“Expresso” (sem link)
A novidade não é pois [Berardo] não se
ter recriminado, mas poder-se ter incriminado
(…)
O Governo, que concede o estatuto a toda
as fundações em Portugal, tem a obrigação de analisar se a de Berardo ainda
cumpre as condições que lhe permitem ter um tratamento fiscal especial.
(…)
Retirar comendas é um ato simbólico importante.
Mas mais do que o simbolismo é a lei. O caso é tão grave quanto isso.
Pedro
Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)
Sem comentários:
Enviar um comentário