[Os socialistas] já foram destroçados em
França pelo sucesso inicial de Macron.
(…)
Em Espanha [a chamada “frente
progressista”] seria um problema, porque Macron se aliou ao Cuidadanos, e não
vejo como possa haver um grupo europeu que tenha simultaneamente o PSOE, que
está no Governo, e esse partido de oposição de direita e que é aliado da
extrema-direita.
(…)
Alguém se poderia lembrar de perguntar
se esta aliança em Bruxelas [frente progressista] não é o contrário do que promete
o Governo em Lisboa.
(…)
A “frente progressista” talvez seja
então, e simplesmente, a prova da incoerência dos seus inventores, reduzidos a
manobrar em ziguezague por falta de um projeto apresentável.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
Não vivi antes do 25 de
Abril de 1974, mas não tenho qualquer dúvida que ele me trouxe inúmeras
vantagens.
Patrícia
Carvalho, “Público” (sem
link)
Façamos as livres escolhas
que nos competem, mas tenhamos consciência de que vivemos com uma moeda única
que é fraca de mais para alguns países da União e forte demais para todos os
outros.
(…)
Os primeiros acumulam
excedentes para ir às compras de ativos financeiros e reais no exterior,
enquanto os outros vivem com o credo na boca devido a défices externos de que,
nas condições atuais, não conseguem livrar-se.
(…)
Será imprescindível
discutir o que fazer com o sistema financeiro que não deixa de nos parasitar.
O Parlamento [Europeu] foi
sempre um ator secundário, apesar de ser aquele onde radica a legitimidade do
voto europeu.
Pedro
Adão e Silva, “Expresso” (sem
link)
Como nos anos 30, o
crescimento da extrema-direita resulta de uma incapacidade das democracias
liberais reagirem a uma crise do capitalismo e a um mal-estar social crescente.
(…)
Para a democracia
sobreviver ela tem de comportar, entre os que a defendem alternativas políticas
distintas.
(…)
Pode-se ser eurocético e
democrata. Até se pode ser eurocético porque se é democrata.
(…)
O argumento de que a Frente
Progressista será apenas uma aliança para defender valores basilares da
democracia é esfarrapado.
Daniel
Oliveira, “Expresso” (sem
link)
Não falar da União
Europeia é não só pior do que a não defender como até pior do que a não saber
criticar.
(…)
A União Europeia é um
projeto de prosperidade e de paz centrado nos povos, mas que se vai
descentrando deles.
(…)
O BE e o PCP fizeram as
melhores campanhas, porque não entraram no treme-treme interno.
(…)
E assim aqueles de que
mais se esperaria convocatória e esclarecimento sobre as eleições europeias
mais importantes das suas vidas políticas, foram os que mais encheram a boca
com flocos de nada [leia-se PS, PSD e CDS].
Pedro
Santos Guerreiro, “Expresso” (sem
link)
[Quanto a esgotos e
resíduos] Portugal vivia quase em pleno regime de “água vai” e foi o contexto
europeu, o seu quadro jurídico-administrativo e os seus apoios financeiros que
nos permitiram ter esperança, projeto e caminho.
(…)
E não fosse o fraco
desempenho interno que vai desde o efeito corrosivo das redes de interesses até
à frouxidão de alguns responsáveis, e a nossa
condição ambiental poderia ser bem melhor.
Luísa Schmidt, “Expresso” (sem link)
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