É difícil conceber como deputados
portugueses eleitos ao Parlamento Europeu conseguem votar negativamente ou
abster-se, relativamente a uma matéria humanitária tão pungente quanto uma proposta
que permitiria salvar vidas através da criação de mecanismos europeus de
protecção de vidas no Mediterrâneo.
A gente pode desgostar de
praticamente todos os aspectos da vida e da acção parlamentar, mas é ali que
está a democracia.
(…)
No cruzamento está o Diabo
à espera, ou o seu enviado Nuno Melo, querendo comprar a alma do CDS para ser o
Vox à portuguesa.
Pacheco
Pereira, “Público” (sem
link)
Um Portugal menos corrupto
é também mais coeso, menos desigual, mais próspero e mais democrático.
(…)
A corrupção é paga por
nós, mesmo quando não se trata de dinheiro dos nossos impostos.
(…)
Ainda que muitos
escândalos de corrupção envolvam o sector público, é importante sublinhar que a
corrupção não se resolve diminuindo o peso do Estado.
(…)
O que torna um país menos
corrupto são leis claras, uma justiça eficiente e muita transparência.
(…)
Portugal inventou um
esquema de vistos gold
que tem sido repetidamente apontado pelas autoridades europeias e pela
Transparência Internacional como uma porta
aberta a dinheiro sujo.
Susana
Peralta, “Público” (sem
link)
A Europa já não era
sinónimo de solidariedade, mas agora despiu-se de dignidade.
(…)
Os valores da humanidade
agonizam com o avanço do medo e do ódio.
(…)
Julgava impossível
assistir a essa demonstração de imensa falta de empatia com quem tanto sofre,
essa ausência de humanidade para com homens e mulheres como nós ou para com
crianças como as nossas.
(…)
A razão para que continue
a persistir a imensa rede de tráfico humano é o desespero de quem encontra
muros quando devia encontrar respostas.
Pedro
Filipe Soares, “Público”, Aqui
A Universidade é legítima,
os cursos profissionais são legítimos, todos os percursos são legítimos desde
que haja rigor. E adaptar o currículo e a avaliação quando é necessário não é
facilitismo, é justiça.
Maria
Joana Almeida, “Público” (sem
link)
O medo e o ódio são desde
sempre fertilizantes poderosos da pulsão fascista.
(…)
Políticas públicas
consistentes, economia revitalizada e reinvenção das utopias fornecem a
matéria-prima em que a esquerda europeia e alemã terão de trabalhar.
Elísio
Estanque, “Público” (sem
link)
Sabem o desespero que leva
uma mãe a pôr os filhos num barco sem a certeza de que voltem a pisar solo
firme outra vez?
(…)
Sabem o que são 17 mil pessoas mortas, em seis anos, no fundo do mar?
(…)
Sabem o que são valas
comuns, sem enterro, sem luto, sem choro, sem flores?
(…)
E quanto à morte desta
Europa em que julgávamos viver, queria apenas informar-vos que já fizemos o
luto.
Ana
Paula Cruz, “Público” (sem
link)
[O Dr. António Costa] nunca
promoveu um trabalho sério para apurar o que pensa a esmagadora maioria dos
professores de sala de aula sobre um conjunto de temas-chave, que permitiriam
reformar com solidez o sistema de ensino.
(…)
Não me espanta, dr.
António Costa, que a decisão política em Educação continue assente no
desconhecimento da realidade e no oportunismo político das madraças da
flexibilidade e da inclusão.
(…)
O contraste evidente entre
a presteza com que o Ministério da Educação suspendeu o professor agressor e a
espiral de silêncio em que envolve as constantes agressões a professores e
funcionários não pode passar de fininho.
(…)
[O dr. António Costa é] um
dos grandes responsáveis por, farisaicamente e de modo cruel e perverso, pôr a
sociedade e a opinião pública contra os professores.
(…)
O problema é que o dr.
António Costa afaga banqueiros e juízes sem perceber que morre lentamente uma
sociedade que não acarinha os seus professores.
(…)
Porque, independentemente
da responsabilidade subjectiva (que no caso vertente é sua), a responsabilidade
objectiva do Governo é proteger os professores das agressões de que são
vítimas.
(…)
A sua sorte, dr. António
Costa, é que os professores não são capazes de se unir, ao menos uma vez, para
reclamar o direito de ensinar em paz.
Santana
Castilho, “Público” (sem link)
O Parlamento foi empurrado
pelas ruas para a declaração de emergência climática, mas o anterior governo recusou-se a
efectivar esta declaração.
(…)
As centrais a carvão do
Pego e de Sines são responsáveis por até 20% das emissões nacionais de gases
com efeito de estufa. O seu encerramento é um passo em frente na efectiva
descarbonização.
(…)
O programa do Governo
continua a apostar no comércio europeu de emissões, uma fraude cuja
responsabilidade na redução de emissões é mínima, se alguma.
(…)
É necessário começar
imediatamente a requalificação profissional das centenas de trabalhadores de
Sines e do Pego.
(…)
A nacionalização desta
empresa [EDP] é um imperativo perante a ameaça clara de desmantelamento e a
necessidade da transição energética justa.
João Camargo, “Público”, Aqui
Sem comentários:
Enviar um comentário