sábado, 2 de novembro de 2019

CITAÇÕES


É difícil conceber como deputados portugueses eleitos ao Parlamento Europeu conseguem votar negativamente ou abster-se, relativamente a uma matéria humanitária tão pungente quanto uma proposta que permitiria salvar vidas através da criação de mecanismos europeus de protecção de vidas no Mediterrâneo.

A gente pode desgostar de praticamente todos os aspectos da vida e da acção parlamentar, mas é ali que está a democracia.
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No cruzamento está o Diabo à espera, ou o seu enviado Nuno Melo, querendo comprar a alma do CDS para ser o Vox à portuguesa.
Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

Um Portugal menos corrupto é também mais coeso, menos desigual, mais próspero e mais democrático.
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A corrupção é paga por nós, mesmo quando não se trata de dinheiro dos nossos impostos.
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Ainda que muitos escândalos de corrupção envolvam o sector público, é importante sublinhar que a corrupção não se resolve diminuindo o peso do Estado.
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O que torna um país menos corrupto são leis claras, uma justiça eficiente e muita transparência.
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Portugal inventou um esquema de vistos gold que tem sido repetidamente apontado pelas autoridades europeias e pela Transparência Internacional como uma porta aberta a dinheiro sujo.
Susana Peralta, “Público” (sem link)

A Europa já não era sinónimo de solidariedade, mas agora despiu-se de dignidade.
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Os valores da humanidade agonizam com o avanço do medo e do ódio.
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Julgava impossível assistir a essa demonstração de imensa falta de empatia com quem tanto sofre, essa ausência de humanidade para com homens e mulheres como nós ou para com crianças como as nossas.
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A razão para que continue a persistir a imensa rede de tráfico humano é o desespero de quem encontra muros quando devia encontrar respostas.
Pedro Filipe Soares, “Público”, Aqui

A Universidade é legítima, os cursos profissionais são legítimos, todos os percursos são legítimos desde que haja rigor. E adaptar o currículo e a avaliação quando é necessário não é facilitismo, é justiça.
Maria Joana Almeida, “Público” (sem link)

O medo e o ódio são desde sempre fertilizantes poderosos da pulsão fascista.
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Políticas públicas consistentes, economia revitalizada e reinvenção das utopias fornecem a matéria-prima em que a esquerda europeia e alemã terão de trabalhar.
Elísio Estanque, “Público” (sem link)

Sabem o desespero que leva uma mãe a pôr os filhos num barco sem a certeza de que voltem a pisar solo firme outra vez?
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Sabem o que são 17 mil pessoas mortas, em seis anos, no fundo do mar?
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Sabem o que são valas comuns, sem enterro, sem luto, sem choro, sem flores?
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E quanto à morte desta Europa em que julgávamos viver, queria apenas informar-vos que já fizemos o luto.
Ana Paula Cruz, “Público” (sem link)

[O Dr. António Costa] nunca promoveu um trabalho sério para apurar o que pensa a esmagadora maioria dos professores de sala de aula sobre um conjunto de temas-chave, que permitiriam reformar com solidez o sistema de ensino.
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Não me espanta, dr. António Costa, que a decisão política em Educação continue assente no desconhecimento da realidade e no oportunismo político das madraças da flexibilidade e da inclusão.
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O contraste evidente entre a presteza com que o Ministério da Educação suspendeu o professor agressor e a espiral de silêncio em que envolve as constantes agressões a professores e funcionários não pode passar de fininho.
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[O dr. António Costa é] um dos grandes responsáveis por, farisaicamente e de modo cruel e perverso, pôr a sociedade e a opinião pública contra os professores.
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O problema é que o dr. António Costa afaga banqueiros e juízes sem perceber que morre lentamente uma sociedade que não acarinha os seus professores.
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Porque, independentemente da responsabilidade subjectiva (que no caso vertente é sua), a responsabilidade objectiva do Governo é proteger os professores das agressões de que são vítimas.
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A sua sorte, dr. António Costa, é que os professores não são capazes de se unir, ao menos uma vez, para reclamar o direito de ensinar em paz.
Santana Castilho, “Público” (sem link)

O Parlamento foi empurrado pelas ruas para a declaração de emergência climática, mas o anterior governo recusou-se a efectivar esta declaração.
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As centrais a carvão do Pego e de Sines são responsáveis por até 20% das emissões nacionais de gases com efeito de estufa. O seu encerramento é um passo em frente na efectiva descarbonização.
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O programa do Governo continua a apostar no comércio europeu de emissões, uma fraude cuja responsabilidade na redução de emissões é mínima, se alguma.
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É necessário começar imediatamente a requalificação profissional das centenas de trabalhadores de Sines e do Pego.
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A nacionalização desta empresa [EDP] é um imperativo perante a ameaça clara de desmantelamento e a necessidade da transição energética justa.
João Camargo, “Público”, Aqui

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