sábado, 11 de janeiro de 2020

CITAÇÕES


Na semana em que o novo governo espanhol entrou em funções, a realidade mostra como a política do medo é sempre construída em cima de propaganda.
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Durante meses faltou bom senso e sobrou taticismo partidário [em Espanha], reduzindo a política ao que tem de pior.
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O taticismo favoreceu apenas a extrema direita.
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Tal como aconteceu em 2015 em Portugal, foi a pressão das urnas que obrigou o PSOE a abrir as portas a um verdadeiro diálogo.
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No entanto, outra grande mudança a registar no PSOE é a abertura ao diálogo com os diversos nacionalismos.
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O novo governo é um terramoto político para as direitas que apostaram tudo na sua impossibilidade.
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

A História, a sociedade e a política pouparam-nos, até às últimas eleições, deste fenómeno [da nova extrema-direita] que, sendo global, deve ser visto e combatido na sua dimensão doméstica.
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A “geringonça”, a pressão dos direitos do trabalho, a convocação da política como negociação constante foram preventivas.
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Os avanços do trabalho com direitos, das lutas com todos os seus nomes, do estado social, ditarão muito do que pode ser feito no combate ao crescimento desta direita radical populista.
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Não se deve entrar em histeria e não se deve ficar em silêncio; não se deve dar a dimensão que [a extrema-direita] não têm, nem ignorá-los.
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Não é fácil encontrar alguém mais filho do sistema do que André Ventura.
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O caso Tutti Frutti, a pensão vitalícia do seu porta-voz da segurança, as faturas falsas, o neoliberalismo radical do programa que prometia a destruição do estado social, tudo isto conta [para definir o partido de Ventura]
Cecília Honório, “Público” (sem link)

O que fizer ou não fizer Trump, e o que nós lhe permitimos, vai decidir as próximas décadas.
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Vejo com espanto a facilidade com que o discurso trumpista se interioriza [em Portugal], e como o caos e as contradições resultam em discursos salomónicos, e em benefício da dúvida.
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O discurso de Trump é simples: há vitórias e vitoriosos e derrotados.
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Agora que não têm as peias do acordo é o que os iranianos vão fazer [armas nucleares] a toda a velocidade.
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Não houve por isso vitória nenhuma [de Trump], só encurralamento cada vez maior no caminho de uma guerra generalizada.
Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

Durante séculos, brancos escravizaram, torturaram e mataram negros e violaram inúmeras mulheres negras e “mulatas”.
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A brutalidade racista continua ainda hoje com a violência policial e os ataques terroristas da extrema-direita.
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Racismo é terrorismo e traumatismo.
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A motivação racial pode estar tanto na origem do ato como na intensidade do golpe desferido [contra Luís Geovani].
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Ainda não conseguimos, enquanto espécie, fazer coincidir o “somos todos seres humanos” biológico com o social.
Luísa Semedo, “Público” (sem link)

[Portugal] não é um país para pessoas negras e não somos bem-vindos.
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Há mais de cinco décadas que os meus pais vieram para cá e cedo comecei a combater algo que dizem não existir.
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Os europeus não deixam os seus a morrer em alto mar.
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Os europeus não chamam os seus de “ilegais”.
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Os europeus não espancam os seus em esquadras de polícia e saem impunes.
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Sem qualquer poesia: sem justiça não há paz.
Nina Vigon Manso, “Público” (sem link)

Os líderes que pugnam por uma nova ordem mundial são exatamente os mesmos que, no plano interno dos seus países, prosseguem políticas de apoio ao armamento dos cidadãos.
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O assassinato do general iraniano constitui uma ação de guerra contra outro país, com a agravante de ter sido cometido noutro país…
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Portugal ficou em silêncio face ao assassinato do general iraniano, mas foi rápido a condenar o ataque militar iraniano aos EUA.
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São precisos Estados coerentes na defesa da paz no meio deste mundo caótico.
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O terrorismo deve ser banido, seja ele qual for, incluindo o de Israel e da Arábia Saudita.
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Trump já se apropriou da linguagem do Daesh e das suas mensagens de destruição dos símbolos civilizacionais.
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Vale sempre a pena ter presente que o Iraque tem hoje esta influência iraniana graças a George W. Bush.
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Só a melhor consciência dos povos e de cada cidadão aliada a todos os Estados vinculados aos princípios da paz mundial poderá impedir o rumo para a barbárie.
Domingos Lopes, “Público” (sem link)

Quem ouviu nestes dias Pablo Casado no Congresso espanhol, percebe facilmente o tom guerracivilista que por ali vai.
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O que ela [direita] pretende (e durante muitos anos conseguiu) é intimidar as esquerdas, e particularmente os setores mais tíbios do PSOE, que rejeitaram repetidamente esta solução à esquerda.
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O que pretende hoje a esquerda espanhola é, justamente, recentrar o debate no campo do social e, ao mesmo tempo, tentar abordar o da diversidade nacional no interior do Estado.
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Desde 2015, em quatro eleições consecutivas, as [esquerdas], bem mais diversificadas que antes, venceram sempre.
Manuel Loff, “Público” (sem link)

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