quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

OE 2020: 1ª INTERVENÇÃO DE CATARINA MARTINS




O Governo decidiu não negociar a proposta de Orçamento do Estado antes de a entregar ao parlamento. Foi um erro, té porque o Partido socialista não tem maioria absoluta mas sim um mandato popular para procurar entendimentos.
Inevitavelmente o Governo viu-se na necessidade de negociar. Agora com menos tempo e em condições mais difíceis. E se hoje começa este debate sabendo que a sua proposta de Orçamento chegará à especialidade é porque o PS cedeu a garantias mínimas para avanços na especialidade.
Falamos de mínimos, porque o conjunto de medidas que constam da proposta do Governo, relativas a rendimentos, salários e pensões – são insuficientes para responder por quem trabalha e trabalhou toda uma vida.
A sua opção de dar prioridade à obtenção de um excedente orçamental mantém um défice para a economia. O país inteiro sabe onde é que o dinheiro desse excedente deveria estar a ser aplicado. São as grandes crises dos nossos dias: os serviços públicos, a habitação, os transportes e a emergência climática. Para ter excedente, propõe um investimento público débil e insuficiente.  (Catarina Martins)

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