O Governo decidiu não negociar a
proposta de Orçamento do Estado antes de a entregar ao parlamento. Foi um erro,
té porque o Partido socialista não tem maioria absoluta mas sim um mandato
popular para procurar entendimentos.
Inevitavelmente o Governo
viu-se na necessidade de negociar. Agora com menos tempo e em condições mais
difíceis. E se hoje começa este debate sabendo que a sua proposta de Orçamento chegará
à especialidade é porque o PS cedeu a garantias mínimas para avanços na
especialidade.
Falamos de mínimos, porque o
conjunto de medidas que constam da proposta do Governo, relativas a
rendimentos, salários e pensões – são insuficientes para responder por quem
trabalha e trabalhou toda uma vida.
A sua opção de dar prioridade à
obtenção de um excedente orçamental mantém um défice para a economia. O país
inteiro sabe onde é que o dinheiro desse excedente deveria estar a ser
aplicado. São as grandes crises dos nossos dias: os serviços públicos, a
habitação, os transportes e a emergência climática. Para ter excedente, propõe um
investimento público débil e insuficiente. (Catarina Martins)
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