domingo, 26 de janeiro de 2020

MAIS CITAÇÕES (66)


Isabel dos Santos, “uma referência no mundo financeiro”, é hoje investigada em Angola num processo sobre apropriação de fundos públicos, que terão imposto ao “sonho dourado” a cruel realidade da acumulação primitiva.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

Nas UGF [Unidades de Gestão Florestal], os pequenos produtores continuam a gerir as suas terras de forma agregada, através de associações ou cooperativas.
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[Este Governo] manda para o lixo o esforço de muitos pequenos proprietários florestais, como em Nelas, disponíveis para agregar os seus terrenos numa gestão única, por eles dirigida.
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A legislação que enquadra a criação de OP [Organizações de Produtores] favorece os grandes proprietários, por ser demasiado exigente e limitadora da agregação de pequenos produtores.
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Nas EGF [Entidades de Gestão Florestal] o que mobiliza o capital financeiro é o lucro, não é a sustentabilidade ambiental ou o respeito pelos mais pequenos.
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Ao alimentar o produtivismo florestal intensivo, [esta política] cria terreno para desastres [ambientais] maiores.
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Também no que diz respeito à floresta, este OE2020 não protege os mais pequenos. Constitui, sim, um verdadeiro ataque aos mais pequenos e aos mais frágeis.
Carlos Matias, “Público” (sem link)

A desigualdade chegou ao ponto em que os 22 homens mais ricos do mundo possuem mais dinheiro que todas as 325 milhões de mulheres de África.
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Segundo uma sondagem da Reuters, quase dois terços dos norte-americanos é favorável à existência de uma categoria fiscal para os muito ricos.
António Rodrigues, “Público” (sem link)

Quando uma mulher negra é torturada por homens brancos que representam, ou não, a Lei, seu corpo torna-se corpo de todas as mulheres negras coexistentes no tempo presente.
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Quando homens brancos torturam mulheres negras, estão a negar-se enquanto seres humanos, porque sobre a sua espécie humana, de facto, nada sabem.
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Estamos ainda muito longe de co-criarmos igualdade de direitos entre mulheres, crianças e homens.
Rita Cássia Silva, “Público” (sem link)

Pensar o mundo como algo que existe na Europa, na América do Norte e nalguns países asiáticos é algo que não reflete a realidade.
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É por demais evidente que o capitalismo, nascido em boa medida dos Descobrimentos, sacou de África, América e Ásia riquezas incomensuráveis.
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Nos países do G7 os salários aumentaram 2% e os dividendos 31%.
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Só que a implosão daquele modelo [socialista] abriu os diques do desbragamento capitalista e aí está o neoliberalismo esfomeado a criar milhões de pobres para forjar um bilionário.
Domingos Lopes, “Público” (sem link)

Em “Os donos angolanos de Portugal” fica exposta com clareza – e sem grandes interpretações subjetivas – a extensão e a teia de cumplicidades entre capital angolano e empresas portuguesas.
Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

[Isabel dos Santos] acredita, como todos os milionários acreditam, que o enriquecimento precoce se deveu ao seu mérito.
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Isabel dos Santos foi fundadora de uma nova casta de capitalistas. Como foi apanhada pela mudança do poder em Angola, não chegou a tornar-se respeitável.
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

O que é chocante não é António Costa ter recebido Isabel dos Santos então, é ter feito pressão pública para que a justiça deixasse Manuel Vicente sair da alçada portuguesa cedendo às pressões de Angola. O que é chocante é ver tanta amnésia em Portugal de tantos mas tantos que se encheram de dinheiro negociando com angolanos e agora rasgando qualquer laço. O que é chocante é ter visto portas giratórias entre a política e os negócios. Porque “toda a gente” sabia de onde vina o dinheiro. Mas quase ninguém diz para onde ele foi.
Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

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