Isabel dos Santos, “uma referência no
mundo financeiro”, é hoje investigada em Angola num processo sobre apropriação
de fundos públicos, que terão imposto ao “sonho dourado” a cruel realidade da
acumulação primitiva.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
Nas UGF [Unidades de Gestão
Florestal], os pequenos produtores continuam a gerir as suas terras de forma
agregada, através de associações ou cooperativas.
(…)
[Este Governo] manda para
o lixo o esforço de muitos pequenos proprietários florestais, como em Nelas,
disponíveis para agregar os seus terrenos numa gestão única, por eles dirigida.
(…)
A legislação que enquadra
a criação de OP [Organizações de Produtores] favorece os grandes proprietários,
por ser demasiado exigente e limitadora da agregação de pequenos produtores.
(…)
Nas EGF [Entidades de
Gestão Florestal] o que mobiliza o capital financeiro é o lucro, não é a
sustentabilidade ambiental ou o respeito pelos mais pequenos.
(…)
Ao alimentar o
produtivismo florestal intensivo, [esta política] cria terreno para desastres
[ambientais] maiores.
(…)
Também no que diz respeito
à floresta, este OE2020 não protege os mais pequenos. Constitui, sim, um
verdadeiro ataque aos mais pequenos e aos mais frágeis.
Carlos
Matias, “Público” (sem
link)
A desigualdade chegou ao
ponto em que os 22 homens mais ricos do mundo possuem mais dinheiro que todas
as 325 milhões de mulheres de África.
(…)
Segundo uma sondagem da
Reuters, quase dois terços dos norte-americanos é favorável à existência de uma
categoria fiscal para os muito ricos.
António
Rodrigues, “Público” (sem
link)
Quando uma mulher negra é
torturada por homens brancos que representam, ou não, a Lei, seu corpo torna-se
corpo de todas as mulheres negras coexistentes no tempo presente.
(…)
Quando homens brancos
torturam mulheres negras, estão a negar-se enquanto seres humanos, porque sobre
a sua espécie humana, de facto, nada sabem.
(…)
Estamos ainda muito longe
de co-criarmos igualdade de direitos entre mulheres, crianças e homens.
Rita
Cássia Silva, “Público” (sem
link)
Pensar o mundo como algo
que existe na Europa, na América do Norte e nalguns países asiáticos é algo que
não reflete a realidade.
(…)
É por demais evidente que o
capitalismo, nascido em boa medida dos Descobrimentos, sacou de África, América
e Ásia riquezas incomensuráveis.
(…)
Nos países do G7 os
salários aumentaram 2% e os dividendos 31%.
(…)
Só que a implosão daquele
modelo [socialista] abriu os diques do desbragamento capitalista e aí está o
neoliberalismo esfomeado a criar milhões de pobres para forjar um bilionário.
Domingos
Lopes, “Público” (sem
link)
Em “Os donos angolanos de
Portugal” fica exposta com clareza – e sem grandes interpretações subjetivas –
a extensão e a teia de cumplicidades entre capital angolano e empresas
portuguesas.
Pedro
Adão e Silva, “Expresso” (sem
link)
[Isabel dos Santos]
acredita, como todos os milionários acreditam, que o enriquecimento precoce se
deveu ao seu mérito.
(…)
Isabel dos Santos foi
fundadora de uma nova casta de capitalistas. Como foi apanhada pela mudança do
poder em Angola, não chegou a tornar-se respeitável.
Daniel
Oliveira, “Expresso” (sem
link)
O que é chocante não é
António Costa ter recebido Isabel dos Santos então, é ter feito pressão pública
para que a justiça deixasse Manuel Vicente sair da alçada portuguesa cedendo às
pressões de Angola. O que é chocante é ver tanta amnésia em Portugal de tantos
mas tantos que se encheram de dinheiro negociando com angolanos e agora
rasgando qualquer laço. O que é chocante é ter visto portas giratórias entre a
política e os negócios. Porque “toda a gente” sabia de onde vina o dinheiro.
Mas quase ninguém diz para onde ele foi.
Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)
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