O Governo do PS parece
estar cheio de pressa para anunciar o lançamento de novas parcerias
público-privadas (PPP) na área da Saúde.
(…)
A pressa destes anúncios
contrasta com a lentidão do Governo a regulamentar
a Lei de Bases da Saúde, em particular os aspetos
sobre a gestão pública dos estabelecimentos do SNS.
(…)
Sabendo que as decisões
que está a tomar sobre novas PPP entram em choque com a nova Lei de Bases,
estará o Governo a protelar a regulamentação para, no entretanto, contornar a
lei? Parece que sim.
(…)
Voltar ao lançamento de
PPP na Saúde (…) é ressuscitar a entrega do SNS aos privados que figurava na
Lei de Bases do PSD e do CDS.
Moisés
Ferreira, “Público” (sem
link)
O terraplanismo é um
movimento cuja tese fundamental é a alegação de que a Terra é plana e não
esférica.
(…)
Várias motivações
terraplanistas têm origem religiosa. A tal motivação junta-se a ignorância e o
senso comum.
(…)
Mas a teoria da
conspiração é o que alimenta verdadeiramente o terraplanismo. Todas as
descobertas e evidências científicas são, para os terraplanistas, fabricações.
(…)
Tudo isto poderia ficar
arrumado no reino da comicidade, não fosse revelar uma inclinação dos tempos em
que vivemos, nos quais os obscurantismos parecem querer reordenar o mundo
conhecido,
(…)
E esta disponibilidade
para acreditar em conspirações de unicórnios é preocupante, porque alimenta posicionamentos
negacionistas da história e da ciência.
(…)
As teorias da conspiração
sempre existiram porque sempre houve quem com elas beneficiasse.
(…)
Primeiro, instala-se a
dúvida e encontram-se os bodes expiatórios, depois, reescreve-se a história de
acordo com as próprias necessidades.
(…)
Por mais que as ideias que
escapam à perceção sensorial possam ser explicadas e demonstradas, a
racionalidade não é linguagem que colha nos meios obscurantistas.
Francisco
Louçã, “Expresso” Economia (sem
link)
A finança está agora com
medo, antes de mais de si própria.
(…)
Como a finança reduz a exposição
ao risco, fraquejará a recuperação quando a quarentena acabar. Entrámos na era
do medo. E a consequência é a recessão.
Francisco
Louçã, “Expresso” Economia (sem
link)
A Operação Fora de Jogo só
surpreende por existir uma investigação judicial, mas não faz alçar as pestanas
pelas suspeitas em si.
(…)
Foi há mais de três anos (três!)
que o Expresso fez manchetes com caos suspeitos de fuga aos impostos no
futebol.
(…)
A Autoridade Tributária e
o Ministério Público investigam negócios de €200 milhões que terão gerado
fraudes de €40 milhões, milhões que terão sido lavados para reentrarem no
sistema.
Pedro
Santos Guerreiro, “Expresso” (sem
link)
Não há nenhuma
incompatibilidade entre fragmentação partidária e capacidade de compromisso.
(…)
Surpreende que o PS tenha
avançado com o nome [de Vitalino Canas para o Tribunal Constitucional] e que o próprio
não tenha tido a perceção do erro.
(…)
Os partidos não são
capazes de alcançar compromissos em torno de nomes para órgãos que asseguram a
estabilidade do regime.
Pedro
Adão e Silva, “Expresso” (sem
link)
Com as discordâncias que
nos separam, sei que Ana Gomes se move por convicções e por aquilo que
genuinamente acredita ser o melhor para o país. Seria uma candidata capaz de
juntar gente muito diferente. A única.
Daniel
Oliveira, “Expresso” (sem
link)
Vivemos uma atmosfera política onde, por
vezes, a defesa dos trabalhadores e da qualidade de vida, a luta pelos direitos
sociais e das minorias, o combate feminista, as batalhas contra o racismo e
pela proteção do ambiente, a salvaguarda da liberdade e da democracia, são
hierarquizados e fechados sobre si, em vez de concertados.
O mais extraordinário da epidemia do
coronavírus é que intervém de formas diferentes na economia. Atua tanto do lado
da procura como do lado da oferta.
Paul
De Grauwe, “Expresso” Economia (sem link)
Sem comentários:
Enviar um comentário