A vaga autoritária que [Trump e
Bolsonaro] lideram é a principal ameaça à democracia e estavam a ganhar.
(…)
O que lhes dava a vitória: era
simplesmente a capacidade de corporizarem uma sociedade de medo.
(…)
Em todo o mundo, os
neoliberais fazem fila para pedir a intervenção do Estado que salve vidas.
(…)
É mesmo (est)a resposta do mercado que
demonstra que a segurança só existe no depauperado e corajoso Serviço Nacional
de Saúde.
(…)
Se queremos discutir segurança,
comecemos pelo essencial, a vida e a saúde.
(…)
Tempos excecionais, medidas excecionais:
garantir os salários protege o emprego e mostra que, quando sairmos da emergência,
não é aceitável o regresso a uma austeridade de que já tivemos experiência.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
Os líderes políticos que
preferiram ignorar os factos científicos sobre o novo coronavírus e apoiar-se
em fake news sobre
o problema colocaram as suas populações a pagar bem caro a fatura de tamanha
negligência.
(…)
[O Bloco já propôs ao
Governo a ideia da] mobilização de todos os laboratórios do Sistema Científico
e Tecnológico Nacional para reforçar a resposta pública à pandemia.
Luís
Monteiro, “Público” (sem
link)
O que se passou
recentemente no hospital do SAMS é de uma gravidade extrema.
(…)
A administração deste
hospital privado decidiu encerrar todas as unidades de saúde depois de ter
contribuído (…) para um
surto de covid-19 que infetou vários profissionais de saúde e poderá também ter infetado vários doentes.
(…)
Depois disto, decide
enviar para lay-off
cerca de 1500 profissionais e transferir para o SNS todos os doentes que tinha
em internamento, assim como os seus 95 mil utentes.
(…)
Encerram todos os serviços
e sobrecarregam o SNS numa altura em que o mesmo SNS se confronta com uma
epidemia que levará ao limite a sua capacidade de resposta.
Moisés
Ferreira, “Público” (mais aqui)
[Por proposta do PSD e
CDS, a AR devia suspender os trabalhos o que] na prática, a Assembleia da
República desertava num dos mais difíceis momentos da nossa democracia. Parece
que é do sofá que o PSD quer acompanhar a situação do país.
(…)
Como a realidade
demonstrou, o funcionamento do Parlamento é necessário neste momento de crise
para aprovar as respostas essenciais.
(…)
A nossa batalha segue em
duas frentes, a da saúde e a da economia, não podemos descurar nenhuma. É isso
que a direita não está a compreender.
(…)
É agora que se tomam as
decisões que poderão salvar postos de trabalho e capacidade produtiva.
(…)
As escolhas do Governo
português ficam aquém da urgência que enfrentamos.
Pedro
Filipe Soares, “Público” (mais aqui)
A globalização do
individualismo narcísico está a dar o passo ao espetáculo da morte dos
infetados.
(…)
De repente, eis o que o
tempo, desde não se sabe quando até aos seus confins, nos mostra a fragilidade
de que são feitos os humanos.
(…)
Eis, nestas semanas de
chumbo, o valor do esforço dos que arregaçaram as mangas, enquanto as bolsas de
valores oscilam, mostrando a sua verdadeira face.
(…)
Os charlatães continuam a
discorrer sobre tudo o que a sua ignorância não os envergonha.
(…)
Este é um tempo que nos
obriga a pensar, tal como o fazem os prisioneiros, ou os confinados em defesa
de todos.
(…)
Todos estes mortos que nos
batem às janelas da alma impõem que reflitamos sobre a nossa condição humana,
devendo ser mais íntegros, mais solidários e que ultrapassemos o império do
dinheiro, das desigualdades e da hipocrisia.
Domingos
Lopes, “Público” (sem
link)
É garantindo o rendimento
de quem trabalha e não isentando-o da despesa que se socorre a economia.
(…)
Aos oportunistas
empresariais juntam-se os oportunistas políticos.
(…)
Com o medo os ateus descobrem
Deus e os neoliberais o Estado. Só não pensem que se converteram.
Daniel
Oliveira, “Expresso” (sem link)
À medida que a pandemia
avance, a erosão dos serviços nacionais de saúde criará contestação social e
portanto política.
(…)
À medida que se percam
empregos e rendimentos acelerarão as desigualdades e a insegurança.
(…)
A União Europeia está, por
enquanto, a mostrar o que verdadeiramente sempre foi e não o que quis (e quer?)
ser.
(…)
Ainda estamos no princípio
do que não conhecemos o meio, quanto mais o fim.
(…)
A seiva do descontrolo
social está alojado na planta que cresce.
Pedro
Santos Guerreiro, “Expresso” (sem
link)
Sem condições políticas
para uma resposta europeia, os países que mais vão precisar de recuperar a
economia serão também aqueles que menos condições financeiras terão para o
fazer.
Pedro
Adão e Silva, “Expresso” (sem
link)
A mesma coisa em ambos os
lados da crise global está em causa: a sobrevivência do ser humano e de valores
tão básicos como a justiça, o conhecimento científico, a democracia e o
reconhecimento de pertencermos todos a todos.
Luísa Schmidt, “Expresso” (sem link)
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