sábado, 6 de junho de 2020

CITAÇÕES


O que aconteceu [com os precários da Casa da Música] é gravíssimo e envergonha a cidade, a cultura e o país.
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A gestão da Casa da Música é um espelho de como muitas destas instituições (Serralves é outro exemplo, e parece que fez o mesmo com 21 precários do Serviço Educativo) são dirigidas.
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Quem decidiu e apoia estas práticas, tem a obrigação de ser demitido por quem tem o poder de fazê-lo.

Inúmeros estudos apontam para as mudanças que [fruto da crise pandémica] ocorreram nas relações laborais e sociais num curto espaço de tempo.
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Há uma área tecnológica que tem sido protagonista e cujas implicações estão muito além das promessas vendidas. Refiro-me às chamadas aplicações de rastreio.
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As aplicações de rastreio têm sido apresentadas por vários governos como uma espécie de magia: com a sua introdução consolida-se a perceção de que se está a fazer alguma coisa, mesmo que não seja o caso.
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Um exemplo claro dos problemas associados ao recurso às aplicações é o que se passa nos Estados Unidos, onde a aceitação de partilha de dados vem com o prémio de se ter vantagem nos tratamentos médicos.
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Especialistas de vários quadrantes apelam aos riscos associados a estas tecnologias. Vigilância em massa, numa espécie de big brother em versão sanitária.
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Acresce ainda o dado que nos chega dos países que já têm aplicações em funcionamento, que é o da sobreconfiança dos utilizadores.
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Parece cada vez mais evidente que [estas aplicações] não só não são necessárias como não substituem as reais respostas à crise pandémica.

A qualificação do racismo como desumano e como pecado diz que ele é História e não frivolidade momentânea, mostra como ele é estrutura e não só atitude, evidencia como ele é conformador de hierarquias e de políticas de exclusão e não apenas estupidez de uns quantos.
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Mas dizer que o racismo é esse momento de violência espetacular é o mesmo que reduzir o movimento das placas tectónicas à irrupção vulcânica que ele provoca.
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A morte por asfixia de George Floyd por um polícia branco foi um vulcão de enorme intensidade.
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O “I can’t breath” de Floyd foi a voz do sufoco a que gerações sucessivas de afrodescendentes norte-americanas foram sendo sujeitas no dia a dia do emprego, do hospital, da escola, do tribunal, da prisão, do espaço público.
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A discriminação racial tem um avesso e esse é o de um contrato social amplo que inclua, pelas políticas concretas, quem dele tem estado excluído pelo preconceito.

A interdependência internacional, quando levada para além do limite, tende a reduzir a capacidade de resposta aos riscos sistémicos por parte dos estados.
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Só o Estado tem o poder de reunir recursos financeiros, por emissão de dívida ou financiamento monetário, num quadro de crise de liquidez.
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Os espartilhos e práticas da União Europeia colocam o Estado português, como outros, sem saber com o que pode contar e, portanto, sem saber o que pode fazer.
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Está prometida uma chuva de euros de que não se sabe, com rigor, qual o montante ou quando e em que condições virá.
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Fora do Estado, manifestaram-se algumas ausências ruidosas. Na saúde, onde esteve o "pujante" setor privado?
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No assegurar de liquidez, onde teria estado a Banca se não existissem garantias públicas?
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No emprego, como teriam estado muitas empresas se não fosse a subvenção chamada lay-off ?
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A capacidade demonstrada pelo Estado (…) é o resultado da ação da esmagadora maioria dos trabalhadores que ainda existem na Administração Pública.

À escala global, os sectores mais conservadores e extremistas encontraram todos os condimentos nestas lideranças [de Trump e Bolsonaro] para o reforço da simbologia associada aos mais tenebrosos desígnios de demagogia, racismo, desinformação, agravamento das desigualdades, supressão de direitos e tratados de criminologia ecológica.
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Trump, em três anos, fez terraplanagem do terreno para o que agora se vê nas ruas. Bolsonaro precisou de apenas um ano e meio para esquartejar o Brasil em metades.
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Assistimos a algo que não tardará a transformar-se em ferro e fogo.
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São essas condições de injustiça que levam a que muitos pensem não ter outra alternativa senão a de recorrer à rebelião.

[Desempregados] é o que acontece com a maioria dos estudantes estrangeiros, a quem a pandemia e o confinamento deixou numa situação muito angustiante
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Há muito que o ensino superior público deixou de cumprir em Portugal qualquer função democratizadora.
Manuel Loff, “Público” (sem link)

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