sábado, 6 de junho de 2020

NO DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, O BLOCO DE ESQUERDA APRESENTOU A LEI DE BASES DO CLIMA




No Dia Mundial do Ambiente, o Bloco de Esquerda agendou um debate de urgência para a resposta à crise climática.
O deputado Nelson Peralta explicou que “a redução das emissões durante a crise do Covid-19”, resultado do confinamento a nível mundial, representam apenas “um intervalo na poluição que não é solução – precisamos de mudanças estruturais”.
“100 empresas são responsáveis por 70% das emissões globais, beneficiam com os lucros de um sistema de extração contínua de recursos. As populações mais pobres contribuíram menos para as alterações climáticas e são agora aquelas que mais sofrem com os efeitos da crise climática”, denunciou o deputado.
Nelson Peralta criticou algumas das “soluções” apresentadas até agora, como “a criação de novos mercados de carbono” que apenas “insistem na financeirização e na especulação”, assim como o “princípio do pagador-poluidor” que “confere direitos de poluição a quem mais tem”.
“Precisamos de uma transição ecológica e energética que crie emprego para as necessidades da sociedade e do planeta, nas energias renováveis, na habitação, nos serviços públicos, na segurança alimentar, na proteção da biodiversidade”, defendeu o deputado.
Nelson Peralta alertou também para o modo como olhamos para a floresta, criticando o monocultivo do eucalipto e afirmando que precisamos de “um território adaptado e protegido dos efeitos dos fenómenos climáticos extremos, como os incêndios”.
O Bloco apresentou [ontem] a sua Lei de Bases do Clima, que prevê que a maior parte do corte de emissões se dê já até 2030 e que seja possível antecipar a data para a neutralidade carbónica.

Sem comentários:

Enviar um comentário