No Dia Mundial do Ambiente, o
Bloco de Esquerda agendou um debate de urgência para a resposta à crise
climática.
O deputado Nelson Peralta
explicou que “a redução das emissões durante a crise do Covid-19”, resultado do
confinamento a nível mundial, representam apenas “um intervalo na poluição que
não é solução – precisamos de mudanças estruturais”.
“100 empresas são responsáveis
por 70% das emissões globais, beneficiam com os lucros de um sistema de extração
contínua de recursos. As populações mais pobres contribuíram menos para as
alterações climáticas e são agora aquelas que mais sofrem com os efeitos da
crise climática”, denunciou o deputado.
Nelson Peralta criticou algumas
das “soluções” apresentadas até agora, como “a criação de novos mercados de
carbono” que apenas “insistem na financeirização e na especulação”, assim como
o “princípio do pagador-poluidor” que “confere direitos de poluição a quem mais
tem”.
“Precisamos de uma transição
ecológica e energética que crie emprego para as necessidades da sociedade e do
planeta, nas energias renováveis, na habitação, nos serviços públicos, na
segurança alimentar, na proteção da biodiversidade”, defendeu o deputado.
Nelson Peralta alertou também
para o modo como olhamos para a floresta, criticando o monocultivo do eucalipto
e afirmando que precisamos de “um território adaptado e protegido dos efeitos
dos fenómenos climáticos extremos, como os incêndios”.
O Bloco apresentou [ontem] a sua
Lei de Bases do Clima, que prevê que a maior parte do corte de emissões se dê
já até 2030 e que seja possível antecipar a data para a neutralidade carbónica.
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