(…)
[Também] a Literacia
Financeira e Educação para o Consumo é que apoquenta esta elite.
(…)
A instabilidade política
não chega nem perto da intranquilidade que o estudo sobre Direitos Humanos leva
a estas personalidades de direita.
(…)
Parece quase uma anedota
que a direita se resuma a estes assomos inexplicáveis à larguíssima maioria das
pessoas.
(…)
Uma disciplina que versa
temas como Direitos Humanos, Igualdade de Género, Interculturalidade,
Desenvolvimento Sustentável, Instituições e Participação Democrática, Segurança
Rodoviária, etc., não é a raiz dos problemas na sociedade, certamente.
(…)
O que seria da Escola
Pública se as disciplinas passassem a ser opcionais em função das vontades e
humores mais diversos?
(…)
Há coisas assim, a silly season nem sempre se
cinge a agosto e entramos em setembro com a segunda temporada desta série de
fraca qualidade.
(…)
A direita portuguesa está
num caminho de radicalização, este é apenas mais um exemplo.
Pedro
Filipe Soares, “Público” (sem
link)
Os problemas com que
Portugal se depara hoje e as dificuldades com que a maioria das pessoas se
debate são, infelizmente, de maior dimensão que em finais de 2015.
(…)
No plano mundial as
dinâmicas em marcha aceleram desigualdades e aumentam a especulação financeira.
(…)
O desemprego vai ser tão
ou mais grave que na anterior crise e é enorme o número de trabalhadores sem
acesso a subsídio de desemprego.
(…)
No plano político
nacional, a extrema-direita foi penetrando na sociedade e arrasta a Direita, no
seu todo, para políticas mais conservadoras e retrógradas.
(…)
É, pois, imperioso
aumentar-se a exigência de convergências e compromissos entre as forças da
Esquerda.
(…)
Como se provou na anterior
legislatura é pela Esquerda que se pode gerar esperança e confiança no futuro.
No espaço de poucos meses,
o Centeno que perseguia a verdade e - em simultâneo - a cadeira de Carlos
Costa, deu lugar ao governador que se senta em cima dos mesmos relatórios
secretos do antecessor [sobre o Novo Banco], fechando-os a sete chaves.
(…)
Se há queijo com buracos e
pedaços omissos, é mesmo o da bola de novelo do BES/ Novo Banco.
Por ser um privilégio [o distanciamento
social], as maiores vítimas da pandemia na população ativa foram os que
estiveram na linha da frente e a quem ninguém bateu palmas.
(..)
Quando vejo um
líder de extrema-direita chamar “parasitas” aos que fazem o trabalho que mais
ninguém quer sinto nojo.
Daniel Oliveira, “Expresso” Diário (sem link)
[Não é inteiramente
verdade mas] a Festa do Avante!
foi vista como um caso excepcional de complacência das autoridades
sanitárias, por troca de favores políticos.
(…)
Acresce que há
possibilidade de existirem cadeias de transmissão
da covid com origem no ajuntamento da Festa.
(…)
[A fúria atual com a Festa
do Avante] tem uma clara motivação política, longe de qualquer preocupação com
a pandemia e muito menos com os trabalhadores dos espectáculos e festivais.
(…)
A vida política portuguesa
vai ser crescentemente perigosa, num caminho que encontra em Trump um
inspirador não nomeado por vergonha, mas real.
(…)
A Festa é ao mesmo tempo
provinciana e cosmopolita, e transmite aos que a visitam esse sentimento de que
fazem parte de uma comunidade nacional e de um movimento internacional, com
amigos e inimigos.
(…)
O que se passa à volta da
Festa é um sinal preocupante da evolução da vida política portuguesa, a caminho
de um cada vez maior radicalismo, no limiar da raiva e da violência.
Pacheco
Pereira, “Público” (sem
link)
A renúncia dos últimos
dois contratos petrolíferos em Portugal marca o fim de uma das mais bem
sucedidas lutas sociais em Portugal das últimas décadas.
(…)
O fim da tentativa de
explorar petróleo e gás em Portugal é uma derrota do governo actual e anterior.
(…)
É também uma derrota da
maioria dos partidos políticos que, no Parlamento, viabilizaram reiteradamente
a continuação da pulsão suicida do capitalismo fóssil.
(…)
A articulação de
movimentos pela justiça climática, movimentos locais e algumas associações
ambientalistas, com um poder local a responder à reivindicação e à movimentação social, reproduziu-se em todo o país.
(…)
[A aliança entre o centrão
e a extrema-direita] nunca parou de apoiar a exploração de petróleo e gás em
Portugal.
(…)
Dos 15 contratos que
existiam em vigor em 2015, todos foram cancelados. Todos.
(…)
Este desfecho é uma grande
vitória do movimento pela justiça climática, uma vez mais contra empresas e
governos que pouco mais fazem do que representá-las.
(…)
O colapso organizado da
indústria petrolífera é uma necessidade imperativa da Humanidade para travar os
piores cenários das alterações climáticas.
João Camargo, “Público” (sem link)
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