domingo, 18 de outubro de 2020

CITAÇÕES

 
Em setembro deste ano, 42% dos desempregados inscritos nos centros de emprego não tinha acesso a subsídio de desemprego, mesmo considerando o subsídio social.

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A crise atual obrigou a criar um apoio extraordinário, que chegou a 160 mil recibos verdes, mas que termina este mês.

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O subsídio social de desemprego tem como limiar 351 euros, muito aquém do limiar de pobreza.

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O apoio extraordinário aos independentes tem um valor médio de 227 euros.

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Há 50 mil pessoas que têm agora subsídio de desemprego e que, em 2021, vão vê-lo terminar. Se nada for feito, podem ficar totalmente desprotegidas.

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Na proposta de Orçamento do Estado para 2021, mantêm-se os prazos de duração do subsídio de desemprego que PSD e CDS puseram na lei em 2012, desprotegendo milhares de pessoas.

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A prestação calibrada pelo governo é incapaz de “não deixar ninguém para trás”, porque vai excluir dezenas de milhares de pessoas.

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O apoio proposto pelo Governo não serve para responder às pessoas e à crise.

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Olhando para os detalhes e fazendo simulações, verifica-se que há milhares de pessoas que vão ficar de fora.

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Na realidade, podemos estar perante um processo semelhante ao que já aconteceu este ano com o anúncio do “subsídio para os cuidadores informais” e com o “apoio para os trabalhadores informais”.

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No mês passado, por causa das regras e da condição de recursos, só 32 cuidadores em todo o país tinham acedido ao apoio!

José Soeiro, “Expresso”Diário

 

O desconfinamento trouxe apelos à praia, aos espetáculos, ao lazer, ao consumo. 

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O primeiro-ministro surpreendeu o país com a obrigatoriedade de instalarmos nos nossos telemóveis a aplicação “Stayaway Covid”.

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É neste momento que devem começar a soar os alarmes para sairmos em defesa da democracia e do Estado de direito? Creio que sim. 

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Sabemos o que significa quando a tecnologia nos começa a ser imposta por lei, as portas que se abrem e os mundos aterradores que se escondem atrás delas.

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A fraqueza do governo está para lá desta proposta, ela é sintoma de uma incapacidade que se instala perante o galopar dos números da pandemia.

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[Há que] executar rapidamente o que já devia estar feito: garantir os meios e recursos para que os serviços de saúde não percam o pé neste tsunami.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

Se o Governo não tem qualquer vontade de encontrar consensos mínimos (…), António Costa parece apostado numa crise política para abraçar um novo Bloco Central.

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O súbito endurecimento do discurso de António Costa está a conseguir criar forças de bloqueio e de ingovernabilidade que justifiquem o Bloco Central que Rui Rio sempre quis abraçar.

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E assim cairão por terra muitas ou quase todas as conquistas e reposições de direitos que vinham a ser progressiva, sistemática e proporcionalmente conseguidas pelos acordos à Esquerda.

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Eis que se percebe que a tentação de olhar à direita era o verdadeiro plano B [de Costa]. 

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Pelos vistos, pela primeira vez e estranhamente, António Costa está confiante de que comprará paz social pelo facto de ter descoberto um parceiro à direita que lhe serve de muleta.

Miguel Guedes, JN

 

[O OE 2021] parece ser um Orçamento peado pela desconfiança face às políticas da União Europeia (UE), e pode vir a confirmar-se algo desfasado no tempo.

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O país precisa de um OE ambicioso no investimento, coisa que este está longe de ser. 

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Portugal tem recursos limitados e parte significativa deles está captada por compromissos desastrosos como o do Novo Banco.

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Os recursos financeiros que daí [UE] virão estão ainda carregados de incertezas (prazos, condicionalismos e até volume) e a gestão operacional a pôr em prática é tarefa árdua.

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O dinheiro deve ser investido ao serviço de uma estratégia nacional de desenvolvimento.

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Muitos dos políticos e alguns empresários que gritam contra este OE porque ele "protege as famílias, mas não as empresas", sabem muito bem que os apoios às empresas estão no OE em várias rubricas.

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O OE para 2021 deve ser reforçado na área social considerando os problemas a jusante e a montante.

Carvalho da Silva, JN

 

Conhecendo-se bem a predileção de Cristo pelos pobres é curioso observar que este mundo está no essencial determinado pelo mundo da finança, dos super-ricos e sacerdotes desse ofício ou simples seguidores dos caminhos do ouro.

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As despesas no SNS, na escola pública, na função pública, na Justiça são absolutamente essenciais para proteger a saúde, a educação, o acesso a serviços públicos e à justiça. 

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O grande problema da direita reside no facto de temer que os serviços públicos cheguem a funcionar moderna e eficientemente.

Domingos Lopes, “Público” (sem link)

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