domingo, 18 de outubro de 2020

HÁ 38 ANOS QUE ADRIANO NOS DEIXOU PARA SEMPRE

 

Fez anteontem 38 anos que se calou uma das vozes que tantas vezes cantou a Liberdade.

No entanto, o Adriano e os seus ideais de justiça e de liberdade continuam bem vivos dentro de todos aqueles que resistem e dizem “não” à sua eliminação.

No aniversário da sua morte, soneto de Manuel Alegre dedicado a Adriano Correia de Oliveira:


"Não era só a voz o som a oitava

que ele queria sempre mais acima

nem sequer a palavra que nos dava

restituída ao tom de cada rima.

 

Era a tristeza dentro da alegria

era um fundo de festa na amargura

e a quase insuportável nostalgia

que trazia por dentro da ternura.

 

O corpo grande e a alma de menino

trazia no olhar aquele assombro

de quem quer caber e não cabia.

 

Os pés fora do berço e do destino

alguém o viu partir de viola ao ombro.

Era Outubro em Avintes. E chovia."

Via Luís de Paula Campos


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