sábado, 24 de outubro de 2020

CITAÇÕES

 
Após meses de impasse, o Governo não cedeu um milímetro na legislação do trabalho, que continua essencialmente como Passos a deixou. 

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Até agora, nenhuma mudança estrutural na proteção do emprego foi aceite pelo Governo.

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A retoma do princípio de contributividade no subsídio de desemprego (ou seja, o valor do subsídio ser uma proporção do salário e não de um indexante social) foi rejeitada.

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Em 2021, de acordo com a proposta do Orçamento, vão manter-se os cortes da troika na duração do subsídio.

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O Governo recusou até um compromisso para a criação de uma “nova prestação social”, que chegou a ser anunciada no verão por António Costa

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Faz sentido que um acordo à Esquerda assente, num ano como este, no compromisso de que nada muda do que a Direita fez nas prestações de desemprego?

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Nas novas questões [sobre o trabalho e as suas regras], de que serve enunciar princípios pomposos se logo se diz que eles podem ser afastados por contrato individual, imposto pelo empregador?

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Mas o futuro que a esquerda tem a propor é a manutenção, sem fim à vista, do desequilíbrio que a direita inscreveu na lei do trabalho? 

José Soeiro, “Expresso” Diário

 

É nestes momentos de instabilidade que a vida nos mostra os pilares fundamentais.

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E foi o trabalho de décadas, contra inúmeros cortes orçamentais e preconceitos ideológicos vários, que permitiu ao SNS passar este desafio [da 1º vaga da covid-19].

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Ainda não estava nos nossos horizontes a crise pandémica, mas havia a certeza de precavermos as necessidades do país [em termos de saúde].

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Chegou a pandemia e aconteceu um movimento inesperado: no decorrer do ano o SNS perdeu quase mil médicos.

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Da promessa de garantir médicos de família a todas as pessoas ficamos com a dura realidade de termos quase um milhão de pessoas sem médico de família devido à saída de clínicos.

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A política de saúde deve ter a devida preparação. Não se esgota em concursos e anúncios, tem de ter conteúdo e horizontes.

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A espinha dorsal do SNS são os seus profissionais. 

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

Quando observamos a evolução do peso dos rendimentos do trabalho no Produto Interno Bruto (PIB) constata-se uma queda da parte do trabalho, quase contínua, durante duas décadas.

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Só o Governo PSD/CDS, através da aplicação das receitas de desvalorização interna recomendadas pela troika e ampliadas pelo próprio Governo, impôs uma perda superior a cinco pontos percentuais entre 2010 (56,5) e 2015 (51,5). 

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[O Governo] afirma preocupações sociais e adota algumas medidas reparadoras, mas não prepara barreiras que impeçam uma nova vaga de desvalorização salarial.

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As políticas de baixos salários são apresentadas [pela direita] como inevitáveis e necessárias.

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[A procura interna e externa] e a constatação de que a pobreza é impeditiva do desenvolvimento, reforçam a necessidade de um forte combate à desvalorização salarial.

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O Governo e o PS andam mal quando proclamam que os seus interlocutores preferenciais são os partidos à sua Esquerda e, depois, afunilam toda a discussão de políticas com eles em torno do Orçamento.

Carvalho da Silva, JN

 

É fácil falar, é simples adiar, não vale é fazer de conta que não se cumpriu com o prometido.

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[No dossier da saúde] o Governo não cumpriu com muito do prometido nos acordos à Esquerda que viabilizaram o OE20 e não pode pensar que é possível incluir essas "velhas" medidas como novidades no OE21.

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No SNS, o momento é dramático e terá consequências graves, a curto prazo, se o caminho não for corrigido agora.

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Há uma quebra de quase mil médicos entre Janeiro e Setembro deste ano (264 médicos de carreira e 654 internos), mesmo contando com contratações precárias de 4 meses. 

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Se nada for feito, no próximo ano o SNS perderá mais 1000 médicos devido à degradação das condições profissionais.

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O Governo anda a contar uma meia-verdade sobre o SNS e quer, à força, que os partidos à Esquerda a subscrevam.

Miguel Guedes, JN

 

A “escola dos livros” é espaço nobre de construção do homem culto, da cultura humanística, da elevação intelectual, do conhecimento aprofundado, do livre pensamento, do espírito universal.

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A direita antidemocrática, dentro e fora dos EUA, replica, no essencial, o modelo estratégico do Führer, bem como de outros construtores do totalitarismo gerador da organização social do Mal e associado às grandes tragédias políticas da história.

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Estamos a viver novo momento de compilação das melhores receitas para a calamidade – com a agravante de esse acontecer não estar ainda inscrito na consciência colectiva.

João Maria de Freitas-Branco, “Público” (sem link)


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