(…)
A
derrotada da noite eleitoral foi a democracia estadunidense (…) pela quase
completa conivência do Partido Republicano à política de terror eleitoral de
Trump.
(…)
Começa
a ser difícil perceber onde terminam as malfeitorias do trumpismo e onde
começam as do Partido Republicano.
(…)
O
problema de Trump não é com os votos que chegam pelo correio, é porque não são
nele.
(…)
A
tarefa de Biden começará por ser a de juntar as peças de um país dividido pela
política e pelas desigualdades.
(…)
E ao
contrário do que muitos diziam, que os líderes populistas estavam aí para
ficar, Trump cairá sem conseguir a reeleição.
(…)
A
conclusão destas eleições é que é possível vencer a extrema-direita. É um bom
momento para se tocar novamente o sino da Liberdade.
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)
Nos dias de
hoje, de Trump só resta o que tem de louco e de incendiário.
(…)
Tudo o que Trump agora diz ou faz, profetiza ou insinua, foi
sistematicamente preparado, anunciado e replicado nos últimos meses, de forma
persistente, evidente e pública.
(…)
Ainda ninguém adivinha como se poderá lidar com o perigo de
ter Trump a propagar-se fora do poder.
(…)
Trump não foi repudiado pelos americanos como deveria ter
sido.
Sendo contra a unicidade [Kalidás Barreto] foi defensor
acérrimo da unidade sindical, do diálogo aberto e franco e do trabalho
conjunto, desde logo com os comunistas.
(…)
[Kalidás Barreto] veio a desenvolver uma atividade da maior
influência na vida da CGTP-IN na contratação coletiva, nas lutas pela
igualdade, pelas 40 horas semanais, no combate ao trabalho infantil, ou na
negociação de planos de desenvolvimento em várias regiões do país.
[O SNS]
não discrimina ninguém, lida com qualquer tipo de patologia, incluindo a
prevenção de doenças, promoção da saúde, tratamento, reabilitação e cuidados
paliativos.
(…)
Não há,
pois, no âmbito do SNS, lugar para o mercantilismo na saúde, isto é, para a
obtenção de lucro com a doença dos portugueses.
(…)
Ninguém
tem dúvidas que é o SNS que tem dado resposta à pandemia que hoje vivemos e que os privados recusaram
dar.
(…)
O tema,
agora, é a pré-anunciada incapacidade de o SNS dar resposta ao momento actual
da pandemia e que os privados têm que fazer
parte dessa resposta, os tais que querem lucrar com a doença dos
portugueses.
(…)
Ao que
parece, conforme notícias que circulam veiculadas pelo próprio Ministério da
Saúde, os privados vão ter doentes não-covid e o SNS doentes covid. Na gíria
popular, podemos então afirmar que “enquanto uns comem a carne os outros roem
os ossos”.
(…)
Os
portugueses continuam a acreditar que a resposta [à pandemia] está no Serviço
Nacional de Saúde e que a implementação da actual Lei de Bases da Saúde
permitirá a renovação necessária e adequada ao seu reforço.
(…)
Um dos
contributos inadiáveis e talvez o mais relevante será o da elaboração do
Estatuto do Serviço Nacional de Saúde.
Vários, “Público” (sem link)
Os
governos e instituições actualmente existentes foram criadas ou adaptadas para
garantir a estabilidade do sistema económico, para garantir que bens e capital
fluam ininterruptamente, aconteça o que acontecer.
(…)
Quase
todos os governos (incluindo o português e a União Europeia) comprometem-se com
metas climáticas que contrariam a Ciência.
(…)
Instituições
internacionais e governos fazem apenas aquilo que é lógico para continuar esta
sua função: tentar resolver uma crise com as mesmas ferramentas que a criaram.
(…)
Entre a
fundação do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas], em
1988, e hoje, as emissões de gases com efeito de estufa quase duplicaram.
(…)
A crise
climática deixou de ser apenas medida através de termómetros e produziu um
movimento de massas.
(…)
O poder
[político] apoia a economia fóssil suicida e/ou as falsas soluções do
capitalismo verde, que mais não são do que a mercantilização da
catástrofe.
(…)
No
próximo dia 16 de Novembro será assinado o Acordo de Glasgow, uma iniciativa
subscrita por mais de 70 organizações e movimentos de base na luta pela justiça
climática de todo o mundo.
(…)
Estas
organizações comprometem-se a criar planos próprios para a transformação
produtiva e social necessária para travar o colapso climático.
(…)
Isto
implica, segundo uma perspectiva de justiça climática, que quem mais emitiu
historicamente tem de cortar muito emissões do que quem quase não emitiu.
(…)
Estas
organizações e movimentos sociais comprometem-se em criar planos que, ao
contrário do Acordo de Paris, sejam desenhados para funcionar.
(…)
O
movimento pela justiça climática tem a tarefa de travar o suicídio da
civilização.
João Camargo, “Público” (sem link)
[Durante toda a campanha
Trump] ameaçou transformar a América num campo de batalha se não deixassem
ficar na Casa Branca.
(…)
[Trump] nunca compreendeu a
separação de poderes, que foi violando de forma descarada nos últimos quatro anos.
(…)
Quem não cumpre as regras do
governo democrático nunca estará disponível para cumprir as regras eleitorais.
(…)
O que ele [Trump] contesta
no “sistema” é o que limita o seu poder.
Daniel Oliveira, “Expresso” Diário (sem link)
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