domingo, 1 de novembro de 2020

MAIS CITAÇÕES (105)

 
O Papa do perdão, dos pobres e dos que fogem da miséria e da guerra não pode agradar a quem quer um cristianismo de preceitos, de disciplina e de serviço a quem sempre mandou.

José Manuel Pureza, fb

 

No continente, o PS acusa um partido com que não se entende de trair a esquerda; nos Açores, parece procurar uma aliança com o CDS. 

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Uma relação em que há um perdedor não é uma aliança.

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Portugal bem dispensa manobras que nos desviem do essencial da resposta às pandemias sanitária e social.

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Nenhum desses tabus [as leis laborais e a gestão das regras financeiras] foi beliscado [pelo governo PS]e as desastrosas vendas do Banif e do Novo Banco demonstram-no, tal como o reforço das normas da troika na lei do trabalho.

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O Governo não aceitará, por razões ideológicas e de aliança social, mexer no essencial desses tabus. 

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Veja-se o caso do pagamento à Lone Star em 2021. Depois da revelação das vendas a desconto de centenas de milhões de euros, e ainda está por saber o montante das comissões destas operações e quem as recebeu, é impossível que a esquerda aceite o pagamento desse prejuízo.

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O Governo tornou cristalino que não aceita mexer nas leis laborais da troika. 

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Se a caducidade [das convenções coletivas] fragiliza a parte mais fraca, porque haverá de ser restabelecida como uma guilhotina dentro de dois anos?

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No entanto, é o SNS que é a questão mais importante de todas, porque a pressão é gigantesca e pode crescer nos próximos meses. 

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[O Governo] não cumpriu o compromisso de os recrutar [cerca de 8400 profissionais de saúde], o que certamente pesa na desconfiança nas negociações, mas talvez agora seja só tempo de cuidar do futuro. 

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O primeiro-ministro, mais solto em relação aos factos, insiste triunfantemente em que há mais médicos, mesmo que o portal do SNS dê os números exatos: em finais de setembro, são menos 918 do que em janeiro. 

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É simplesmente a questão decisiva do SNS. Sem médicos e outros técnicos os hospitais param.

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A solução está no programa do PS: carreiras atrativas e com condições de exclusividade.

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Parecerá insólito que [o PS] não aplique o seu programa, que tem a resposta estrutural a uma dificuldade estrutural. 

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Sempre que fechar uma urgência, [Costa] será lembrado que não quis os meios para ir buscar os médicos necessários.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

O caos acontecerá se os hospitais não tiverem camas e equipas médicas suficientes. 

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O Bloco tem razão quando diz desconfiar de promessas que o Governo orçamenta mas não cumpre: cativações, investimento não realizado, despesa social e no SNS não efetuada, ajudas de custo a professores que não avançam.

Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

 

À imagem do que tem ocorrido um pouco por toda a Europa do sul, a votação combinada dos partidos que governaram nas últimas décadas foi decrescendo. 

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Na Assembleia da República, à esquerda, a relação entre PS e BE parece ter-se tornado irremediavelmente tóxica.

Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

 

[Usando as suas votações no Parlamento, um informático] descobriu que o PS está muito mais próximo do PSD do que dos restantes partidos de esquerda. 

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Nesta legislatura, o PS votou mais vezes ao lado do PSD, do CDS e do IL do que do BE ou do PCP.

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Quero um PS condicionado à esquerda, seja por acordos, seja por oposição ativa. 

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Costa não queria parceiros, queria reféns.

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Não chega aumentar o orçamento para a saúde, é preciso aumentar as transferências para o SNS. Este OE não o faz. 

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A alternativa [do Bloco] era ficar amarrado a um OE que está a léguas do que é preciso, ser responsabilizado por isso.

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Costa queria fazer ao BE, pelo bullying que esta semana atingiu proporções insultuosas, o que anda a fazer ao PCP, pela lisonja condescendente.

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E para o que virá este OE é uma fantasia.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Recentemente o Alentejo — muito além das transformações — tem sido alvo de autênticos atos de vandalização da sua biodiversidade, das suas paisagens culturais e do seu património arqueológico.

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Em pano de fundo, claro, temos a debilidade do Estado, esvaído de meios jurídicos e policiais para fazer cumprir funções mínimas de defesa do bem comum. 

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As dificuldades práticas e também a negligência com que se conduz a débil fiscalização das atividades agrícolas tornou-se proverbial entre nós.

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O que se assiste é à expansão de mais e mais regadio superintensivo com a instalação de novas culturas ainda mais consumidoras de água e de agroquímicos, como é o caso do amendoal.

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Não há desenvolvimento que resista à boçalidade e à ganância, nem futuro possível que se construa sobre a destruição dos bens comuns naturais e culturais.

Luísa Schmidt, “Expresso” (sem link)


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