quinta-feira, 12 de novembro de 2020

MIGRANTES QUE RESIDEM EM PORTUGAL CONTRIBUÍRAM PARA A SEGURANÇA SOCIAL OITO VEZES MAIS DO QUE RECEBERAM

 

As pessoas migrantes que residem em Portugal contribuíram para a Segurança Social oito vezes mais do que receberam, representando um saldo positivo de mais de 651 milhões de euros. O valor mais elevado alguma vez alcançado no país e fundamental para a sustentabilidade da segurança social.

Estes dados expõem a falsidade do argumento de que os imigrantes vivem às custas do Estado, que dependem de subsídios e que não querem trabalhar.

Contudo as pessoas migrantes estão sujeitas a maior precariedade e exploração laboral, auferem salários mais baixos, são mais afetadas pelo desemprego, beneficiam menos do subsídio de desemprego e enfrentam maior risco de pobreza ou exclusão social.

Esta situação agravou-se no contexto de pandemia que vivemos pelo que é necessário a implementação de medidas urgentes que combatam este problema.

Para responder à crise social e económica resultante da pandemia, que prejudica mais as trabalhadoras e trabalhadores migrantes, o Bloco de Esquerda apresentou a proposta de criação de uma nova prestação social que se estende a todo o ano de 2021, alargando-a todas as trabalhadoras e trabalhadores que perderam rendimento com a crise e não têm acesso ao subsídio de desemprego. (Beatriz Dias)


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