Bayume Mohamed Husen morreu em um campo de concentração alemão depois de
não cumprir a proibição nazista de “contaminação racial”. Husen nasceu onde
hoje é a Tanzânia, antiga colônia alemã. Quando adulto, mudou-se para a
Alemanha, onde atuou em um show de variedades itinerante e em alguns filmes
alemães, incluindo um filme de propaganda nazista. Husen havia se casado com
uma alemã branca antes da promulgação das Leis de Nuremberg. Essas leis
tornaram-se a base de uma estrutura legal que perseguia os judeus. Uma das Leis
de Nuremberg proibia casamentos e sexo entre judeus e alemães, mas mais tarde
foi aplicada também aos negros que viviam na Alemanha. A lei pretendia impedir
o que os nazistas viam como “mistura de raças”. Quando o relacionamento de
Husen resultou no nascimento de uma criança, isto foi considerado crime e ele
foi enviado para o campo de concentração de Sachsenhausen em setembro de 1941.
Ele morreu lá em 1944. Hoje, em lembrança de sua morte uma pequena placa
memorial foi embutida na calçada do lado de fora do último endereço conhecido
de Husen em Berlim.
Foto: Die Reiter von Deutsch-Ostafrika.
Fonte: Memorial do Holocausto dos Estados Unidos.
Edit: Husen teve quatro filhos, os três primeiros eram de um casamento
antes da lei portanto não era enquadrado na lei, porém ele teve um caso com
outra alemã e teve um filho por este caso ele foi mandado aos campos. Este
filho foi uma das crianças adotadas por famílias nazistas. Dos outros filhos
somente um não faleceu na infância, porém veio a óbito nos bombardeios a Berlim
em 1945, sua esposa é uma desaparecida de guerra, mas acredita-se que também
teve o mesmo destino do filho. (via A História esquecida)
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