sexta-feira, 2 de agosto de 2024

CITAÇÕES

 
A organização dos Jogos Olímpicos é uma manifestação da força e da superioridade de um país, de um regime ou de uma economia. 

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Haverá um antes e um depois de Paris.

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Ao tirar a cerimónia (e as competições) dos estádios, França exibiu a fragilidade e a força da democracia, que se move no que existe, não em construções desenhadas pelo poder.

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Para fazer de Paris palco da glória democrática teve de se suspender a vida de milhões de cidadãos, com menos respeito pelo seu quotidiano do que se tudo acontecesse num estádio. 

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A chama foi acesa por dois atletas negros. E houve muitas drag queens e símbolos LGBT, gatilho infalível para excitar conservadores. 

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A França real é chauvinista e segregada. Mas a mensagem de Macron era mostrar que é a extrema-direita que quer a França transformada numa pequena aldeia.

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[A simbologia da abertura dos Jogos Olímpicos] tenta reconstruir a imagem de França, fazendo da diferença a sua orgulhosa identidade. 

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Para quem acha que a ofensa com a liberdade artística foi uma invenção woke fica o lembrete: ela une os beatos de todas as religiões há séculos. 

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Se, de Trump a Ventura, toda a extrema-direita esperneou, Marine Le Pen calou-se. 

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A democracia vive do dissenso e da autocrítica. É frágil porque a sua regra é fragilizar o poder.

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[A democracia] precisa de mais impacto simbólico, instituições mais fortes e maior gravitas do que as ditaduras. 

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É por falta de espetáculo que a democracia está frágil e a França à beira de entregar a presidência à extrema-direita? Não. 

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Macron é, aliás, uma boa imagem do seu fracasso, como revela a sua impopularidade.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

A macerada e traumatizada paisagem portuguesa não aguentava mais decisões precipitadas e sem planeamento na localização de infraestruturas públicas e o Estado fez [em 2022] o que lhe compete: encomendar a corpos técnicos autorizados estudos que fundamentassem a escolha para a melhor localização das centrais solares.

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Apesar de o estudo ter sido feito e posteriormente ajustado, até hoje o licenciamento das centrais solares continua a ignorar aquilo que, por uma vez, parecia uma sucessão exemplar de etapas planeadas para a decisão política.

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As empresas promotoras de centrais solares procuram terrenos onde lhes dá jeito, a eles e aos proprietários que lhos arrendam, sujeitando-se apenas às tímidas Declarações de Impacto Ambiental da APA.

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Estão a ser tomadas decisões gravíssimas sobre os patrimónios natural e cultural do país num alvoroço de fim de feira.

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Onde é que está o estudo do LNEG que mapeia as áreas onde é mais conveniente ao país e ao seu futuro implantar centrais solares?

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[Imagine-se que o Estado se prepara] para consentir a instalação de mais de 750 mil painéis fotovoltaicos numa extensão de 650 hectares. Contrariando, aliás, o estudo do LNEG.

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O escândalo motivou já a criação de uma plataforma cidadã e de um movimento social em Évora e no país, para obstar a que em Graça do Divor se cometa um erro que deixará destruição patente aos olhos das gerações futuras.

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A transição energética é que não pode ficar refém da má qualidade das decisões governativas.

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Teremos nós de ficar condenados à asneira e ao erro? 

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Vai-se continuar a teimar em decisões erradas e lesivas para o país e para a própria adesão ao solar como fonte abundante de energia limpa?

Luísa Schmidt, “Expresso” (sem link)

 

O tempo pesa na Justiça e é mais insuportável quando esta não se concretiza no tempo.

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O que se exige à Justiça é que não seja um permanente simulacro dela mesma. Só existe Justiça quando esta se desvincula da oportunidade.

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Por factos que remontam a 2016, escritas 11 mil páginas após anos de inactividade inconclusiva, eis que o vulcão da Operação Tutti Frutti dispara para todo o lado do Bloco Central, em mais um megaprocesso.

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Tudo num mesmo saco, o depósito conjunto de indignidade que até dá nome ao processo.

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Com epicentro em sete juntas de freguesia de Lisboa, o esquema alastra ao país.

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Eis uma amálgama que consegue incluir facturas falsas, adjudicações públicas, escutas a André Ventura ou cunhas de Luís Filipe Vieira para isenção de IMI e apoios de 200 mil euros a um campo de rugby em Belém.

Miguel Guedes, JN

 

De acordo com um estudo encomendado pelo Governo do Brasil (…) deveria ser cobrado no mínimo uma taxa generalizada a nível global de 2% aos multimilionários.

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Isso permitiria arrecadar anualmente 250 mil milhões de dólares (230,9 mil milhões de euros) para combater a pobreza ou as alterações climáticas.

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Mas é difícil tentar convencer as maiores economias do planeta de que a justiça tributária no mundo para ser alcançada precisa de um esforço à escala globa

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O ministro das Finanças brasileiro, Fernando Haddad, conseguiu  [ainda assim] incluir na declaração final da reunião dos ministros das Finanças do G20 a intensificação da colaboração internacional na justiça tributária.

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Os EUA têm mais de 800 dos mais de 2700 multimilionários do mundo segundo a Forbes e no país onde a política necessita de angariar muito dinheiro para as campanhas eleitorais, percebe-se por que razão o Governo é relutante em aceitar essa proposta em ano eleitoral.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

A China é um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, com poder de veto assim como os Estados Unidos, e seu apoio à reconciliação e unidade política das lideranças palestinianas poderá vir a ser um contra-peso importante no futuro das negociações de paz, que um dia terão certamente de ser reativadas.

Joana Ricarte, “Público” (sem link)


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