domingo, 14 de agosto de 2022

CITAÇÕES AO DOMINGO (01)

 
Com os anuais piroverões que temos tido e continuaremos a ter, pois os governantes que temos tido e temos ainda não se interessam pelo país que estamos a deixar às gerações futuras, as montanhas do Norte e Centro do país são já um deserto rochoso.

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Durante a minha vida (curtíssima em comparação com o início da ocorrência da biodiversidade no globo terrestre) conheci animais e plantas que já desapareceram, pelo menos de Portugal.

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Com este devastador incêndio, resultante da incúria e incompetência de quem devia proteger o Parque Natural e Geoparque Internacional da Serra da Estrela, há animais e plantas que ficarão em elevado risco de extinção e até poderão ter sido extintas.

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Infelizmente a equipa do ICN é, actualmente, tão reduzida que não tem qualquer capacidade de proteger a Natureza.

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Andamos, realmente, a brincar com o fogo.

Jorge Paiva, “Público” (sem link)

 

O pontificado do Papa Francisco notabiliza-se pelo enfrentamento corajoso e transparente de uma enxurrada de atos criminosos praticados ao longo de décadas, sob o manto de poder da Igreja Católica, por alguns membros do seu clero e ordens religiosas.

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Personalidades criminosas, vestindo casulas bordadas a ouro, atuavam com total à vontade, tendo as vítimas à mão, tolhidas por temor reverencial e tendo a justiça longe, pelo encobrimento.

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Profundamente desgostado, o Papa pediu perdão e determinou medidas para inventariar, punir e responsabilizar quem tivesse de o ser, tanto pelos abusos já conhecidos, como por aqueles ainda ocultos.

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No Canadá, para a redenção possível das atrocidades cometidas ao longo de anos por membros do clero e ordens religiosas católicas, Francisco deslocou-se em “peregrinação penitencial a lugares escuros do erro, dor e vergonha” nas suas próprias palavras.

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[O Papa Francisco] personalidade surpreendente, muito sensível e emotiva, está à vontade no meio dos pobres, porque veio de um continente onde a pobreza parece eterna.

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Propõe mudanças sem medos e quer a Igreja Católica a responder mais e melhor aos problemas sociais desta era.

Maria José Fernandes, “Público” (sem link)

 

O primeiro problema desta contratação [de Sérgio Figueiredo por Fernando Medina] é o de se configurarem indícios fortes de troca de favores, neste caso em particular, mas também no da contratação de serviços a uma empresa de Sérgio Figueiredo (na ordem dos 30 mil euros) pela Câmara de Lisboa, em 2020, quando Medina era ainda presidente da autarquia.

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O indício de eventual troca de favores é tão evidente que não é preciso explicar o dito..

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[São procedimentos que] levantam problemas sérios de transparência no processo de tomada de decisão e, consequentemente, contribuem para a descredibilização da classe política e dos partidos.

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O segundo problema desta contratação é que ela representa uma enorme desvalorização dos quadros do Ministério das Finanças.

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[Esta contratação significa que] os quadros do Ministério das Finanças, nomeadamente do gabinete do ministro, são considerados por Fernando Medina como tendo qualificações e capacitação insuficiente para desempenhar assessoria na produção e implementação das políticas públicas.

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Isto é tanto mais grave quanto se trata de um Governo socialista que, portanto, devia valorizar os quadros da administração pública.

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Acresce que, dadas as carências de pessoal no SNS, na Educação, na Segurança Social, etc, estas contratações no setor privado assumem até laivos de imoralidade.

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O terceiro e último problema, mas não o menos importante, é que os salários dos servidores públicos (tirando os salários na base da escala social, nomeadamente o salário mínimo) não eram aumentados desde 2009 e, em 2021 e 2022, os aumentos de 0,3% e 0,9%.

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Estas contratações externas e “a preços pornográficos” no setor privado só podem gerar mais insatisfação, descontentamento e desmotivação [nos quadros da administração pública].

André Freire, “Público” (sem link)

 

No final do ano haverá no mundo 345 milhões de pessoas em insegurança alimentar aguda.

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Eram 150 milhões em 2019 e 279 milhões antes da invasão da Ucrânia pelas forças russas a 24 de Fevereiro.

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Em três anos, com uma pandemia pelo meio e uma guerra que se prolonga há quase seis meses, a quantidade de pessoas nessa situação mais do que duplicou.

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A situação tornou-se de emergência.

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Muitos terão frio este Inverno, com o gás da Rússia a faltar na Europa, outros sentirão fome. Uns quantos morrerão.

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Em 2030, cerca de 670 milhões de pessoas, ou 8% da população mundial, serão afectadas pela fome, número semelhante ao de 2015 quando a Agenda para o Desenvolvimento Sustentável foi adoptada.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Os dados do Censo norte-americano mostram que, em Julho, 25 milhões de pessoas confessaram não ter tido o suficiente para comer em algum dia da semana anterior.

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Os níveis de insegurança alimentar voltaram a subir para níveis da fase mais aguda da pandemia.

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A subida do preço dos alimentos deixou mesmo as pessoas com trabalho em situação frágil, pois os ordenados não acompanharam a inflação.

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[Em Nova Jérsia] uma em cada 11 crianças vive em insegurança alimentar.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Maria, estudante na Sorbonne, recorre, como muitos estudantes de Paris, à distribuição de alimentos da Linkee

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Segundo o canal de televisão BFMTV, dois em cada três estudantes vivem com 50 euros por mês depois de pagarem as despesas, 50 euros para comida, higiene e roupa.

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Os estudantes beneficiários de ajuda alimentar cresceram 12% entre Janeiro de 2020 e Dezembro de 2021.

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Os confinamentos e a crise económica afectaram 79% dos que trabalhavam, com redução de salário, lay-offs ou mesmo extinção do posto de trabalho.

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Em 2021, mais de um em cada dois jovens sentiu dificuldades para se alimentar de maneira saudável e equilibrada, uma subida de 11 pontos percentuais em dez anos.

António Rodrigues, “Público” (sem link)


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